(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas MUDANÇAS

Honda deve deixar de fabricar Civic e Fit no Brasil. Quais modelos chegam?

Redução da gama produzida no Brasil foi confirmada. Nova geração do City, hatch e sedã, reforçam o portfólio, além de um SUV compacto para fazer volume


26/06/2021 04:00 - atualizado 25/06/2021 23:29


(foto: jorge lopes/em/d.a press )
(foto: jorge lopes/em/d.a press )

Uma entrevista do novo presidente da Honda da América do Sul para jornalistas do setor econômico reforçou a expectativa que se tinha sobre o futuro da gama de automóveis da marca no Brasil. De acordo com o site Automotive Business, Atsushi Fujimoto declarou que a renovação completa da linha de carros deverá passar por uma redução no número de modelos fabricados no país. Mas, a capacidade produtiva da empresa não deve ser reduzida, já que o executivo afirmou que pretende manter as duas fábricas brasileiras, em Sumaré e Itirapina (ambas no interior de SP), em operação.
 
Apesar de não ter falado sobre produtos, a declaração praticamente elimina a chance da chegada da quarta geração do Fit, que ficaria muito caro devido ao grande avanço tecnológico do projeto. A produção nacional do sedã Civic também está ameaçada, já que suas vendas estão bem abaixo do ideal, podendo ceder seu espaço para algum modelo de maior volume, como um SUV. Também pesa contra a manutenção da fabricação do modelo no Brasil o fato de o Civic já ter ganhado nova geração nos Estados Unidos, evolução que necessitaria de algum investimento para ser adotada. Essa situação sugere que o sedã médio poderia passar a ser importado para o Brasil.
 
 
Os modelos Civic e Fit ajudaram a fazer o nome da Honda no Brasil, mas perderam força ao longo dos anos. Uma novidade esperada é o City hatch(foto: FOTOS: HONDA/DIVULGAÇÃO)
Os modelos Civic e Fit ajudaram a fazer o nome da Honda no Brasil, mas perderam força ao longo dos anos. Uma novidade esperada é o City hatch (foto: FOTOS: HONDA/DIVULGAÇÃO)
 
 
O modelo que ganha espaço no Brasil é o compacto City, que, além da tradicional carroceria sedã, também será fabricado por aqui na variante hatchback, um substituto para o Fit. City hatch oferece o sistema Ultra Seat, que proporciona várias configurações para os bancos dianteiros e traseiros, deixando o veículo mais versátil. É nesta dupla que o novo motor 1.0 turbo de três cilindros, com 122cv de potência e 17,6kgfm de torque, em conjunto com um câmbio automático tipo CVT, deve estrear por aqui. A tendência é que esses modelos acompanhem os preços praticados pelo Toyota Yaris (hatch e sedã).
 
De acordo com Atsushi Fujimoto, os novos produtos da Honda seguirão os padrões e tendências globais de segurança, meio ambiente (eletrificação) e conectividade. No entanto, a eletrificação está a cargo de modelos importados. Até 2023, chegam ao mercado brasileiro três modelos híbridos: o primeiro deve ser o Accord e:HEV, no segundo semestre, seguido pelo CR-V e a nova geração do HR-V, ambas em versões híbridas. Vale lembrar que a nova geração do Honda HR-V, este fabricado no Brasil, é esperada para 2022.
 
Porém, uma possível saída do Fit e a importação do Civic, modelos que fizeram o nome da Honda no Brasil, pode evidenciar uma simplificação da gama de automóveis da marca fabricados no país. Afinal de contas, a chegada de um motor turbo, por mais que seja bem-vinda para seus veículos, já não é um grande feito no mercado brasileiro, visto que quase todos os fabricantes já contam com essa motorização. Note que a chegada dos modelos eletrificados, tecnológicos e sofisticados será via importação.
 
 
 
 
Com a despedida do aventureiro WR-V junto ao Fit, modelo em que é baseado, a Honda estuda ao menos uma opção de SUV para preencher esta lacuna. Uma possibilidade, a mais provável, é o crossover inédito ZR-V, que está prestes a ser lançado em nível global. Para o Brasil, na melhor das hipóteses, o modelo será lançado em 2022. Outra possibilidade, esta menos provável a curto prazo, é a versão de produção do conceito N7X, SUV de sete lugares que também será lançado nos próximos meses em mercados emergentes.


*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)