Governador do Rio Grande do Sul disse que este pode ser o

Governador do Rio Grande do Sul disse que este pode ser o "maior desastre da história" do estado

crédito: Reuters/Diego Vara

O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, afirmou que a prioridade do governo federal, neste momento, é de auxiliar o governo do Rio Grande do Sul a resgatar e salvar vidas  após as fortes chuvas que atingiram o estado e causaram ao menos dez mortes. Segundo o ministro, o governo também empenhará recursos para a reconstrução das cidades, no entanto, em um segundo momento.

 

Nesta quinta-feira (2/5), o presidente Lula irá sobrevoar Santa Maria (RS). O ministro Paulo Pimenta afirmou que a cidade é a prioridade do governo federal. Uma comitiva de ministros, o chefe da Defesa Civil e os comandantes do Exército e da Aeronáutica estão no estado para acompanhar os trabalhos de auxílio aos municípios atingidos pelas chuvas.

 

 

Segundo Pimenta, antes de sobrevoar Santa Maria, o governo federal irá analisar as condições climáticas para averiguar a possibilidade de pouso em Santa Maria. "Nossa prioridade é Santa Maria. Nós estamos mobilizados para isso", disse o ministro, que é de Santa Maria, em entrevista à GloboNews.

 

 

Conforme o ministro, o governo federal acompanha a situação do estado desde o primeiro contato. Foram mobilizados mais de 300 homens do exército para auxiliar no resgate das vítimas. A gestão federal também disponibilizou oito aeronaves para coordenar as assistências à população. O ministro alega que algumas aeronaves não conseguiram sobrevoar em razão das condições meteorológicas. 

 


"Desde ontem, na primeira hora da manhã, nós estamos acompanhando e agindo. Nesse momento já são mais de 330 homens no exército para salvar vidas, equipes de engenharia. Nós disponibilizamos oito aeronaves. Todas as aeronaves que existem nas Forças Armadas, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, foram disponibilizadas. Hoje vamos deslocar também mais aeronaves do Paraná. Infelizmente mais aeronaves não conseguiram entrar em operação por conta das questões climáticas. A aeronave da Marinha que está em Rio Grande do Sul não conseguiu trabalhar. As aeronaves que estão disponíveis em Santa Catarina não conseguiram trabalhar porque não conseguiram pousar", disse o ministro em entrevista. 

 

O ministro ressaltou que neste momento a prioridade do governo federal é de resgatar a população, "um trabalho humanitário", seguindo as orientações do presidente Lula. Ele também pontua que recursos serão disponibilizados às cidades, posteriormente, para a reconstrução das áreas afetadas. Segundo o ministro, mais de 900 pessoas já foram resgatadas.

 

"Não vai faltar recursos, mas o trabalho de reconstrução, de limpeza é um segundo momento. Agora é salvar vidas, é trabalhar no resgate. Já foram 900 resgates nas últimas horas, pessoas que estão ilhadas, sem nenhum tipo de contato, sem internet, sem energia elétrica, que dificulta ainda mais essa ação que nós estamos realizando. O presidente Lula fez questão de vir para o Rio do Sul hoje para pessoalmente coordenar e acompanhar o trabalho do governo federal em apoio ao governo do estado e as prefeituras municipais", disse.

 

 

O ministro também se adiantou às possíveis críticas em relação à "demora" da visita do presidente Lula. Segundo ele, as condições climáticas não permitiam que o governo federal visitasse o estado anteriormente. "Mesmo que a gente tivesse tomado uma decisão de ir ontem, o avião sequer teria condições de pousar. É hora da gente se unir. Autoridade não pode entrar em pânico. Nós temos uma responsabilidade pública", pontuou.

 

Chuvas no RS

 

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse que as chuvas que o estado enfrenta desde segunda-feira devem ser o "maior desastre" já enfrentado. Segundo a Defesa Civil, pelo menos, 10 mortes foram registradas e outras 21 pessoas seguem desaparecidas.