Brasil

Cerveja representa mais de 90% do mercado de bebidas alcoólicas no Brasil

Estudo aponta que, embora os brasileiros estejam bebendo menos, o padrão de uso abusivo continua elevado entre os que consomem álcool

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Relatório divulgado pela Euromonitor International afirma que o mercado brasileiro de bebidas alcoólicas está crescendo no Brasil, e o consumo de cerveja representa mais de 90%.

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O 3º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, divulgado em setembro pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com a Universidade Federal de São Paulo, revela mudanças importantes nos padrões de consumo de bebidas alcoólicas no Brasil.

O estudo ouviu 16.608 pessoas com 14 anos ou mais em todas as regiões do país. Os resultados apontam que, embora menos brasileiros estejam bebendo, entre os que consomem álcool o padrão de uso abusivo continua elevado.

Na população adulta, 61,2% já consumiram álcool alguma vez na vida. Do total, 42,5% relataram ter bebido no último ano. Em comparação com 2012, a proporção de brasileiros que bebem caiu de 47,7% para 42,5% em 2023, representando redução significativa na prevalência de bebedores adultos. A cerveja é a bebida mais consumida entre os adultos, concentrando 73,5% das preferências.

Entre adolescentes de 14 a 17 anos, observou-se um declínio contínuo no consumo de álcool. Porém, 56% da população brasileira experimentou álcool antes da maioridade legal e cerca de um em cada quatro iniciou o consumo regular ainda nessa fase da vida.

Premium e não alcoólicas

O segmento das cervejas premium tem crescido cada vez mais e já representa mais de R$ 110 bilhões em vendas, como explica Felipe Rabah, sócio da Cervejaria Odin: "O mercado de cerveja premium, de alta qualidade, vem crescendo muito em comparação às marcas mais tradicionais, às cervejas básicas. Isso mostra uma mudança no paladar, no nível de consumo, na qualificação do público".

Além disso, as cervejas não alcoólicas ou de baixo teor alcoólico, crescem e se popularizam cada vez mais, com alta de 18% em volume total de vendas. Rabah explica qual acredita ser a razão desse crescimento. "A cerveja sem álcool com certeza veio para ficar. É uma tendência global, e aqui no Brasil não podia ser diferente. Nós somos um dos maiores consumidores de cerveja do mundo e a cerveja sem álcool tem diversos propósitos, desde atender um público que busca uma conscientização, até questões técnicas, como se você estiver como motorista da rodada, e não pode beber, a cerveja ela te gera um senso de pertencimento".

Desafios

Como produtor de cervejas artesanais, ele explica que o que vê funcionando cada vez mais entre o público e que tem participação nesse crescimento é "as cervejarias que estão na vanguarda, lançando novos produtos, acompanhando as tendências que geram uma identidade forte, uma conexão com o público, a tendência é que cresçam muito nos próximos anos".

Para ele, os principais desafios enfrentados pelo setor cervejeiro são carga tributária e infraestrutura. "A carga tributária estadual é muito pesada, e a federal também. Outro problema é a infraestrutura, a gente sabe que o nosso país está na busca pelo desenvolvimento, está na busca por entregar infraestrutura para todos os setores e hoje a parte logística peca muito".

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