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Sou um admirador confesso do doutor Castellar Guimarães Neto, em todos os aspectos. Jurista dos mais bem preparados, formado na Sorbonne, em Paris, membro da Fifa, que em quatro anos, de 2014 à 2018, transformou a falida e descredibilizada Federação Mineira de Futebol (FMF) numa entidade respeitada, com crédito e conta em bancos, tornando-a a melhor do país.
Todos sabem que sou contra federações, pois elas só existem no Brasil, assim como sou contra os campeonatos estaduais. Mas, já que sou uma gota no oceano, já que elas não serão extintas, que tenhamos o melhor presidente e o mais bem preparado.
Doutor Castellar tem o meu apoio amplo, geral e irrestrito, pois, como coloquei acima, é o que temos de melhor. Adriano Aro também teve uma boa participação quando gestor e presidente, mas chegou a hora de Minas ter um representante de altíssimo nível, com ideias modernas e conceitos valorosos.
Sei que muitos dirão que Castelar é atleticano. Isso pra mim não altera nada, pois é isento em sua gestão, e todos nós gostamos de um time. Tenho a certeza de que ele vai representar nossos clubes junto à CBF com maestria.
Gosto muito de ver juristas jovens e bem preparados nos cargos do futebol. Na CBF temos Flávio Zveiter, outro grande jurista, que, com certeza, receberá nosso Castelar com todas as honras. Essa dupla tem muito a contribuir com o futebol mineiro e brasileiro.
Pouca gente lembra, mas quando assumiu a FMF, Castellar Guimarães pegou uma entidade devedora, sem conta em banco, sem conseguir empréstimo, sem a menor estrutura. Mudou a sede para o Bairro Funcionários, reduziu pessoal, enxugou a entidade e a tornou superavitária. Deu importância aos clubes do interior, apoiou ainda mais os da capital e tornou-se peça importante na CBF, sendo um dos oito vices. Credibilidade que há tempos o nosso futebol não tinha. Esteve cotado para assumir a presidência da entidade máxima do futebol nacional, mas declinou por achar que ainda não era o momento. Na Fifa, o presidente, Gianni Infantino ficou encantado com o trabalho de Castelar como membro do tribunal da entidade maior do futebol. Na política, foi secretário municipal de governo da PBH e em 2024 assumiu a cadeira no senado federal por Minas Gerais, substituindo o licenciado Carlos Viana. Enfim, doutor Castellar Guimarães é uma bandeira do nosso Estado e fará um bem tremendo ao nosso futebol.
Seja bem-vindo de volta. Próximo passo, presidência da CBF. É o que eu desejo, por sua competência, carisma e transparência.
MUNDIAL DE CLUBES
Infelizmente os americanos não se curvam ao futebol. O negócio aqui é basquete, futebol americano, hóquei e por aí vai. O Campeonato Mundial de Clubes não atrai ninguém, exceto os torcedores que vieram de seus países para acompanhar seus times.
Prevendo estádios vazios pela falta de interesse, a Fifa, para não passar vergonha, baixou os ingressos em 85%, devolvendo aos que compraram com antecedência parte do dinheiro. Por isso, estamos vendo estádios cheios, com ingressos a US$ 4 (cerca de R$ 22).
Acometido por uma gripe muito forte, ando fora de combate. Eu e minha família voltamos do Brasil todos debilitados. Já não estávamos acostumados com o frio. Mas os 21 dias em que passamos em BH foram maravilhosos, revendo grandes amigos, sendo recebido por eles, e curtindo a cidade onde minha mulher e meus filhos nasceram. Pude apresentar a eles o Mirante do Mangabeiras e outros pontos importantes, como a igreja da Pampulha, símbolo de Belo Horizonte, obra do gênio Oscar Niemeyer. BH é a minha cidade e está no meu coração.
Voltando ao Mundial de Clubes, os europeus não queriam tal competição, pois ela vem num momento em que os clubes do Velho Mundo entram em férias. Vários jogadores criticaram o torneio. Para a Fifa, porém, vale o dinheiro que entra em seus cofres, com patrocínios. O nível técnico que “se dane”.
Acho que o Brasil tem uma chance de chegar mais longe, justamente pelo fato de suas equipes estarem no meio da temporada e os europeus, no fim. É o primeiro Mundial com 32 equipes, estilo Copa do Mundo, mas, não duvidem que, na próxima edição, daqui a quatro anos, a Fifa aumentará o número de clubes. Afinal, ela só pensa em encher os cofres, que mais parecem um banco suíço. Mas, eu gosto do Gianni Infantino. Estive com ele umas três vezes e sempre foi muito cortês comigo. Discordo de uma ou outra coisa, mas que ele é ético, sério e transparente, não temos a menor dúvida.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.