Disco de Elisa de Sena tem faixas autorais e releitura de 'Amor de índio'
Mineira retorna às raízes com o álbum 'Orgânica', disponível a partir de hoje (7/11) nas plataformas. Pedro Luís faz participação na faixa 'Avenca'
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A cantora, compositora e percussionista Elisa de Sena lança “Orgânica”, seu segundo álbum, disponível nas plataformas digitais a partir desta sexta-feira (7/11). Com 11 faixas, sendo cinco autorais, o disco tem produção de Felipe Pizzutielo e Nath Rodrigues, contando com a participação do carioca Pedro Luís, criador do Monobloco.
Depois de lançar “Cura” (2019), a artista volta às raízes e se inspira na ancestralidade, com sonoridade que passeia entre a percussão e as cordas, remetendo à conexão com as forças da natureza.
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As faixas foram gravadas por Elisa, Felipe Pizzutiello e Nath Rodrigues, além de duas instrumentistas convidadas: Bia Ferreira (cavaco e violão) e Débora Costa (percussão).
“Este disco tem músicas minhas e de outros compositores. Duas são somente minhas ('Avenca' e 'Acauã moço pássaro') e outras três em parceria com amigos de BH: Manu Ranilla ('As contas'), Luísa de Paula ('Jurema do mar') e Allyson ('O que é fé'), que atualmente mora em São Paulo, além das releituras. Já lancei o single de ‘Amor de índio’, de Beto Guedes e Ronaldo Bastos”, detalha a cantora.
Elisa gravou também 'Cheiro mineiro de flor’, de Sá e Guarabyra, “Coração de marujo”, de Sérgio Pererê, e “Água de talha”', de Nego Moura, compositor de Poços de Caldas.
Diferentemente de “Cura”, com bastante timbres eletrônicos, o novo álbum tem outra estética. “Parti do desejo de fazer um trabalho que fosse mais natural, mais conectado com a terra, com aquilo que a gente consegue expressar através do nosso corpo natural, por isso o nome ‘Orgânica’”, explica Elisa.
A escolha das composições tem a ver com o vínculo com a natureza. “Falo muito de ancestralidade e mineiridade também. A escolha das releituras aconteceu de forma natural. A primeira condição foi que elas se conectassem de alguma forma com a dramaturgia do disco, que fala do que é orgânico”, diz Elisa.
“Amor de índio”, sucesso do Clube da Esquina, ganhou arranjo novo de Nath Rodrigues. “Ficou muito lindo. É muito legal, porque até por tudo que a música já traz em si, toca muito as pessoas. O retorno desse clássico de Beto Guedes tem sido bem positivo”, conta Elisa. A letra desta canção é de Ronaldo Bastos.
'Tambores de Minas'
Em “Cheiro mineiro de flor”, a artista priorizou o aspecto afro-mineiro. “A gente colocou nela o ritmo do 'Tambores de Minas', construído pelo Lincoln Cheib para música do Milton Nascimento. Chamei o Pedro Morais para cantá-la comigo. Além de excelente cantor, ele tem um timbre lindo, uma voz que diz muito do que é a mineiridade contemporânea.”
Elisa elogia os produtores de “Orgânica”. “Nath Rodrigues, que é mineira, é especialista em instrumentos de corda, toca violino, bandolim e berimbau. Felipe Pizzutiello, que é de São Paulo, é excelente baixista e produtor. Pensei neles pela expertise nas cordas, mas também pelas diferenças na hora de produzir. Produzem de forma diferente e se complementam neste disco.”
FAIXA A FAIXA
“Cafuzo”
De Sérgio Moreira
Vinheta de “Água de talha”
De Allison Paulo Vieira e Nego Moura
“Água de talha”
De Allison Paulo Vieira e Nego Moura
“Cheiro mineiro de flor”
De Sá e Guarabyra
“Coração de marujo”
De Sérgio Pererê
“Avenca”
De Elisa de Sena. Participação: Pedro Luís
“Acauã moço pássaro”
De Elisa de Sena
“Amor de índio”
De Beto Guedes e Ronaldo Bastos
“As contas”
De Elisa de Sena e Manu Ranilla
“O que é fé”
De Elisa de Sena e Alysson
“Jurema do mar”
De Elisa de Sena e Luísa de Paula