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Estado de Minas LANÇAMENTO

Versão de entrada merecia mais

Linha 2020 do HB20 é apresentada com mudanças no visual, nas dimensões, na motorização e no conteúdo. O hatch será o primeiro a chegar, em outubro, a partir de R$ 46.490


postado em 21/09/2019 04:00 / atualizado em 20/09/2019 19:49

Da Ilha de Comandatuba (BA)
 
 

O segmento de carros mais concorrido do mercado brasileiro está passando por uma real transformação, com a chegada de novas gerações e modelos reestilizados. Trata-se do segmento de compactos, que representa uma significativa fatia de mercado. O líder, Chevrolet Onix, passou por uma mudança profunda, e agora é a vez do Hyundai HB20, que chega com alterações no estilo, no conteúdo e no conjunto mecânico. Se o visual gerou polêmica, o motor 1.0 turbo com injeção direta e 120cv, uma das opções disponíveis, causou boa impressão. As alterações foram estendidas ao hatch, ao sedã e à versão aventureira HB20X. A versão de entrada, equipada com motor 1.0 aspirado e câmbio manual, chega por R$ 46.490, ou seja, R$ 2 mil mais barato que o Chevrolet Onix, mas bem mais “pelado”.
 
Desde que foi lançado no Brasil, em 2012, o Hyundai HB20 começou a trilhar uma história bem-sucedida, muito embasada no visual “ousado” em relação à concorrência até então ultrapassada, e no generoso pacote de conteúdo, que foi um grande atrativo. De lá para cá, o modelo vendeu 1,1 milhão de unidades no mercado brasileiro e atualmente ocupa a segunda colocação no segmento de compactos premium, com pouco mais de 70 mil unidades emplacadas de janeiro a agosto, bem atrás do líder Chevrolet Onix, com quase 160 mil. A lista de mais vendidos traz em seguida o Ford Ka, Fiat Argo e Volkswagen Polo.
 
(foto: Hatch tem elemento na coluna C que dá a impressão de que o teto é flutuante)
(foto: Hatch tem elemento na coluna C que dá a impressão de que o teto é flutuante)
 
 
Para não perder o trem da história e acompanhar a atualização da concorrência, a Hyundai resolveu fazer a primeira mudança significativa no HB20, que é chamada pela marca de segunda geração do modelo. Mas, na verdade, a plataforma é a mesma da geração atual, porém, com algumas modificações. A primeira diz respeito às dimensões, que estão maiores. O hatch cresceu 20mm no comprimento, chegando a 3,94m, e 30mm na distância entre-eixos, que agora é de 2,53m. A largura aumentou em 40mm, chegando a 1,72m, mas a altura foi mantida, 1,47m. O porta-malas continua com 300 litros de capacidade. A estrutura da carroceria também foi modificada e agora passa a contar com 30% de aço de ultrarresistência, além de reforços para colisões laterais.
O sedã HB20S tem 4,26m de comprimento, 1,72m de largura, 1,47m de altura e os mesmos 2,53m de distância entre-eixos. Porém, o porta-malas do três-volumes subiu de 450 para 475 litros, um ganho razoável. Já o HB20X é um pouco maior que o hatch normal, com 3,97m de comprimento, mais largo, 1,74m, e mais alto, 1,54m. A altura em relação ao solo também é maior, 21,1cm, enquanto nas versões convencionais do hatch é de 16cm.

VISUAL Um dos pontos fortes do HB20 desde o seu lançamento em 2012 sempre foi o seu design, considerado ousado e rebuscado para a época, já que a concorrência não trazia nada inovador. Agora, para mexer nas linhas do modelo a montadora enfrentou uma situação delicada, mas resolveu arriscar. A aposta foi ter como base as formas do novo Sonata, com linhas mais fluidas e alongadas, para passar a impressão de maior volume e esportividade. Na prática, o resultado tem dividido opiniões e as primeiras fotos do modelo divulgadas causaram reações diversas, algumas de descontentamento por parte de fãs do modelo.
 
A frente é basicamente a mesma para o hatch e o sedã, com pequenas alterações dependendo da versão. Os modelos ganharam grade maior, em forma de boca, mas para alguns, com expressão triste, como a do arqui-inimigo do Batman, o Coringa. No sedã, o interior da grade tem filetes cromados. Os faróis têm desenho triangular com um único projetor e luz de posição em LED. No hatch, a moldura das janelas se estende até a coluna C, onde forma um elemento em X, que proporciona a sensação de teto flutuante. A traseira é vincada, com formas salientes, e as lanternas têm novo desenho, invadindo as laterais e a tampa do porta-malas.
 
O sedã tem linha de teto ainda mais baixa na traseira, prolongando a extensão do carro, sensação ampliada graças à inclinação acentuada do vidro. As lanternas traseiras são mais estreitas e horizontalizadas, e também invadem as laterais e a tampa do porta-malas, que tem um defletor de ar na extremidade. O aventureiro HB20X tem molduras nas caixas de rodas, mas estas não se comunicam com os elementos de plástico fixados na base das portas. A ideia foi buscar uma certa assimetria para fugir do lugar-comum. O resultado também divide opiniões. O hatch aventureiro traz ainda rack de teto com barra cromada, para-choques com skis na cor cinza, além de lanternas traseiras com elemento interno em X.
 
Por dentro, o novo HB20 tem painel com predominância do plástico duro, mas de boa aparência e montagem cuidadosa. As versões básicas trazem painel com instrumentos analógicos e uma pequena tela digital para o computador de bordo. Já nas versões superiores, o painel traz apenas o conta-giros analógico e uma tela digital maior, com mais informações para o motorista. A versão básica tem rádio simples, mas existe a opção de sistema multimídia com tela flutuante de oito polegadas, com Apple CarPlay e conectividade com Google Maps, Spotify e Waze, câmera de ré, sistema de monitoramento de visão traseira e entrada USB para carregamento rápido de celular.
 
O interior do HB20 hatch é em plástico e tecido pretos, mas tem a opção do acabamento marrom, inclusive no couro que reveste os bancos. Já o sedã tem o interior em dois tons de cinza, com o couro que reveste os bancos na mesma cor, porém, ainda mais claro. O HB20X tem acabamento em preto, mas com detalhes em alaranjado. Os modelos podem ser equipados com rodas de aço e calotas de 14 e 15 polegadas, ou de liga leve de 15 e 16 polegadas, com opções diamantadas.
     As versões de entrada do HB20 são equipadas com o motor Kappa 1.0, três-cilindros, de 12 válvulas, que desenvolve 75cv com gasolina e 80cv com etanol. Os torques são de 9,4kgfm (g) e 10,2kgfm (e), sendo que o motor dispensa o uso do sistema de partida a frio. Ele pode ser associado ao câmbio manual de cinco marchas. Com esse conjunto, o HB20 hatch faz 12,8km/l na cidade e 14,6km/l na estrada, com gasolina. Com etanol, os números caem para 9,1km/l na cidade e 10,1km/l na estrada.

turbo A principal atração do modelo é o motor 1.0 Kappa Turbo, também três-cilindros, com potência de 120cv (g/e) e 17,5kgfm de torque já a 1.500rpm. Esse motor está sempre associado ao câmbio automático de seis velocidades, com opções de trocas sequenciais também por meio das aletas atrás do volante. Com esse conjunto, o hatch apresenta consumo de 11,8km/l na cidade e 14,2km/l na estrada, com gasolina. Com etanol, 8,2km/l na cidade e 10,2km/l na estrada. Com o sistema start/stop esses números ficam um pouco melhores.
 
O Hyundai HB20X tem apenas a opção do motor quatro cilindros 1.6 16V, que desenvolve potências de 123cv com gasolina e 130cv com etanol. O torque é de 16kgfm com gasolina e 16,5kgfm com etanol. O modelo pode ser equipado com câmbio manual de seis marchas ou automático sequencial de seis velocidades. Tanto o HB20 hatch quanto o sedã também podem ser equipados com esse mesmo motor 1.6, com as duas opções de câmbio.

DIRIGINDO Durante o lançamento na Bahia, a Hyundai disponibilizou modelos com o motor 1.0 turbo e câmbio automático. O hatch impressionou pelo bom desempenho, com respostas rápidas ao comando no acelerador. O três-cilindros tem bom torque em baixas rotações e o turbo atua de forma eficiente, sem sustos, mas quando o giro sobe, o ruído de funcionamento do motor se mostra bem áspero, chegando a incomodar. O câmbio automático foi bem calibrado, com mudanças de marchas no tempo certo, e sem trancos. As suspensões são mais duras, transferindo bem as irregularidades do solo para dentro. Mas garantem boa estabilidade, mesmo para o sedã. Os controles de tração e estabilidade ajudam muito.

(*) Jornalista viajou a convite 
da Hyundai do Brasil



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