Este é o segundo desfile do bloco, que saiu no dia 27 de janeiro, na regional da Pampulha.  -  (crédito: Edésio Ferreira / EM / DA Press)

Este é o segundo desfile do bloco, que saiu no dia 27 de janeiro, na regional da Pampulha.

crédito: Edésio Ferreira / EM / DA Press

O bloco Tchanzinho Zona Norte estreia, neste sábado (10/2), a programação oficial da Avenida dos Andradas, que ganhou um sistema de sonorização para este Carnaval. Com mensagens pelo fim do desmatamento e mais conscientização sobre o aquecimento global, o grupo iniciou a festa.

Este é o segundo desfile do bloco, que saiu no dia 27 de janeiro, na regional da Pampulha. O tema escolhido para este ano é “Tchanzinho vai para Guarapari” e foi seguido a rigor por todos os integrantes da bateria, que se fantasiaram com trajes de banho e referências da praia, como Natália Luiza Tameirão, que toca surdo de terceira.

“Quis seguir o tema e pensei numa forma de trazer a praia, com muito glitter, típico de carnaval. Então, decidi fazer uma roupa de mar com barquinhos”, diz.

Na foto, Natália Luiza Tameirão, que toca surdo de terceira no bloco.

Na foto, Natália Luiza Tameirão, que toca surdo de terceira no bloco.

Edésio Ferreira / EM / DA Press

O tema, porém, não foi escolhido aleatoriamente. Segundo a fundadora do bloco, Laila Heringer, há uma crítica em relação às mudanças climáticas.

“Quisemos abordar a questão do aquecimento global, porque estamos no meio de muitas mudanças climáticas. Ano passado, quando escolhemos o mote, estava um calor desproporcional em BH. Pensamos em "ir para a praia de Guarapari" e refrescar, além de conscientizar as pessoas”, diz.

Para iniciar a festa, um dos cantores do bloco, Olivêra, leu um discurso contra o desmatamento da Serra do Curral, além de pedir justiça pelas pessoas atingidas das bacias dos Rios Paraopeba e Doce.

“Contra o desmatamento e o avanço da urbanização para áreas de preservação, que interferem no clima e facilitam a disseminação de doenças. Contra a mineração predatória, que muda paisagens, altera ecossistemas, polui e tira vidas – Justiça para as pessoas atingidas das bacias dos Rios Paraopeba e Doce. E Viva a Serra do Curral”, diz.