Cinema

Oscar 2026: Netflix exibe "Jay Kelly", com George Clooney e Adam Sandler

Dupla de protagonistas do longa de Noah Baumbach vai disputar o Globo de Ouro. O filme e Sandler estão indicados ao Critic's Choice, termômetro do Oscar

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Em uma cena fundamental do novo filme de Noah Baumbach, o agente Ron, personagem de Adam Sandler, diz para seu chefe e melhor amigo, o ator Jay Kelly, interpretado por George Clooney, que desiste de fazer um filme na última hora para ir atrás da filha em uma viagem pela Europa: “Você é Jay Kelly, mas eu sou Jay Kelly também.”

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Ele quer dizer que trabalhou tão duro e fez tantos sacrifícios pessoais quanto o ator. Logo, tem direito a um voto tão importante quanto o do próprio Jay Kelly na decisão unilateral de descumprir um contrato assinado. Ron é contra, quer que o cliente esteja no set, com suas falas decoradas e o personagem estudado na segunda-feira seguinte.


Crise existencial

O astro vive a crise de meia-idade. Em vez de comprar um conversível vermelho, quer resgatar a proximidade com Daisy, sua filha caçula (papel de Grace Edwards), antes que seja tarde demais. A mais velha (Riley Keough), fruto do primeiro casamento, já não dá mais a ele nem a chance de se redimir.


Sua única chance é com Daisy, que entrou na faculdade e decide viajar antes de começar o ano letivo. Jay não é mais casado com a mãe de Daisy e gasta seu tempo trabalhando ao lado do agente e de sua assessora de imprensa, Liz (Laura Dern).


Clooney, Sandler e Dern dizem que nunca teriam chegado aonde chegaram sem muita gente nos bastidores. “A gente não faz nada sozinho nesta área. Cinema é uma atividade coletiva, e esta é grande parte do que me atrai nessa profissão”, afirma o protagonista.


“Meus pais abriram muitas portas para mim”, diz Dern, filha dos atores Bruce Dern e Diane Ladd. “Este é um filme sobre o amor que sentimos pelos nossos filhos, pela nossa família”, afirma Sandler.


Noah Baumbach é o criador dos ótimos “A lula e a baleia”, “Ruído branco” e “História de um casamento”. Foi o corroteirista do blockbuster “Barbie”, dirigido por sua mulher, Greta Gerwig.


Tanto Dern quanto Sandler afirmam que o streaming fez uma legião de gente jovem redescobrir trabalhos muito antigos de suas carreiras. “Acabei de fazer 'Um maluco no golfe 2', continuação de um filme de 1996 foi redescoberto no streaming”, diz o comediante.

“A coisa que me deixa mais feliz é quando um garoto de 14 anos me encontra na rua e diz que viu um filme antigo meu e riu muito. Fico emocionado de saber que aquilo tudo ainda funciona.”


“Desde a morte de David Lynch (em janeiro deste ano), muitos jovens estão descobrindo a obra dele pela primeira vez, e tenho recebido o entusiasmo desse novo público com muita alegria”, diz Dern, que trabalhou com o gênio em “Veludo azul”, “Coração selvagem” e “Império dos sonhos”.

 Globo de Ouro e Critic's Choice


George Clooney, que já tem dois Oscar em casa, é um dos nomes cotados para a indicação à estatueta de Melhor Ator. Na corrida estão Leonardo DiCaprio (“Uma batalha após a outra”), Timothée Chalamet (Marty Supreme”), Ethan Hawke (“Blue moon”), Michael B. Jordan (“Pecadores”) e Wagner Moura (“O agente secreto”). 


Clooney e Sandler foram indicados, respectivamente, ao Globo de Ouro de Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante/Comédia ou Musical. No Critic's Choice Awards, “Jay Kelly” está na disputa de Melhor Filme, e Adam Sandler nomeado a Melhor Ator Coadjuvante.


George dá de ombros quando questionado sobre isso. “Não sou muito fã dessa competição entre atores. Não acho que seja algo necessariamente saudável. Estou por aí há muito tempo, não é aí que mora meu interesse por esse trabalho.” Pergunto se ele está sendo sincero. “Sou um ator. Você nunca saberá”, diz.


E o tal do equilíbrio entre o sucesso profissional e o pessoal, o Santo Graal da vida moderna de homens e mulheres que trabalham muito, em posições de grande destaque, dá para ter?


“Dá, sim. Mas, olha, é fácil dizer isso porque comecei uma família quando tinha 50 anos, não 19. Fica melhor quando você já está mais estabilizado, não tem que batalhar todo dia para colocar comida na mesa. Não é justo comentar como se fosse simples, não é. Mas é possível”, afirma.


Vergonha

No filme, o personagem pega sua equipe, seu jatinho particular e sai em busca da filha na Europa. A menina está numa viagem estilo mochilão e nem conta para as pessoas que é filha do ator famoso. Quando o pai finalmente a encontra, ela está aos beijos com um garoto que acabou de conhecer e a chegada inusitada a faz passar mais vergonha do que qualquer outra coisa.

“A boa notícia para mim é que quando meus filhos forem velhos o bastante para namorar, provavelmente vou estar mascando pão sem dentes e usando andador. Com um pouco de sorte, nem vou saber o que está acontecendo. Esta é minha esperança”, diz Clooney, pai dos gêmeos Alexander e Ella, de 8 anos.


“JAY KELLY”


EUA, 2015, 132min. Filme de Noah Baumbach, com George Clooney, Adam Sandler e Laura Dern. Disponível na Netflix.

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