“A música é sempre uma festa que a gente doa para as pessoas”, afirma o maestro Guilherme Bragança, criador da “Cantata de Natal” da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A 17ª edição do evento gratuito será realizada nesta quarta-feira (3/12), às 19h, na Praça da Assembleia, reunindo 16 corais e mais de 300 vozes.


Bragança conta que o coral da Associação dos Servidores existe há mais de 39 anos, sempre fazendo apresentações de Natal. Antigamente, eram realizados encontros com dois a quatro corais, no entanto, surgiu a intenção de projeto maior. “A ideia foi juntar mais corais com estrutura um pouco maior e nos institucionalizarmos”, relembra o maestro.


Para ele, a motivação permanece a mesma. “A data natalina é muito importante para a sociedade. Para nós, cristãos, representa o nascimento de Cristo. Mas, mesmo para quem não é cristão, é um tempo de alegria, de festividade, de reunião da família, de troca de presentes. É um momento de comunhão para todos”, afirma.


O processo de construção do espetáculo começou entre maio e junho, com a reunião dos 12 regentes para a montagem do repertório. Em seguida, todos os corais receberam as partituras e cada música foi gravada em vozes de soprano, contralto, tenor e baixo. Os corais começaram os ensaios individuais, seguidos por ensaios gerais realizados de outubro até esta segunda-feira (1º/12).


O repertório terá 14 músicas, sendo uma delas apenas instrumental, que abre a apresentação. Todas as 300 vozes interpretam todas as faixas, acompanhadas pela Orquestra Opus. São convidados da Cantata a soprano Emanuelle Cardoso, a mezzo soprano Aline Magalhães e o cravista Antônio Carlos de Magalhães, servidor da Assembleia.

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TRÊS PARTES

Bragança explica que o repertório é dividido em três partes, com música erudita, canções populares e ritmos de raízes africanas. No primeiro segmento, serão apresentadas “Jesus bleibet meine Freude” (“Jesus, a alegria dos homens”, em português), de Bach; “Hallelujah”, do oratório “O Messias”. de Haendel, trechos de missa “Sanctus” (Gounod) e “Gloria” (Vivaldi).


Em seguida, os corais apresentam “Natal todo dia” (Roupa Nova), “Canção dos sinos” (Mykola Leontovych), originalmente polonesa e cantada em português, “Semente do amanhã” (Gonzaguinha) e “Silent night” (Franz Gruber e Joseph Mohr), versão em inglês de “Noite feliz”. Haverá pot-pourri natalino assinado pelo maestro Leonardo Cunha, da Opus. Nele, estão reunidas as canções “Vem chegando o Natal”, “Deixei meu sapatinho” e, para fechar, “Bate o sino”.


A terceira parte da apresentação explora músicas americanas com raízes africanas. Estão incluídas “Baba Yetu”, de Christopher Tin, composta para o jogo Civilization e cantada em suaíli, e “Umoja Tunaimba – united we sing”, de Victor C. Johnson, pouco conhecida no Brasil. Ao final, há duas canções ligadas ao gospel: “Jingle bell rock” e “Oh happy day”.


O repertório da cantata é modificado ao longo dos anos, com repetições e inéditas propostas pelos outros regentes.

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“Levo o histórico das cantatas, todo o repertório que já fizemos, e proponho algumas músicas antigas que podem voltar. Os outros regentes chegam com as novidades, e a gente vai equilibrando o que é novo com o que já cantamos”, explica Guilherme Bragança.


Neste ano, “Natal todo dia”, “Semente do amanhã”, “Jingle bell rock” e “Umoja Tunaimba – united we sing” são as novidades.


“CANTATA DE NATAL”
Nesta quarta (3/12), às 19h, em frente à Assembleia Legislativa (Praça Carlos Chagas, Santo Agostinho). Entrada gratuita.

*Estagiária sob supervisão do editor Enio Greco

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