
Envelhecer com autenticidade
Um envelhecimento no qual nos afirmamos como sujeitos maduros e não como simulacros tentando parecer mais jovens
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Nossas sociedades passaram a acreditar que a juventude é um valor – e não uma parte da vida humana - e, com isso, cada ruga, cada cicatriz e cada cabelo branco, não são percebidos como sinal de sabedoria acumulada, mas tão somente de anos que não estão mais à nossa disposição. Em uma tentativa vã de esconder nossa humanidade – finita e imperfeita -, deixamos de perceber que nossa beleza reside justamente nas marcas que foram cunhadas pelo tempo, pois elas contam histórias preciosas e narrativas que fizeram parte de quem nos tornamos.
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O que Godard nos recorda é que não há tragédia em envelhecer, mas sim na busca incessante por uma juventude que não temos mais. Sua mensagem é a de que não devemos negar a passagem do tempo, mas sim aceitá-la com graça e leveza. A autenticidade, que nos liberta das mil distrações do mundo, pressupõe se aceitar quem se é de maneira integral. A verdadeira beleza está na compreensão de que lutarmos contra quem somos, além de vão, nos torna prisioneiros, em todos os sentidos.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.