Mesmo com avanço do Pix, cartões movimentam R$ 1,1 trilhão no trimestre
O cartão de crédito continua a ser o grande motor do consumo, movimentando R$ 794,7 bilhões e crescendo robustos 15,2%. É ele quem banca a maior parte das compr
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No momento em que o PIX completa cinco anos e se revela um sucesso, se tornando um dos meios de pagamento mais usado país, os cartões de crédito mostram que continuam com força como meio de pagamento, movimentando R$ 1,1 trilhão no terceiro trimestre de 2025, em crédito, débito e pré-pagamentos, com crescimento de 10,5%, segundo a Abecs, entidade que representa o setor. O período de julho a agosto é o melhor trimestre da história. Além disso, segundo a Abecs, o grande destaque é o pagamento por aproximação, que passou de 3.9% do total em 2020 pra 72,8 das compras presenciais com cartões no país. A projeção é que chegue a mais de 80% até o fim do ano que vem.
O cartão de crédito continua a ser o grande motor do consumo, movimentando R$ 794,7 bilhões e crescendo robustos 15,2%. É ele quem banca a maior parte das compras, com 42,7% do valor total indo para o parcelamento sem juros. A preferência nacional ainda é por prazos curtos: 64,5% das transações a prazo são fechadas em até seis vezes.
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Entretanto, uma surpresa aparece nos canais remotos. Embora o volume total de compras não presenciais tenha subido 19,4% (R$ 292,8 bilhões), o cartão de débito é o destaque inesperado. Seu uso em compras pela internet e aplicativos disparou 26,2% no trimestre e acumula um aumento de 471,1% desde 2019. Isso sugere que o brasileiro está levando o hábito do débito para o mundo digital, impulsionado por compras por carteiras digitais, aplicativos e redes sociais. “O destaque foi para o cartão de débito, que tem registrado crescimento acima da média nos últimos anos. A modalidade continua ganhando cada vez mais espaço nas transações online”, diz a Abecs em nota.
Os meios de pagamento mostram ainda que o consumidor tem optado pela comodidade e facilidade de uso na hora de efetuar as compras e pagamento de serviços. Um fator que explica a opção pelo pix e pelo cartão de débito, que são pagamentos à vista, é o fato de a taxa básica de juros estar em 15% ao ano, com os juros do cartão de crédito chegando aos estratosféricos 451% ao ano no fim do terceiro trimestre de 2025.
Olhando para onde o dinheiro está indo, o varejo tradicional viu o segmento de Livrarias e afins liderar o crescimento em valor transacionado, com uma alta expressiva de 83,6% no terceiro trimestre. Logo atrás, Alimentação (+22,6%) e Eletrônicos/Eletrodomésticos (+21,1%) confirmam a resiliência do mercado doméstico. No setor de serviços, a expansão do uso de cartões foi liderada pelos Profissionais Liberais (+42,3%), seguidos por Serviços Médicos (+25,6%), mostrando a digitalização do pagamento até mesmo em serviços pessoais.
Em termos regionais, o Sudeste, maior centro financeiro do país, responde por 57,8% de todo o valor transacionado (R$ 596,8 bilhões). O valor representa um crescimento de 6,8% em relação a igual período do ano anterior. No entanto, no terceiro trimestre, o crescimento mais expressivo veio do Nordeste (+15,6%), o que pode indicar um avanço na bancarização e na adoção de meios eletrônicos de pagamento na região, que movimentou R$ 143,2 bilhões. As demais regiões registraram avanço de julho a setembro deste ano em relação a igual período do ano passado. O Sul movimentou R$ R$ 158,7 bilhões (+7,9%), o Centro-Oeste, R$ 89 bilhões (+10,9%) e o Norte com crescimento de 11,7% e movimento de R$ 45,4 bilhões.
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Os gastos de brasileiros no exterior, pagos com cartões, registraram uma expansão de 16,5%, atingindo US$ 4,8 bilhões (R$ 26,3 bilhões). Enquanto EUA e Europa continuam sendo os destinos prioritários (76,8% das despesas), é a Oceania que apresenta o crescimento mais expressivo: 558,4% de aumento no uso de cartões. Em valor, os gastos de brasileiros com cartões na Oceania, somaram R$ 1,3 bilhão. Os gastos no exterior são um sinal claro da retomada e diversificação do turismo pós-pandemia. Com 93 associados, a Abecs representa 96% do setor de meios eletrônicos de pagamento do país.
Clima
R$ 2,45 bilhões
Foram aprovados pelo BNDES para produtores rurais impactados por eventos climáticos. Em um mês foram atendidos 485 municípios de 16 estados, com 8,3 mil operações aprovadas
Imóveis
A Caixa Econômica Federal está com leilão aberto para a venda de 595 imóveis, distribuídos em 23 estados, além do Distrito Federal. As ofertas incluem propriedades residenciais, como casas e apartamentos, com valores que variam de R$ 80 mil a R$ 2,3 milhões. O evento ocorre em duas praças, com a primeira encerrando no dia 15 de dezembro e a segunda no dia 18 do mesmo mês. O leilão será pela Casa Leiloeira, na plataforma Superbid Exchange.
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Tecnologia
Para 17%dos executivos do setor automotivo no Brasil o modelo de negócios, produtos e operações das empresas serão completamente transformados nos próximos três anos. “A indústria automotiva está em um ponto de inflexão – e poucas etão preparadas. A transformação deixou de ser opcional e as empresas precisam abraçar a disrupção”, afirma Ricardo Rosa, sócio da KPMG, que fez a pesquia. A maioria (87%) investe em IA.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.
