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Estado de Minas

Testamos o Fiat Argo 1.0 Drive 2020: mudança só no preço

Modelo 2020 do hatch compacto tem preço acima dos R$ 50 mil e traz lista de equipamentos que fica devendo conteúdo. O consumo de combustível é o atrativo


postado em 18/01/2020 04:00

(foto: Fotos: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
(foto: Fotos: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

Quando testamos o Fiat Argo 1.0 Drive em 2017, a versão básica do modelo era vendida por R$ 46.800 e deixava a desejar por não ter em sua lista de equipamentos alguns itens básicos, além de outros oferecidos pela concorrência. Agora, o modelo 2020 do hatch é vendido por R$ 49.590, na versão de entrada, mas se for a 1.0 Drive o preço sobe para R$ 53.590. Tudo isso por um carro compacto, com roda de aço, sem equipamento de som e com poucos itens de segurança. É presa fácil para a concorrência.
Se considerarmos o conteúdo, o Argo Drive perde feio para o Chevrolet Onix 1.0 LT, que já traz de série seis airbags e controles de tração e estabilidade, além de outros equipamentos, e custa R$ 700 a menos. No quesito conteúdo, o modelo da marca italiana perde também para o Hyundai HB20 1.0 Vision e o VW Polo 1.0, e se equipara com o Renault Sandero 1.0 Zen, mas este custa cerca de R$ 3 mil a menos. E se considerarmos o conjunto mecânico, o motor do Argo é o de menor potência, que é compensada pelo melhor torque. O certo é que, independentemente de conteúdo e mecânica, todos os modelos têm preços salgados para um hatch compacto com motor 1.0.

Depois da versão 1.0 flex, o Argo Drive 1.0 é a segunda opção mais simples. O modelo traz faróis halógenos, não tem os auxiliares de neblina e nem assinatura de LED. As maçanetas são pintadas na cor da carroceria e os retrovisores em preto, com repetidores de seta. A versão custa quase R$ 54 mil e vem equipada com rodas de aço de 14 polegadas, mas para “compensar” traz defletor de ar na traseira e brake ligth. O porta-malas, que está entre os maiores do segmento (com 300 litros), tem o interior todo revestido e conta com iluminação e puxador na tampa, para facilitar o fechamento.
 
Modelo tem as maçanetas pintadas na cor da carroceria e os retrovisores em preto, com repetidores de seta
Modelo tem as maçanetas pintadas na cor da carroceria e os retrovisores em preto, com repetidores de seta

ESPAÇO 

O espaço interno do Argo é compatível com o tamanho do carro, mas depois de reestilizados, os concorrentes passaram a oferecer mais nesse quesito. Os bancos dianteiros do Argo não apoiam por completo as pernas, mas trazem abas laterais para acomodar melhor o corpo. O banco do motorista conta com ajuste manual de altura, mecanismo que não está presente no assento ao lado. No banco traseiro, o espaço em relação aos dianteiros é até bom, mas o assento não apoia bem as pernas. Mas, apesar de o túnel no assoalho ser baixo, três pessoas no banco traseiro viajam apertadas e contam com apenas uma entrada USB. No quesito segurança, tudo certo no banco traseiro.

No acabamento interno predomina o plástico duro, com o detalhe de uma faixa cinza no painel. Os bancos são revestidos em tecido, o mesmo presente no apoio de braço das portas. O painel traz teclas físicas para o comando do controle de tração (ASR), do start/stop e para a trava das portas. Já o painel de instrumentos tem velocímetro e conta-giros analógicos e uma pequena tela no centro com o computador de bordo e o velocímetro digital. O volante tem regulagem apenas de altura, a base suavemente achatada, três raios e comandos só de um lado para acesso ao computador de bordo e ao celular.
 
Na traseira, o defletor de ar na parte superior da tampa do porta-malas se destaca
Na traseira, o defletor de ar na parte superior da tampa do porta-malas se destaca
 
DIRIGINDO 

O motor 1.0 três-cilindros que equipa o Argo Drive é o menos potente quando comparado com a concorrência, mas tem bom torque, detalhe que contribui muito para o bom desempe- nho. O propulsor dá conta do recado se você não exigir demais. Com apenas o motorista, ele garante boas arrancadas e retomadas de velocidade compatíveis com a cilindrada. Basta lembrar que você vai precisar de mais tempo e espaço para ultrapassar. Mas com o carro pesado e o ar-condicionado ligado, o desempenho piora, exigindo muitas trocas de marchas, principalmente primeira e segunda. No circuito misto de teste (cidade/estrada), o computador de bordo registrou 12km/l com gasolina e 11km/l com etanol.
 
 Muito plástico duro no acabamento interno e multimídia com tela de nove polegadas
Muito plástico duro no acabamento interno e multimídia com tela de nove polegadas
 
As relações de marchas do câmbio manual poderiam ser um pouco mais curtas, para deixar o carro mais esperto na cidade e na estrada. Além disso, o curso da alavanca é muito longo e os engates não são tão precisos. É um câmbio meio frouxo. As suspensões são mais duras, favorecendo a estabilidade, mas não chega a comprometer tanto o conforto quando o carro trafega sobre pisos irregulares. A direção, com assistência elétrica, tem boa calibragem, garantindo conforto em manobras, com bom diâmetro de giro, e segurança em velocidades elevadas. A câmera de ré com linhas de referência e sensor de estacionamento traseiro facilita a vida do motorista. O sistema de freios com discos na dianteira e tambores na traseira, com ABBS e EBD, atuou de forma eficiente.



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