MENOR ÍNDICE DE POBREZA

Mais de 640 mil mineiros deixam de ser pobres em 2024

Na comparação com os vizinhos do Sudeste, Minas tem o índice de pobreza só menos que São Paulo

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Minas Gerais chegou ao menor índice de pobreza de toda a série histórica - 16,8% -, o que representa 3,6 milhões de pessoas, contra 4,2 milhões (19,9%) em 2023. Isso significa que mais de 644 mil mineiros saíram da pobreza no último ano, cerca de um quarto (157 mil) só na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

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Assim como no âmbito nacional, o IBGE relacionou a melhoria do índice mineiro principalmente a números positivos do mercado de trabalho em meio à recuperação pós-pandêmica. Indicadores como nível de ocupação e taxa de desocupação atingiram seus melhores resultados históricos em 2024, consolidando a retomada econômica.

Em comparação com os vizinhos da região Sudeste, Minas Gerais está atrás apenas de São Paulo, que registrou 14% da população abaixo da linha da pobreza. O Rio de Janeiro (17,9%) vem na terceira colocação, e o Espírito Santo (18,6%), na quarta.

Ao olhar no retrovisor, a redução na pobreza em Minas é expressiva. No início da série histórica, em 2012, o estado era o mais pobre do Sudeste, com 31,6% da população nessa condição. Em 2021, auge dos efeitos econômicos da pandemia, esse número era 31,3%, caindo para 27,0% em 2022 e 19,9% em 2023, até chegar ao recorde atual.

No cenário nacional, Minas é o oitavo estado com menor índice de pobreza, subindo uma posição em relação a 2023 ao ultrapassar o Mato Grosso do Sul. Os números mineiros são consideravelmente melhores que a média por estado (32,2%) e o índice nacional (23,1%).

Extrema pobreza

Por outro lado, a vulnerabilidade representada pela extrema pobreza segue no mesmo patamar de 2,2% da população mineira, enquanto o índice nacional caiu de 4,4% para 3,5%. Embora seja o menor percentual da série histórica, a estagnação sugere que o crescimento econômico e a geração de empregos, por si sós, encontram limites para alcançar a camada mais vulnerável da sociedade.

No contexto regional, a extrema pobreza em Minas (2,2%) é igual à de São Paulo (2,2%), mas superior à do Espírito Santo, que registrou 1,7%. O Rio de Janeiro apresenta a situação mais crítica do Sudeste, com 3,1% da população em situação de miséria.

BH

Os únicos dados regionalizados do IBGE sobre pobreza são relativos à Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Grande BH tem 13,3% da população abaixo da linha da pobreza e 2% na extrema pobreza, representando queda em relação aos 16,3% e 2,6% observados em 2023.

Mercado de trabalho

A melhora nos indicadores sociais está intrinsecamente ligada ao aquecimento do mercado de trabalho, que se recuperou no pós-pandemia. A taxa de desocupação em Minas caiu para 5,1% em 2024, o menor nível já registrado. Além disso, a taxa composta de subutilização da força de trabalho - que inclui quem trabalha menos horas do que gostaria ou quem desistiu de procurar emprego - recuou para 12,6%, significativamente abaixo do pico de 27,1% visto na pandemia em 2020.

Houve também aumento na formalização, mostrando tendência inversa à observada nos anos da pandemia. Em 2024, 49,4% das pessoas ocupadas em Minas tinham algum vínculo formal (carteira assinada, militares ou estatutários), uma recuperação frente aos anos anteriores, embora ainda abaixo do pico de 52,1% registrado em 2014.

Raça e gênero

Apesar dos avanços gerais, a estrutura social de Minas Gerais ainda é marcada por profundas disparidades históricas quando se cruzam dados de gênero e cor.

Em 2024, o rendimento médio domiciliar per capita dos homens brancos foi de R$ 2.531. Em contraste, as mulheres pretas ou pardas tiveram um rendimento médio de apenas R$ 1.544. Isso significa que uma mulher negra em Minas vive, em média, com 61% da renda de um homem branco.

O rendimento habitual dos trabalhadores brancos em empregos formais chega a ser 2,2 vezes maior do que a média das pessoas pretas ou pardas que trabalham na informalidade. Mesmo quando se compara apenas trabalhadores formais, a diferença persiste: o homem branco segue no topo da pirâmide salarial, enquanto as mulheres, especialmente as negras, formam a base.

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Outro dado alarmante é a representatividade nos extremos da riqueza e da pobreza. Enquanto as pessoas brancas são 40,5% da população de Minas, elas representam 61,7% do grupo dos 10% mais ricos. Já a população preta e parda, que compõe 59% dos mineiros, representa 70,2% da parcela dos 10% mais pobres do estado.

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