#PRAENTENDER

Vídeo explica por que conteúdo true crimes despertam tanta atenção

Gênero tem ganhado cada vez mais audiência em séries de TV, podcasts e filmes. Conversamos com especialistas para entender os motivos do sucesso

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Jeff Dahmer, Charles Manson, Elize Matsunaga e Suzane von Richthofen têm uma coisa em comum e não é isso que você está pensando. Todos ganharam os holofotes em séries documentais sobre os seus crimes. O gênero de true crime ganhou notoriedade na cultura pop e se tornou o queridinho do público em livros, filmes, podcasts e séries de TV.

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Casos reais como o da jovem Eloá, morta pelo namorado em 2008, ou de Sandro Dias, que sequestrou o ônibus 174 no Rio de Janeiro em 12 de junho de 2000, despertam o fascínio sobre o público e ganham cada vez mais audiência. Conversamos com especialistas no tema #PraEntender por que os true crimes fazem tanto sucesso.

O que são true crimes?

Ao contrário de obras que usam crimes reais como inspiração, a intenção do true crime é criar uma história imersiva do caso. Para isso, o roteiro usa, e às vezes abusa, de entrevistas, cenas de arquivo, áudios reais, processos, júri e, em alguns casos, até mesmo dá voz ao réu.

Mas o que explica essa atração por produções nas quais a violência ganha ares de espetáculo e transforma criminosos em um subtipo de celebridade? Para a psicóloga especialista em comportamento humano Luana Cordeiro, esse tipo de conteúdo pode despertar um enigma no ser humano.

Evan Peters no  papel do serial killer Jeffrey Dahmer
Evan Peters no papel do serial killer Jeffrey Dahmer Reprodução/IMDb

“O true crime, é uma forma de entender a mente humana, onde o indivíduo traz uma certa ilusão, uma breve sensação de redução e antecipação de perigos e ameaças, como ‘agora sei o que evitar’”, afirma a psicóloga.

“Um real do horror”

A abordagem do conteúdo de true crime pode incluir a análise do perfil da vítima e do criminoso, o desenrolar dos fatos de forma cronológica, e como se fechou a investigação, nem sempre com uma resolução para o caso.

O objetivo dos conteúdos de true crime não é dar uma resposta ao público, mas mostrar da forma que pareça mais fiel possível a versão dos envolvidos.

“Pensando na perspectiva da psicanálise, podemos ver uma forma do espectador encontrar um real do horror, uma vivência de algo interditado, mas sem risco real, sentindo uma espécie de excitação proibida. Também como uma tentativa de costurar o real com enredo para domesticar o absurdo, reforçando o medo já existente e um funcionamento de uma catarse social, permitindo simbolizar o horror do dia a dia”, afirma Luana Cordeiro.

Charles Manson entrou para a história como líder de seita de assassinos
Charles Manson entrou para a história como líder de seita de assassinos Divulgação/Netflix

Audiência de true crimes aumenta

De acordo com informações divulgadas pela plataforma Spotify, em 2022 os podcasts com a temática true crime tiveram um aumento de 52% de audiência em relação a 2021.

Isso mostra que os ouvintes valorizam conteúdos que unem fatos detalhados, elementos jurídicos e a reconstrução minuciosa de eventos, tornando o gênero um dos favoritos no Brasil.

Para a apresentadora do podcast Modus Operandi, Mabê Bonafé, o gênero de true crime “ativa algumas zonas primitivas do nosso cérebro, como medo, como o instinto de sobrevivência e a curiosidade”.

“Nosso cérebro é viciado em entender perigos. Então, quando você tem mais conhecimento, você tem mais acesso a certos tipos de conteúdos, você pode se proteger de uma forma melhor”, afirma.

“Além da curiosidade mórbida”

Para Mabê, o true crime muitas vezes serve como uma forma para o público de ter acesso a diversas histórias e compreender como aquilo se desenhou, como é que a pessoa conseguiu se proteger, ou então quais ações foram tomadas depois, muitas vezes, na esfera judicial. “Acredito que para além da curiosidade mórbida, que óbvio, é uma coisa que surge, também existe essa sensação de ‘conhecimento é poder’”, afirma a apresentadora do podcast Modus Operandi.

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