A corrida por ingressos para alguns shows no Brasil, internacionais e nacionais, pode decepcionar muitos fãs na busca por ver e ouvir seus ídolos ao vivo. Dentre os problemas estão filas virtuais com esperas intermináveis, instabilidade do sistema e o rápido esgotamento dos bilhetes oficiais, que reapareceram minutos depois em sites de revenda por valores absurdamente mais altos.
Nesta sexta-feira (7/11), os ingressos dos shows do AC/DC no Brasil, marcados para os dias 24 e 28 de fevereiro de 2026, começaram a ser vendidos. A venda online expôs esses problemas recorrentes em grandes eventos.
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A demanda foi tão intensa que os ingressos para a primeira data se esgotaram em pouco tempo, levando à abertura de um show extra. Mesmo com a nova oportunidade, a experiência para muitos consumidores exemplificou os desafios da era digital. As filas virtuais, criadas para organizar o acesso, muitas vezes funcionam como uma loteria, em que um sistema aleatório distribui as posições e milhares de pessoas podem passar à sua frente.
O problema se agrava com o "cambismo digital". Grupos organizados utilizam robôs (bots) programados para comprar centenas de ingressos de forma automatizada, muito mais rápido do que qualquer pessoa conseguiria. O objetivo é simples: monopolizar as entradas disponíveis para revendê-las em mercados paralelos, lucrando com a alta procura e o desespero dos fãs.
Essa prática não apenas inflaciona os preços, mas também alimenta um mercado paralelo repleto de riscos, como a venda de ingressos falsificados ou duplicados. Para o consumidor, a sensação é de impotência diante de um sistema que parece favorecer a especulação em vez do acesso justo.
Como se proteger e quais são seus direitos?
Embora o cenário para eventos de alta procura preocupe os fãs, algumas medidas podem aumentar a segurança em futuras compras e garantir seus direitos como consumidor. Adotar uma postura preventiva é o primeiro passo para evitar dores de cabeça e prejuízos financeiros.
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Compre apenas nos canais oficiais: sempre adquira suas entradas diretamente no site oficial indicado pelo organizador do evento. Desconfie de links patrocinados em buscas e anúncios em redes sociais que prometem ingressos antes da abertura oficial.
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Cuidado com a revenda: sites de revenda não oferecem garantia de autenticidade. Os preços são abusivos, e o risco de fraude é alto. Comprar de cambistas, mesmo que digitais, incentiva a continuidade dessa prática ilegal.
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Documente todo o processo: caso enfrente problemas durante a compra, como erros no site ou cobranças indevidas, faça capturas de tela de cada etapa. Guarde e-mails de confirmação e comprovantes de pagamento. Esses registros são essenciais para uma eventual reclamação.
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Conheça as regras do evento: antes de finalizar a compra, leia atentamente a política de cancelamento, reembolso e transferência de titularidade do ingresso. Saber essas informações de antemão evita surpresas caso seus planos mudem.
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Exija o cumprimento da oferta: o Código de Defesa do Consumidor garante que toda informação ou publicidade sobre o evento e a venda de ingressos deve ser cumprida. Isso inclui preços, assentos e condições anunciadas. Se a empresa não cumprir o prometido, você tem o direito de reclamar.
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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.
