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‘Black fraude’: quais os principais golpes e ciladas da data comercial

Consumidores relatam preços inflados, sites falsos e ofertas enganosas durante a Black Friday

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A Black Friday se tornou uma das datas mais movimentadas do varejo brasileiro, mas também um terreno fértil para golpes, manipulações de preço e práticas enganosas. Nas redes sociais, consumidores fazem alertas sobre a chamada “Black Fraude”, nesta sexta-feira (28/11), denunciando desde promoções fictícias até fraudes digitais mais sofisticadas.

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Um dos tipos de comentário que mais viralizam é o da “metade do dobro”: usuários denunciam reajustes artificiais semanas antes da campanha para, no grande dia, aparentar um desconto significativo.  “A Black Fraude foi boa, né? O mês inteiro mais barato para, no dia, estar mais caro do que ontem”, denunciou um perfil. “Comprei meu telefone tem 18 dias por R$ 1.589. Agora na ‘Black Fraude’, na mesma loja e pelas mesmas especificações, tá mais caro”, escreveu uma consumidora.

Outra crítica frequente envolve valores que mudam ao escolher variações do produto. “A empresa anuncia o tênis por R$ 256,49, mas quando clica no tamanho 36 vira R$ 439,90. Como perder o cliente em apenas um clique”, reclamou um internauta.

A frustração com eletrônicos, especialmente smartphones, tornou-se ainda mais evidente. “Os preços dos celulares não mudaram em nada! Será que vale a pena ir às lojas? Aqui no Brasil é difícil!”, desabafou uma pessoa. 

Também há queixas sobre lives promocionais que anunciaram promoções que não estavam disponíveis nas lojas. “O que fizeram hoje foi vergonhoso. Enganaram os clientes com um produto que já estava esgotado. Live de Black Fraude total”, escreveu um perfil.

Em plataformas de comércio eletrônico, outros problemas apareceram — preços que aumentam no fechamento da compra ou cupons que simplesmente não funcionam.  “Preço do anúncio: R$ 104,90. Finalizando: R$ 109,90. Nem fingem mais”, ironizou uma usuária. “Eles colocam um banner com cupom ótimo, você escolhe um produto da lista e o cupom não funciona. Só raiva”, disse outro internauta.

Até aplicativos de delivery entraram na mira  “Black Fraude já chegou no app de comida. Desconto de 89% e, no fim, um doce que custava R$ 33,30 aparece por R$ 37,99”, comparou um cliente indignado.

Golpes na mira

Além dos preços manipulados, a Black Friday também abre espaço para golpes mais sofisticados, como a criação de sites falsos quase idênticos aos das grandes varejistas. Mudanças mínimas na URL — como a troca de “.com.br” por “.shop” — são suficientes para enganar quem age com pressa.

Um estudo da consultoria Redbelt Security aponta que foram identificados mais de mil domínios fraudulentos ativos às vésperas da Black Friday de 2024. Muitos deles impulsionados por anúncios pagos.

O phishing também explodiu: mensagens com “ofertas exclusivas” chegam por e-mail, WhatsApp ou SMS, agora com textos mais convincentes, muitas vezes gerados por inteligência artificial.

Segundo o Panorama de Ameaças Cibernéticas 2025, 553 milhões de ataques de phishing foram bloqueados no Brasil em um ano — cerca de 1,5 milhão por dia.

A praticidade de meios de pagamento instantâneos abriu oportunidades para golpistas. Chaves Pix adulteradas e boletos clonados levam o consumidor a pagar diretamente na conta de criminosos. Levantamento Datafolha indica que 24 milhões de brasileiros já foram vítimas de fraudes com Pix ou boleto, somando R$ 29 bilhões em prejuízo.

Fique de olho

Produtos de alto valor são os principais alvos. É justamente o consumidor que busca um smartphone, uma smart TV ou uma geladeira que mais corre risco. Segundo o Mapa da Fraude 2025, os itens mais visados no e-commerce são:

  • Celulares (ticket médio: R$ 2.788);
  • Acessórios eletrônicos (R$ 2.295);
  • Eletrodomésticos (R$ 2.701);
  • Informática (R$ 2.658).

A realidade é que os ataques cresceram em sofisticação, não necessariamente em quantidade: o Brasil registrou 2,8 milhões de tentativas de fraude, somando R$ 3 bilhões em valores potencialmente perdidos.

O ticket médio das tentativas subiu quase 10%, para R$ 1.072,33, indicando que criminosos estão mirando compras de maior valor agregado.

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Regiões Norte e Nordeste lideram o índice de tentativas, com taxa de 1,7%. Já a geração Z apresenta o maior risco, com 2,2%.

Como se proteger e evitar cair nas ciladas

Entre as recomendações de especialistas estão:

  • Monitorar preços com antecedência;
  • Verificar URLs e CNPJs;
  • Desconfiar de ofertas fora da realidade;
  • Evitar links enviados por mensagens;
  • Priorizar cartões virtuais;
  • Checar dados antes de pagar via Pix ou boleto.

Caiu em golpe? Veja o que fazer

  • Bloqueie imediatamente a transação no banco;
  • Acione o Mecanismo Especial de Devolução do Pix (MED);
  • Registre boletim de ocorrência;
  • Use o consumidor.gov.br para tentar resolução;
  • Troque senhas e ative autenticação em dois fatores;
  • Reúna todas as evidências (prints, links, mensagens).

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