No Cemitério Bosque da Esperança, policiais civis e militares, da ativa e da reserva, reuniram-se para dar o adeus ao colega de farda, assassinado na última sexta-feira -  (crédito: Túlio Santos/EM/D.A. Press)

No Cemitério Bosque da Esperança, policiais civis e militares, da ativa e da reserva, reuniram-se para dar o adeus ao colega de farda, assassinado na última sexta-feira

crédito: Túlio Santos/EM/D.A. Press

O velório do sargento Roger Dias da Cunha, de 29 anos, morto em consequência de dois tiros que levou na cabeça, dado pelo presidiário Webert Souza Fernandes, de 25 anos, lotou o Cemitério Bosque da Esperança, no Bairro Jaqueline, Região Norte de BH. Logo na chegada, uma enorme fila para entrar. Gastava-se, pelo menos, meia hora para conseguir chegar ao pátio que antecede os velórios.

A comoção é enorme e é descrita, até mesmo, por quem não conhecia o sargento Dias. É o caso do sargento reformado da PM, Edvar Gomes da Cruz, de 61 anos. "Eu estou chorando desde a última sexta-feira, quando vi a notícia. Passa um filme na cabeça da gente, que sabe como é o dia a dia do corporação, do policial. Me vejo na situação em que ele estava. É muito triste".

Contingente de guerra

O velório no Cemitério Bosque da Esperança reuniu um contingente raríssimas vezes vista, tamanho o número de policiais reunidos, não só dá ativa, mas também da reserva e aposentados. Logo na chegada ao acesso para o velório do sargento Dias, um cartaz: "Boinas marrons". É assim que a Rotam da PM passou a ser conhecida, quando de sua criação, ainda nos anos 1970.

Estão presentes policiais federais, que chegaram como num cortejo, em vários carros. Os policiais civis também estão no local. Muitos aposentados, como Eduardo Desmolies e Elton Serakies, da antiga Delegacia de Frutos e Roubos (DFR). Para ambos, "esse é um momento muito triste e dolorido para todos os que trabalham, tanto na Polícia Militar quanto na Civil".

Também estão presentes representantes da Polícia Penal, assim como a Policia Rodoviária Federal.