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"Cilada" é série policial argentina gravada na paisagem gelada de Bariloche

Produção tem a atriz Soledad Villamil ("O segredo de seus olhos") no papel de uma jornalista em luto que procura desvendar crimes em sua comunidade

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“Cilada” é a 11ª de 14 adaptações previstas pela Netflix das histórias policiais escritas pelo norte-americano Harlan Coben. Recém-chegada ao catálogo da plataforma, é a primeira ambientada na Argentina.


Dirigida por Miguel Cohan, a atração está entre as mais vistas do serviço de streaming desde sua estreia, no último dia 26. Na trama, Soledad Villamil, atriz de “O segredo dos seus olhos” (2009), vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional, interpreta Ema Garay.


Jornalista investigativa, ela escreve para o periódico “Lado Bariloche” e administra um portal noticioso em que desmascara diferentes criminosos. O nome do site, “Atrapados” (“encurralados”, em português), intitula a série na versão original.


Ainda de luto pela perda do marido, que foi atropelado por uma motorista embriagada em frente à casa do casal, Ema mergulha no trabalho e deixa de dar atenção ao filho Bruno (Matías Recalt). A situação muda quando ela recebe um novo caso que parece envolvê-lo. Desta vez, a jornalista investiga um homem que se disfarça de adolescente em um videogame para abusar de meninas menores de idade.


Embora pareça semelhante à série “Adolescência”, estrondoso sucesso da Netflix que aborda os perigos das redes sociais para os jovens, a produção argentina segue um caminho contrário. Aqui, o caso da internet é apenas o ponto de partida para uma teia de mistérios e crimes que circundam a cidade onde vivem os personagens.


Bariloche

É a paisagem florestal e glacial de Bariloche, na região da Patagônia, que reforça o tom sombrio das transgressões. Com movimentos panorâmicos de câmera e uma trilha sonora marcada pelo violino, a minissérie sustenta alta carga dramática e mantém o suspense, com inúmeras reviravoltas do roteiro.


Entre elas, enquanto procura o acusado de fraude, Ema tenta conversar com Camila (Maite Aguilar), uma menina que foi enganada pelo suspeito. Na casa da jovem, conhece Leo Mercer (Alberto Ammann), amigo da família que tenta protegê-los dos curiosos.


Inicialmente, ele é apresentado como um homem gentil, cuidadoso e dono de um instituto que apoia crianças necessitadas. Logo Ema se envolve com Leo, até que se convence de que ele é o criminoso procurado e, dominada pela raiva e pelo sentimento de traição, o acusa precipitadamente.


Devido à gravidade da denúncia, Leo se torna fugitivo da polícia e perde a credibilidade de seu legado. A situação se agrava quando o pai de Camila, Facundo (Alián Devetac), assume que seu amigo abusou da filha e passa a persegui-lo. No clímax do segundo episódio, Facundo atira em Leo e, ao ser preso, descobre que o verdadeiro criminoso foi identificado.


Precipitação e culpa

Diante disso, Ema se vê confrontada pela culpa de suas ações irresponsáveis. Um ponto fraco de “Cilada” é o retrato equivocado e estereotipado da atuação jornalística. Ema frequentemente desconsidera decisões policiais, persegue suspeitos, interroga adolescentes sem permissão e faz suposições errôneas que impactam a vida de outros personagens.


Mesmo após cometer diversos erros e prejudicar a vida de conhecidos, ela continua publicando sem cuidado informações ainda não completamente averiguadas.


A sequência da história se concentra no assassinato da adolescente Martina (Carmela Rivero), que vem a ser a instrumentista por trás do violino que domina a trilha sonora. Para os moradores, ela parece uma estudante dedicada, que está prestes a integrar uma orquestra. Por mais de 10 anos, foi vizinha de Leo e estabeleceu uma relação de confiança com ele.


No entanto, a menina é participante ativa de uma rede social em que jovens publicam e assistem a vídeos de cunho sexual. Sob codinomes, ela se conecta com um ricaço de Bariloche, que propõe a ela uma bolada em dinheiro em troca de gravar um dos vídeos na presença dele.


Com direito a jatinho e ingresso para a apresentação de uma orquestra em Buenos Aires, Martina vai ao seu encontro, ao mesmo tempo em que conhece Marcos Brown (Juan Minujín). Em um emaranhado de tramas entre adolescentes e adultos, falsas pistas e antigos conflitos que não se dissipam, a série mantém a fórmula das tramas de Harlan Coben e, mesmo quando tudo parece resolvido, continua a surpreender o espectador com novas armadilhas.

“CILADA”
• A minissérie, em seis episódios, está disponível na Netflix.

*Estagiária sob supervisão da editora Silvana Arantes

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