LITERATURA INFANTIL

"Casinha de bambu", livro derivado do disco homônimo, tem lançamento em BH

A cantora Sílvia Negrão reuniu no projeto canções autorais e releituras de cantigas folclóricas de vários estados brasileiros; lançamento é neste sábado (26/10)

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Em um único projeto, Sílvia Negrão uniu música, leitura e brincadeira. “Casinha de bambu”, seu álbum voltado ao público infantil, foi transformado em livro ilustrado por Antonio Fonseca. O lançamento será neste sábado (26/10), na Livraria Colorê, no Bairro Anchieta.

Natural de Belém (Pará), Sílvia Negrão é cantora, compositora e educadora musical. Seu terceiro disco, “Rabiola ola catibiribola”, foi lançado em 2014. Desde então, ela vinha trabalhando num disco que reunisse músicas autorais e releituras de canções do folclore.


A coleta foi extensa – geográfica e temporalmente. Sílvia Negrão viajou e aprendeu canções tradicionais do Pará, Bahia e Goiás. "Casinha de bambu" (14 faixas) reúne melodias compostas por ela, por seu filho Bruno Negrão e por Caio Cracco, além de obras coletadas nessas viagens.

Laboratório

“Por 10 anos, continuei compondo e pesquisando músicas para o novo projeto. Por onde vou, sempre dou um jeito de ‘pescar’ uma canção do folclore e conhecer músicas infantis tradicionais daquele lugar. Ao mesmo tempo, continuei dando aulas de musicalização para crianças. Elas foram meu laboratório”, conta a artista.


Canções imaginativas sobre animais, como “O morcego” e “Flamingos”, se misturam com outras que discutem amizade e identidade. É o caso de “Quem sou eu?”, parceria de Sílvia com o Palhaço Popó. “Dente mole”, que ganhou um videoclipe animado por Lígia Mendes, surgiu durante a fase em que os alunos começavam a perder os dentes de leite.


“Plam plam plam”, parlenda do folclore que abre o álbum, é outro exemplo de releitura trabalhada por Sílvia Negrão em sala de aula. “‘Plam plam plam’ virou a minha música de entrada na sala. Como a canção é também uma brincadeira, toda vez que jogávamos, eu fazia uma inflexão de voz diferente, moldando o ritmo e o timbre da minha voz”, conta.


“A partir disso, a criança vai experimentando interpretações distintas da mesma canção. Assim, eu trabalhava parâmetros da música sem que os alunos percebessem. Era tudo uma grande brincadeira.”


As letras de “Café tá bão” e “Vou pilar café” foram unidas em uma única faixa. A primeira, Sílvia aprendeu com dona Lídia, da cidade mineira Lavras Novas. A canção, entoada durante o trabalho na lavoura de café foi gravada pela cantora paraense e por Lídia, então com 90 anos. Já “Vou pilar café”, a cantora ouviu pela primeira vez na Chapada Diamantina (BA).


“Nana, taynanã’?” é uma cantiga de ninar que imita os balbucios de um neném combinados a palavras dos idiomas indígenas sataré-mawé, araweté, maraguá e tiryió.


“Quis trazer algo que as crianças pudessem ler, ver e tocar. No livro trouxemos ilustrações, sugestões de brincadeiras nas páginas finais, as letras das músicas e cifras”, diz a cantora e educadora.


As cifras foram incluídas “porque, a partir de certa idade, a criança já pode começar a tocar instrumentos como violão e teclado”.


“CASINHA DE BAMBU”


• Livro de Sílvia Negrão
• Ilustrações: Antonio Fonseca
• R$ 40
• Lançamento neste sábado (26/10), às 10h30, na Livraria Colorê (Rua Francisco Deslandes, 104, Anchieta).


*Estagiária sob supervisão da editora Silvana Arantes

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