Ludmilla foi descrita como "próxima pop star brasileira" pelo jornal britânico The Guardian, que a entrevistou após o show no Coachella, maior festival de música do mundo. Ela falou sobre cantar em português para o público do festival e comentou sobre a acusação de preconceito religioso.
A cantora é apresentada aos britânicos como a artista negra mais ouvida no Brasil e "uma das únicas mulheres de herança afro-latina a atingir um bilhão de streams no Spotify e fazer um set no palco principal do Coachella". O jornal destaca que Beyoncé é sua admiradora e participou do show enviando uma mensagem de áudio para a introduzir: "Do Rio para o Coachella, senhoras e senhores, Ludmilla!".
A cantora disse que ficou aliviada após a apresentação em português e que se sente satisfeita com o resultado, já dando frutos: "Eu canto em português e isso pode ser difícil para um público internacional. Eu tinha um objetivo e alcancei. Esta semana recebi vários convites para colaborações".
Ludmilla falou sobre preconceito racial sofrido no início da carreira: "Quando comecei como cantora, fui vítima de racismo e costumava sofrer em silêncio. Mas agora eu sei o quão importante eu sou e como posso ajudar mulheres como eu".
Ludmilla terá agenda movimentada no Brasil, com shows também nos Estados Unidos
Instagram/reprodução"É irritante", disse ela sobre as acusações de preconceito religioso tiradas do vídeo exibido no show. "Vi muitas pessoas brasileiras me crucificando nas redes sociais, apenas devido ao racismo. Essa é uma luta da qual não posso simplesmente desistir".
Lud também falou sobre o casamento com Brunna Gonçalves e o cenário dos relacionamentos LGBTQIA+ no Brasil: "Não é o melhor cenário, mas evoluímos e não podemos retroceder nessa questão", diz ela. "Muitas mulheres bissexuais e lésbicas me disseram após meu show no Coachella que se sentiram representadas", completou.