Welbert de Souza Fagundes, acusado de matar o policial Roger Dias da Cunha, passou nessa quinta-feira (1/2) por uma audiência de custódia de outro processo criminal relacionado ao furto de um veículo em julho do ano passado. A prisão dele foi mantida.

 

A audiência foi necessária porque Welbert tinha um mandado de prisão preventiva em aberto por furto de carro, ocorrido em 18 de julho de 2023, no Bairro Monsenhor Messias, Região Noroeste de Belo Horizonte. Segundo a denúncia, ele utilizou uma chave falsa, conhecida como micha, para abrir e entrar em um veículo Hyundai e fugiu do local.

 



 

No entanto, Welbert foi abordado e preso em flagrante, mas teve a prisão convertida em preventiva. De acordo com a Polícia Militar (PMMG), Welbert estava preso no presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, desde 24 de agosto de 2023.

 

Ele teve o benefício da 'saidinha' concedido e se encontrava foragido desde 23 de dezembro por não ter retornado ao sistema prisional. Ao ser alcançado pelo sargento Roger Dias da Cunha durante uma fuga em 6 de janeiro, Welbert atirou duas vezes na cabeça do policial, que teve morte cerebral confirmada no dia seguinte.

 

Welbert era considerado foragido da Justiça e tinha 18 passagens policiais por crimes como roubo, tráfico de drogas, falsidade ideológica e agressão. A denúncia pelo furto do carro foi apresentada pelo Ministério Público à Justiça em 10 de janeiro, três dias após a morte de Roger, e foi aceita no dia seguinte.

 

A juíza Rosângela de Carvalho Monteiro, da 7ª Vara Criminal de BH, ao aceitar a denúncia, decretou então a prisão preventiva do réu. Foi a segunda vez que Welbert teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por furto qualificado.

 

Welbert foi transferido, em 12 de janeiro, para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira, onde segue até o momento.

 

O inquérito do homicídio do sargento foi concluído em 15 de janeiro, e Welbert foi indiciado por quatro crimes: homicídio por motivo torpe, porte ilegal de arma de fogo, dissimulação e assassinato que impossibilitou a defesa.

 

“O autor do crime, Welbert, confessou ter atirado contra o sargento Dias e disse, ainda, que o fez porque não queria voltar para o presídio, onde cumpria pena por roubo e tráfico de drogas”, disse a delegada Ariadne Heloise, responsável pela investigação do caso.

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