Tomás Mesquita faleceu aos 82 anos e deixa legado na culinária de Belo Horizonte -  (crédito: Agência Minas/Reprodução)

Tomás Mesquita faleceu aos 82 anos e deixa legado na culinária de Belo Horizonte

crédito: Agência Minas/Reprodução

O uruguaio Francisco Tomás Mesquita, dono do renomado Parrilla del Mercado, morreu nesta quinta-feira (2/4), em Belo Horizonte, aos 82 anos. Segundo familiares, ele sofreu uma parada cardíaca durante a madrugada. Tomás foi um dos pioneiros do estilo de churrasco com as tradicionais parrillas na capital mineira e deixa um extenso legado na culinária da cidade.

 

“Estamos muito impactados. Trabalhar com ele era muito bom, ele sempre deixava a gente animado, nos incentivava muito, sou muito grata. Ele era uma pessoa muito sábia e sempre se colocava no lugar das pessoas quando via algum problema”, conta Flávia Fernanda Moreira, funcionária do Parrilla del Mercado há cinco anos.

 

 

Tomás Mesquita será velado na Funeral House, das 14h às 18h desta quinta-feira. Hoje, os restaurantes terão horário reduzido e funcionarão apenas até as 15h.

 

Legado

 

Nascido em Artigas, na fronteira com o Rio Grande do Sul, Tomás morava no Brasil há quase 50 anos e se considerava mineiro – ainda com orgulho de suas origens, que inspiravam sua cozinha.

 

Tomás chegou ao Brasil quando ainda atuava numa empresa do ramo de tabacaria e foi transferido pela multinacional para trabalhar em Porto Alegre.

 

Ficou na capital do Rio Grande do Sul por dois anos e partiu para Belo Horizonte, onde começaria a realizar um grande sonho em 1998, quando surgiu a oportunidade de abrir o próprio negócio na região Centro-Sul da capital mineira.

 

“Como sempre fazia churrasco para a família e amigos, resolvi atuar nesse ramo. Abri o Parrilla del Mercado e foi o primeiro, depois vieram outras”, disse ele à Agência Minas em 2014.

 

O Parrilla del Mercado nasceu primeiro, no Bairro Cruzeiro, instalado na área externa do Mercado Distrital. Depois, veio o La Victoria, em Nova Lima, e passado mais um tempo, o Parrilla del Pátio. Segundo ele, a aceitação dos belo-horizontinos em torno da parrilla foi tão grande, que ele resolveu abrir uma "filial".