Moradores e comerciantes atingidos pela chuva da noite desta quinta-feira (22/2), em Pouso Alegre, Sul de Minas, ainda contabilizam os prejuízos. E não foram poucos. O rastro de destruição passou por diversos bairros da cidade.

“Na hora que consegui entrar na loja, o volume de água era muito grande e não tinha jeito de fazer nada”, conta o dono de uma loja de roupas infantis que viu seu estoque boiar na água barrenta.

Moradores perderam tudo que tinha dentro de casa

Iago Almeida/Terra do Mandu

A proprietária de um buffet, na área central da cidade, se emociona ao ver que tudo foi perdido. As mercadorias e os equipamentos, eletrodomésticos. Entulho acumulado em um bueiro próximo fez a água subir ainda mais rápido.



A prefeitura acionou o ‘Gabinete de Crise’, que reúne órgãos de segurança, como Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil e secretarias municipais. O objetivo é avaliar os danos causados pelo temporal e tomar as melhores ações de socorro às vítimas de alagamentos.

Prefeitura de Pouso Alegre acionou Gabinete de Crise para definir ações

Prefeitura de Pouso Alegre

A informação das autoridades é que não houve pessoas feridas. No entanto, há famílias que saíram de suas casas e foram para residências de parentes. Uma família foi para abrigo disponibilizado pela prefeitura.

O volume de chuva maior foi registrado na Região Sul da cidade. O pluviômetro do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) registrou um acumulado de 243 mm no período de 24 horas nessa região. Foi o maior volume de chuva no país.

Ruas inteiras ficaram debaixo d'água. A água chegou a 1,5m de altura dentro de algumas casas. Carros foram arrastados pelas enxurradas.

Foi nessa região da cidade que um motociclista foi levado pela enxurrada e precisou ser resgatado pelos bombeiros.

Um trecho da rodovia Fernão Dias (BR-381), que também é para esse lado da cidade, precisou ficar interditado por algumas horas. Motoristas ficaram ilhados e alguns subiram nos carros para se salvar.

Hípica soterrada

Uma hípica que fica a menos de um quilômetro da cidade foi soterrada pela lama, levada pela enxurrada. O proprietário estima um prejuízo de mais de R$ 500 mil.

A pista de equitação foi totalmente coberta pela lama. Um trailer tombou e duas casas de funcionários do local ficaram parcialmente soterradas. Nenhum cavalo ficou ferido.

 
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