Treinadores que trabalham no Brasil são uma piada
Discurso dos técnicos que atuam no país muda de acordo com a necessidade
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Quando começa o Campeonato Brasileiro, todos os treinadores têm um único discurso: “vamos buscar vaga na Copa Libertadores, competição rentável e que dá projeção internacional, com a possibilidade de chegar ao Mundial, em caso de título”. Porém, o que a gente tem visto são técnicos pondo times reservas na estreia, privilegiando os falidos, retrógrados e ultrapassados campeonatos estaduais. O Palmeiras e o Grêmio pouparam. O primeiro empatou, o segundo tomou de 2 na altitude de La Paz. O Porco vai pegar o Santos e está em desvantagem na decisão de domingo. O Grêmio pegará o Juventude. O Flamengo também foi com time alternativo na sua estreia e empatou. Vai pegar o Nova Iguaçu, mas já campeão, pois meteu 3 a 0 no jogo de ida, ou alguém imagina que o “poderoso” Flamengo vai perder a taça? Portanto, o discurso desses “enganadores”, que ganham fortunas, não cola mais. No aperto, querem ganhar qualquer taça, mesmo que não tenha a menor importância. Tomara que os pontos perdidos na estreia não façam falta lá na frente.
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Galo foi o único a vencer
Considerado a terceira força do futebol brasileiro, atrás de Flamengo e Palmeiras, o Atlético foi a única equipe brasileira a vencer na Libertadores, metendo 4 a 1 no Caracas, na Venezuela. É sabido que o time venezuelano é fraquíssimo, mas quando você enfrenta um adversário assim tem que golear e foi isso que o Galo fez. No segundo tempo, poupou alguns titulares, pensando na decisão de domingo, contra o Cruzeiro, quando precisa vencer para ser campeão. De repente os estaduais viraram a “melhor” competição do ano para os técnicos. Parece mesmo que não acreditam e títulos mais expressivos. Pelo menos Gabriel Milito tem a desculpa de ter chegado agora, já seus pares, que estão nos clubes há tempos, querem valorizar os estaduais. O incompetente, mentiroso e enganador Tite, chegou a declarar que o “Campeonato Carioca é o mais difícil do país”. Não é bobo nem nada. Quer valorizar sua conquista em cima do “poderoso” Nova Iguaçu. Tite é a maior mentira entre os treinadores do futebol mundial.
Clássico eletrizante
Enquanto isso, na Inglaterra, a Premier League nos brinda com grandes jogos e espetáculos que nos remetem aos bons tempos do futebol brasileiro. Chelsea e Manchester United fizeram um jogo eletrizante, com duas viradas espetaculares, na quinta-feira. O Chelsea abriu 2 a 0, tomou a virada para 3 a 2, e nos dois últimos lances do jogo, marcou o terceiro e o quarto, fechando o placar em 4 a 3. Que jogaço! Por isso eu digo que o nosso futebol está na lama. Na Europa, os jogadores acreditam até o último segundo, temos pouquíssimas faltas. Já no Brasil, a bola rola menos de 50%, temos 50 faltas por jogo, algumas logo na saída da bola, com segundos, e um futebol deprimente. Precisamos resgatar o que de melhor tínhamos, mas isso só vai acontecer quando os dirigentes, fracos e amadores, voltarem a investir nas divisões de base. Flamengo, São Paulo e Palmeiras sabem muito bem investir nessas categorias, mas vendem seus jogadores a preço de banana, e o europeu que comprou, revende pelo triplo do preço. Precisamos segurar nossos jovens mais tempo no país e vendê-los depois que derem o retorno técnico esperado.
Haaland, jogador de quarta divisão?
Roy Keane, ex-jogador do Manchester United, declarou que “Haaland está com o nível técnico muito ruim. Em frente ao gol é o melhor do mundo, mas no jogo em geral parece quase um jogador de quarta divisão”. Vejam bem, senhoras e senhores. O artilheiro não marca há 5 jogos e está sendo cobrado e contestado. Eu o acho excepcional definidor e a função do centroavante é por a bola na rede. Ele tem sido artilheiros todos os anos. Imaginem os nossos atacantes, que marcam 18 gols numa competição de 38 rodadas. A marca de Halland é sempre superior a 40 gols na temporada e acho a crítica de Keane injusta. Imagine se ele fosse comentarista de uma TV brasileira. Iria crucificar todos os atacantes que temos.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.