Theo James faz o papel de Eddie Horniman, que foi de matthew McConaughey no cinema
 -  (crédito: netflix/divulgação)

Theo James faz o papel de Eddie Horniman, que foi de matthew McConaughey no cinema

crédito: netflix/divulgação

Ninguém chega a uma produção assinada por Guy Ritchie sem saber o que está por vir. Violência exacerbada, personagens bizarros do submundo, piadas infames, diálogos rápidos e, por vezes, surreais. “Magnatas do crime”, recém-chegada à Netflix, traz isto tudo – a premissa é muito semelhante à do filme homônimo que o cineasta britânico lançou em 2019.


No filme, o protagonista era interpretado por Matthew McConaughey. Na série, o papel é de Theo James. Ele é Eddie Horniman, o filho caçula bem intencionado e honesto do duque de Halstead. Nunca ligou muito para o legado e a mansão estilo Downton Abbey que pertence à sua família há seis séculos. Oficial da ONU, no começo da história está na fronteira da Turquia com a Síria.


É levado de lá às pressas, com a chegada do advogado da família. Seu pai está nas últimas. Eddie volta para casa para velar o pai e se reencontrar com a mãe e os dois irmãos. Poucas horas mais tarde, o duque está morto. O caçula só espera o funeral para voltar para o trabalho. Só que a leitura do testamento muda tudo.


Surpresa no testamento

Diz a tradição que a herança, incluindo a propriedade milionária com terras a perder de vista, deveria ficar com o primogênito. Só que o duque sabia muito bem que Freddy (Daniel Ings), acabaria com o legado da família em um par de meses. Para desespero do mais velho e surpresa geral, Eddie é quem herda tudo.


Fosse só lidar com o ódio fraterno, a vida de Eddie estaria boa demais. Mas não, a herança foi só o começo de seus problemas. Freddy não é apenas viciado em jogos e drogas – é também um imbecil completo. Eddie descobre que o irmão mais velho tem somente alguns dias para pagar 8 milhões de libras em dívidas a um grupo de traficantes de Liverpool.


A “ajuda” virá de dentro de casa. O duque, o caçula fica sabendo, “emprestava” suas terras para um grupo que capitaneia uma produção milionária de cannabis. E como o chefão está na cadeia, é a filha dele, Susie Glass (Kaya Scodelario), que está à frente da operação. Ela se alia a Eddie para salvar a pele de Freddy – e o caos começa a partir daí, já que outros chefões do crime também estão de olho na herança do duque.


Muitas situações estranhas, violência e negociações frenéticas acontecem enquanto Eddie trabalha tanto para compensar a estupidez de seu irmão (que mesmo estando no fundo no poço, não para de fazer asneiras) quanto para tentar libertar a família de seus laços com uma variedade de personagens nefastos e excêntricos.


Há um monte de bandidões e golpistas britânicos. Mas vem dos Estados Unidos aquele que pode ser a maior ameaça a Eddie. Apresentado como um americano milionário e elegante, Stanley Johnston quer comprar a propriedade em Halstead. Justifica o interesse pela arquitetura do lugar.

 

É pura balela, já que Stanley é chefe de um império de metanfetamina. O fato de ele ser interpretado por Giancarlo Esposito (o Gus Fring de “Breaking bad”) dá certo sabor à história. Mesmo assim, “Magnatas do crime” tem cara de prato requentado.

“MAGNATAS DO CRIME”
• A série, em oito episódios, está disponível na Netflix