Polícia Civil diz que em 90% das situações dessa natureza e que envolvem crianças e adolescentes, o autor está perto e dentro da casa da criança -  (crédito: PCMG/Divulgação)

Polícia Civil diz que em 90% das situações dessa natureza e que envolvem crianças e adolescentes, o autor está perto e dentro da casa da criança

crédito: PCMG/Divulgação

A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (31/1) dois homens investigados por estupro de vulnerável. Um deles, de 60 anos, foi localizado em casa, em Belo Horizonte, e teria feito ao menos quatro vítimas – entre crianças e adolescentes de 10 a 17 anos – durante encontros familiares em sua residência e no sítio, também de sua propriedade, em Igarapé, na Grande BH.

De acordo com o delegado Diego Lopes, as vítimas possuíam “convívio muito estreito” com a família do investigado, mas sem vínculo sanguíneo. “Uma delas é a filha do primeiro relacionamento da nora. Ele abusava da irmã da namorada da filha dele, da filha da caseira do sítio e de uma amiga das crianças que frequentavam a casa da família”, explicou. A investigação começou em novembro de 2023, quando a PCMG foi acionada pela mãe de uma das vítimas, que atualmente tem 15 anos. 

“Os abusos ocorriam nos encontros familiares na casa ou no sítio dele em Igarapé. Ele usava o pretexto de que iria levar as crianças para tomar banho de piscina. Pelo excesso de confiança, o investigado viajava e ficava sozinho com as meninas. Ele também presenteava, dava dinheiro e levava as vítimas para tomar sorvete, usando esses métodos para ganhar a confiança e abusar dessas crianças”, detalhou Lopes.

O idoso também poderá responder por pornografia infantil. Nesse sentido, equipamentos eletrônicos foram apreendidos no imóvel e encaminhados para análise pericial.

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Prisão no Vale do Jequitinhonha

O outro suspeito, de 22 anos, estava foragido e foi capturado em Buenópolis, no Vale do Jequitinhonha. Em julho de 2023, no Bairro Diamante, em BH, o rapaz teria estuprado uma adolescente de 13 anos. Ele era conhecido da família da vítima. 

Segundo a delegada Thalita Caldeira, responsável pelo caso, o crime foi denunciado na delegacia pela mãe da menina. O estupro veio à tona depois de a diretora da escola onde a garota estudava estranhar a mudança no comportamento dela e acionar a família para ir ao colégio.

“O suspeito era conhecido e frequentava os eventos da família. Em uma determinada ocasião, sabendo que a vítima estava sozinha em casa, foi ao imóvel e forçou a vítima a manter relação sexual com ele”, disse a delegada, acrescentando que o suspeito foi preso na casa dos pais.

A delegada Renata Ribeiro, chefe da Divisão Especializada em Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente, enfatiza que 90% das situações dessa natureza e que envolvem crianças e adolescentes, o autor está perto, dentro da casa da criança, e tem, portanto, convívio com ela.

“Então, pais e responsáveis devem ficar vigilantes. É preciso conversar, orientar e prestar atenção ao relato da criança. Normalmente, a pessoa que pratica esse tipo de crime tem uma relação que inspira confiança para a vítima”, alertou.

Os dois homens foram encaminhados ao sistema prisional, onde permanecem à disposição da Justiça.