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Estado de Minas RENAULT CAPTUR ICONIC 1.3 TCE FLEX

Renault Captur 1.3 Iconic tem boa disposição, mas o preço é desanimador

Testamos a versão de topo de linha do SUV compacto, que traz eficiente conjunto mecânico, mas merecia mais pelo preço que é vendido


21/08/2021 04:00 - atualizado 21/08/2021 01:31

(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)


A Renault quer melhorar os números de vendas do Captur no mercado brasileiro e para isso promoveu algumas mudanças pontuais na linha 2022. O visual foi levemente retocado e a principal alteração está no conjunto mecânico, com a aplicação do eficiente motor 1.3 turbo e o câmbio automático do tipo CVT. O modelo ficou com o desempenho melhor, mas os números de consumo não são tão animadores. Além disso, o pacote de itens de série merecia mais conteúdo pelo preço que é cobrado na versão de topo de linha.
 
Com 4,38m de comprimento e 2,67m de distância entre-eixos, o Captur pode ter carroceria pintada em duas cores, mas custa R$ 3.200(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
Com 4,38m de comprimento e 2,67m de distância entre-eixos, o Captur pode ter carroceria pintada em duas cores, mas custa R$ 3.200 (foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
 
 
O Renault Captur chegou ao Brasil no início de 2017. Era o Duster com uma carroceria mais bonita, mas com o mesmo conjunto mecânico e mais caro. A versão de topo de linha era equipada com motor 2.0 litros beberrão e câmbio automático de quatro marchas, ambos pouco eficientes. O resultado foi que o modelo nunca se destacou em vendas. Em 2020, ficou na 11ª posição no ranking dos SUVs mais vendidos, com 10.870 unidades, enquanto concorrentes venderam cinco ou seis vezes mais. No acumulado dos sete primeiros meses de 2021, é o 17º, com 3.963 unidades emplacadas, enquanto o líder Renegade vendeu 47.462 e o Hyundai Creta, 37.761.
 
O painel tem basicamente o mesmo desenho, mas o acabamento interno melhorou e o sistema multimídia Easy Link tem tela de 8%u201D(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
O painel tem basicamente o mesmo desenho, mas o acabamento interno melhorou e o sistema multimídia Easy Link tem tela de 8%u201D (foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
 
 
Agora, na linha 2022, o Renault Captur passou por discreta reestilização, mantendo as formas da carroceria e o mesmo visual, que já começa a ficar envelhecido. A grade dianteira ficou um pouco maior e ganhou detalhe cromado, enquanto o para-choque tem novo desenho e elemento central na cor cinza. A versão de topo tem faróis full LED, luz diurna e auxiliares de neblina também em LED. As novas rodas de liga leve são de 17 polegadas diamantadas, disponíveis em dois desenhos. A traseira é exatamente a mesma e a única alteração alé é que o nome do modelo agora está escrito em um friso pintado na cor da carroceria (antes era cromado). Se você optar pela pintura da carroceria em dois tons, com teto em preto ou prata, tem que pagar R$ 3.200.
 
O porta-malas tem capacidade de 437 litros, tem seu interior totalmente revestido com carpete, iluminação e argolas(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
O porta-malas tem capacidade de 437 litros, tem seu interior totalmente revestido com carpete, iluminação e argolas (foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
 

INTERIOR Por dentro, as melhorias no Captur são mais perceptíveis e o deixaram mais próximo da concorrência. Os bancos dianteiros têm abas laterais para firmar o corpo, mas o assento é curto e não apoia bem as pernas. Os ajustes dos bancos não são elétricos. O banco traseiro proporciona conforto para os dois passageiros das extremidades, já que no meio o console compromete o espaço para as pernas. Três ali ficam apertados. Quem senta atrás tem à disposição duas entradas USB e iluminação no teto, mas não conta com saídas do ar-condicionado no console. No quesito segurança, o banco traseiro conta com cintos de três pontos retráteis, apoios de cabeça com regulagem de altura, e dispositivos para fixação de cadeiras infantis. O porta-malas tem bom volume (437 litros), iluminação interna, alças para amarração de objetos e é todo forrado com carpete. A tampa traseira tem amortecedores e dois puxadores para facilitar o fechamento. O estepe fica do lado de fora, sob o porta-malas, o que não é muito bom.
 
No banco traseiro, o espaço proporciona conforto para dois passageiros, mas faltou a saída do ar-condicionado (foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
No banco traseiro, o espaço proporciona conforto para dois passageiros, mas faltou a saída do ar-condicionado (foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
 
 
O console central é todo novo e agora tem dois porta-copos, uma tomada de 12V, e as teclas do sistema Eco, controle de estabilidade, start/stop, sensor de estacionamento e câmera de visão frontal, lateral e traseira. Tem um pequeno nicho no console para colocar a chave do tipo cartão, mas ela não cabe lá. A alavanca do freio de estacionamento está mais deslocada para a direita, longe do motorista. O volante, que antes só tinha regulagem de altura, ganhou ajuste de distância. Mas não traz aletas para trocas de marchas. Tem comandos para o controlador de velocidade e acesso ao computador de bordo, além de uma haste lateral para os ajustes do som.
O painel não teve modificações significativas e mantém a disposição dos comandos e o mesmo desenho. Porém, traz acabamento de melhor qualidade, com detalhes em black piano e friso cromado, além de material de cor diferente e toque mais macio. Os bancos são revestidos em couro com costura aparente, que também está presente nos painéis das portas. O painel tem conta-giros e marcador do nível de combustível analógicos, mas traz pequena tela central com computador de bordo e velocímetro digital.
 
O motor 1.3 SCe desenvolve potência máxima de 170cv e torque de 27,5kgfm, números suficientes para garantir bom desempenho(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
O motor 1.3 SCe desenvolve potência máxima de 170cv e torque de 27,5kgfm, números suficientes para garantir bom desempenho (foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
 

MULTIMÍDIA O sistema multimídia Easy Link tem tela tátil de oito polegadas, com espelhamento de smartphone por Apple CarPlay e Android Auto, rádio, streaming de música, informações do Driving Eco e configurações do carro. Mas não tem GPS e nem wi-fi nativo. A concorrência tem.

DIRIGINDO Finalmente, o Renault Captur ganhou um motor mais eficiente. Com bom torque em baixas rotações, o motor garante agilidade na cidade, com arrancadas rápidas. O carro ficou mais esperto e divertido. Na estrada, desenvolve bem e as retomadas de velocidade são feitas com segurança. Desempenho muito bom. O carro melhorou bastante. O consumo com etanol ficou em 6,3km/l na cidade e 9,2km/l na estrada.
 
As rodas de liga leve de 17 polegadas são diamantadas e a Renault disponibiliza dois desenhos diferentes na linha 2022 do modelo(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
As rodas de liga leve de 17 polegadas são diamantadas e a Renault disponibiliza dois desenhos diferentes na linha 2022 do modelo (foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
 
 
O câmbio é automático do tipo CVT, que permite a simulação de oito marchas. Se quiser usar no modo manual, é preciso mover a alavanca para a esquerda e fazer as trocas empurrando pra trás, para aumentar, e pra frente para reduzir. O câmbio faz as trocas sem trancos e tem funcionamento bem suave. E no modo drive atua de forma inteligente, com bom aproveitamento da força do motor.
As suspensões favorecem mais a estabilidade, pois é um pouco mais rígida, transferindo as irregularidades do solo para dentro. O carro é firme em curvas, apesar de ter a carroceria um pouco mais alta. A direção agora tem assistência elétrica, no lugar da anterior, que era eletro-hidráulica, com pesos adequados em manobras e velocidades mais elevadas. Mas o diâmetro de giro não é dos melhores, exigindo paciência nas manobras. Mas a câmera de ré e o sensor de estacionamento minimizam o problema. O sistema de freios, com discos na dianteira, tambores na traseira e o auxílio eletrônico atuaram de forma segura.
 
A versão de topo de linha do novo Renault Captur pode chegar a R$ 141.690 com a pintura bicolor. O modelo ganhou muito com o novo conjunto mecânico, que o aproximou de concorrentes como VW T-Cross e Chevrolet Tracker. Apesar disso e de ter ganho melhorias no interior, o modelo da marca francesa ainda fica devendo em termos de conteúdo, ponto forte da concorrência.
 
FICHA TÉCNICA

MOTOR (*)
Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 1.332cm³ de cilindrada, com turbo e injeção direta de combustível, flex, que desenvolve potências máximas de 162cv (gasolina) e 170cv (etanol) entre 5.500rpm e 6.000rpm, e torque máximo de 27,5kgfm (g/e) entre 1.600rpm e 3.750rpm

TRANSMISSÃO (*)
Tração dianteira, e câmbio automático tipo CVT que simula oito marchas

SUSPENSÃO/RODAS/PNEUS (*)
Dianteira, independente, tipo McPherson; traseira, semi-independente, tipo eixo de torção, com barra estabilizadora /17 polegadas (liga leve) / 215/60 R17

DIREÇÃO (*)
Do tipo pinhão e cremalheira, 
com assistência elétrica

FREIOS (*)
A disco ventilados na frente e tambores na traseira, com ABS e EBD

CAPACIDADES (*)
Tanque, 50 litros; capacidade de carga (passageiro e carga), ND

DIMENSÕES (*)
Comprimento, 4,38m; largura, 1,81m; altura, 1,62m; distância entre-eixos, 2,67m; e altura em relação ao solo, 21,2cm

VOLUME DO PORTA-MALAS (*)
437 litros

ÂNGULOS (*)
De ataque, 19 graus; de saída, 30 graus; central, 25 graus

PESO (*)
1.366 quilos

PERFORMANCE (*)
Velocidade máxima de 190km/h (g/e)
Aceleração até 100km/h em 9,2 segundos (e)

n CONSUMO (**)
Cidade: 11,1km/l (g) e 7,5km/l (e)
Estrada: 12km/l (g) e 8,3km/l (e)

(*) Dados do fabricante
(**) Dados do Imnetro
ND Não disponível
(g) gasolina
(e) etanol

EQUIPAMENTOS:

DE SÉRIE – Retrovisores externos com rebatimento elétrico automático, travamento central elétrico, luz de cortesia no porta-malas, regulador e limitador de velocidade, ar-condicionado automático, vidros elétricos dianteiros e traseiros tipo um toque com antiesmagamento, banco do motorista com regulagem de altura, chave cartão com sistema walk away closing, estepe de dimensões reduzidas para uso temporário, vidro traseiro térmico, saídas USB para o banco traseiro, multimídia Easy Link, espelhamento de smartphones Apple Car Play e Android Auto, aviso de cintos de segurança dianteiros não afivelados, quatro airbags, assistente de frenagem de urgência (AFU), sensor de chuva e crepuscular, sensor de ponto cego, alarme perimétrico, sistema Isofix de fixação de cadeira infantil, sistema Multiview camera, sensores de estacionamento traseiros, monitoramento indireto de pressão dos pneus (iTPMS), luzes diurnas em LED (DRL), controle eletrônico de estabilidade (ESP) com auxílio de partida em rampa (HSA), faróis Full-LED, cintos de segurança traseiros de três pontos, faróis de neblina com função cornering, ABS, indicador de mudança de marcha (GSI), botão ECO, Stop & Start, Eco Coaching, vidros verdes e retrovisores externos pintados de preto.

OPCIONAIS – Pintura bicolor (R$ 3.200)

Quanto custa?

O Renault Captur é vendido na versão de entrada Zen por R$ 124.490. A intermediária Intense tem preço de R$ 129.490. Já a topo de linha Iconic é vendida por R$ 138.490, mas com a pintura bicolor vai a R$ 141.690. 

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