No show no Palácio das Artes, Fernanda Takai e John Ulhoa conversaram com o público em diversos momentos -  (crédito: Rapha Garcia/Divulgação)

No show no Palácio das Artes, Fernanda Takai e John Ulhoa conversaram com o público em diversos momentos

crédito: Rapha Garcia/Divulgação

 

Quando Fernanda Takai entrou no palco do Palácio das Artes, na noite da última quinta-feira (14/3), para mais uma apresentação do show que reúne o Pato Fu e a Orquestra Ouro Preto, a intérprete não estava tão atrasada, mas pediu desculpas pelo que considerou um pequeno atraso. "Estava passando repelente", afirmou para, em seguida, defender a necessidade e a importância do produto na proteção contra o mosquito Aedes aegypti e toda a tragédia de saúde que ele representa. "É sério, sério mesmo. Precisamos passar repelente. Os números (de vítimas da dengue e chikungunya) estão escalando bastante. Quem quiser pode me dar repelente de presente", disse, levando humor a um tempo sério e cada vez mais preocupante.

 


• SEM DESPEDIDA


Todo fã, como enfatizou Takai, tem curiosidade de saber a razão da longevidade de uma banda como o Pato Fu, que tem 30 anos de trajetória. Antes da resposta, a cantora justificou a curiosidade lembrando que, hoje em dia, muita banda começa e acaba, aí tem a turnê de despedida também. "Quando acabarmos, será sem turnê. Acabar, acabou", afirmou. A razão do sucesso de manter vivo um grupo por tanto tempo é, segundo ela, o carinho. "Quando você olha para seu amigo e vê a gravata dele torta, você vai lá e arruma, assim como espero que ele fale que tem uma couve no meu dente."

 


• A HORA DA ESTRELA


John Ulhoa lembrou que, por causa da escolha do maestro da Orquestra Ouro Preto, Rodrigo Toffolo, o Pato Fu teve a oportunidade de tocar música que a banda nunca havia tocado ao vivo. Quase na hora dos acordes da canção "Perdendo os dentes", Fernanda, com humor, chamou a atenção. "Não, John, não é o caso desta, não. É a seguinte (‘A hora da estrela’)." A plateia divertiu-se. "Isso (o esquecimento) está acontecendo com mais frequência desde que avançamos uma certa idade", disse, sendo interrompida por John. "No Pato Fu, sempre tem uma hora que um começa uma música, o outro começa outra. Se você for a um show do Pato Fu em que isso não aconteceu, não valeu. Pode pedir seu dinheiro de volta."

 

 


• REPETENTES


Entre as 18 músicas que estavam no roteiro de anteontem, Fernanda e John conversavam descontraidamente com a plateia. Em um desses momentos, a intérprete quis saber quem já havia visto o show, que está em turnê há quase dois anos. "Nesse caso, ser repetente é bom", disse John, satisfeito com o número de fãs. "É muito gostoso quando a gente tem oportunidade de voltar a um espetáculo, reparando em coisas que não tínhamos visto antes. Principalmente os erros.
Da vez passada, aqui, foi tenso, por estarmos gravando.”

 


• TÁ QUASE


Aos fãs Fernanda e John deixaram um recado otimista, ao informar que o disco gravado no Palácio das Artes com a Orquestra Ouro Preto está prestes a sair. Disseram ainda que enquanto conversavam com o público, dava tempo para as câmeras que fariam captação daquele momento do show se posicionarem. "Sorria, você está sendo filmado", disse John. A turnê “Rotorquestra de liquidificafu”continua ao longo do ano.