Biólogos já encontraram 820 espécies de aves em Minas Gerais, sendo 370 dentro da Região Metropolitana de Belo Horizonte, de acordo com dados levantados pelo portal Wikiaves. Observar a biodiversidade é um hobby praticado por pequenos grupos da capital e gera renda para um modelo de negócio focado em trajetos para ver pássaros.

 

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É o caso da "Minas Nature Turismo", que oferece um pacote de viagens a partir de listas de aves que o cliente deseja observar em Minas Gerais. Eduardo Franco, biólogo e guia, conta que a experiência é muito parecida com a de colecionar figurinhas de um álbum. “Ela é uma atividade democrática, só precisa de olhos e ouvidos”, conta o guia.

 

A maioria do público que busca o serviço é de fotógrafos. Muitos dos pedidos também são só para um cliente, mas a agência de viagens organiza trajetos para grupos de até três pessoas.

 



 

Lugares onde a diversidade é alta e se tornam atrativo turístico são chamados de "Hot Spots". Na grande BH, um exemplo é a Serra do Cipó. “Lá existem aves endêmicas e que só são vistas naquela região”, conta Eduardo, que organiza duas viagens por mês de observadores para a Serra.

 

A rolinha do planalto (Columbina cyanopis) é uma ave criticamente ameaçada de extinção. Segundo o guia, ela ficou desaparecida por 75 anos e foi redescoberta em uma pequena cidade do Norte de Minas, Botumirim. “Hoje, pessoas de mais de 40 países visitam a cidade para ver essa espécie e existem cerca de 15 indivíduos conhecidos na natureza”, aponta Eduardo Franco.

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