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Estado de Minas

Dalton Vigh defende pausa nas gravações: "É preciso controlar a COVID"

Em entrevista ao EM, ator revela como conseguiu ajustar trabalhos aos novos formatos virtuais impostos pela pandemia


11/04/2021 04:00

André Hermeto*
Em 'As aventuras de Poliana', no SBT/Alterosa, Dalton Vigh foi Pendleton, pai da protagonista (Sophia Valverde). Agora, ator está à espera de gravar 'Poliana moça'
Em "As aventuras de Poliana", no SBT/Alterosa, Dalton Vigh foi Pendleton, pai da protagonista (Sophia Valverde). Agora, ator está à espera de gravar "Poliana moça" (foto: Lourival Ribeiro/SBT)

"Dá uma certa agonia não poder trabalhar, mas acho que isso é o certo. A gente precisa, pelo menos, controlar essa doença para poder ter a tranquilidade de trabalhar"

Dalton Vigh, ator


“Todo o mercado de trabalho ligado à dramaturgia foi afetado. Como passamos muito tempo em estúdio fechado, com as restrições e medidas de isolamento, não temos condição de gravar. Dá uma certa agonia não poder trabalhar, mas acho que isso é o certo. A gente precisa, pelo menos, controlar essa doença para poder ter a tranquilidade de trabalhar sem perigo.” A afirmação é do ator Dalton Vigh, que, diante da pandemia, viu projetos e trabalhos serem paralisados ou cancelados por causa da COVID-19.
 
O jeito, segundo Dalton, foi se adaptar aos novos formatos virtuais. O ator, então, se juntou ao grupo TAPA para protagonizar o espetáculo “O urso”, do russo Tchekhov. A peça foi exibida em janeiro, ao vivo, diretamente do Teatro Aliança Francesa, em São Paulo, e transmitida por streaming.

Quando a pandemia chegou ao Brasil, Dalton estava se preparando para começar a gravar a sequência de “As aventuras de Poliana”, novela de sucesso exibida pelo SBT/Alterosa entre 2018 e 2020. Na trama escrita por Iris Abravanel, o ator vive Pendleton, o pai da protagonista Poliana (Sophia Valverde).

Segundo ele, “Poliana moça” teve as gravações interrompidas e não há previsão de retomada pelo SBT, justamente por causa da pandemia do coronavírus. Dalton revela que o que estava previsto para a novela e seu personagem agora é uma incógnita.

“A previsão é de que já teriam se passado alguns anos, o relacionamento de Poliana com o Pendletton estaria em outro momento, seria uma relação mais de pai e filha mesmo. Cheguei a ler os primeiros capítulos antes da suspensão das gravações, mas é difícil saber o que vai acontecer. Não sabemos se o texto será mantido, se vão incorporar algo do período da pandemia na trama”, detalha Dalton.
Em 'O clone', interpretou Said e gravou cenas com a protagonista Jade (Giovanna Antonelli)
Em "O clone", interpretou Said e gravou cenas com a protagonista Jade (Giovanna Antonelli)

Durante a pandemia, o ator teve a oportunidade de rever papéis marcantes de sua carreira em reprises exibidas na Globo, como o René, de “Fina estampa”. Na novela, ele era marido de Tereza Cristina (Christiane Torloni). “Sempre sou muito crítico com trabalhos meus, principalmente quando os projetos ainda estão em andamento, porque assim consigo tentar melhorar uma coisa ou outra. Mas no caso dessas novelas muito antigas, como 'O clone' (na qual viveu Said) e 'Fina estampa', é mais uma viagem no tempo mesmo, não tem aquela necessidade de consertar os defeitos, porque já tá tudo gravado. Eu consigo apreciar e curtir em vez de avaliar as atuações”, comenta o ator .
Em 'Fina estampa', foi René e contracenou com Griselda (Lília Cabral) e Tereza Cristina (Christiane Torloni)
Em "Fina estampa", foi René e contracenou com Griselda (Lília Cabral) e Tereza Cristina (Christiane Torloni) (foto: fotos: João Miguel Júnior/GLOBO)

SEM STREAMING 
Trancado em casa e vivendo uma nova rotina, Dalton admite que, embora não tenha se adaptado bem às plataformas de streaming e que prefere navegar pela TV a cabo procurando programas ou filmes, elas são de extrema importância para a cultura e para a saúde mental das pessoas, assim como os projetos que buscam adaptar as diversas formas de expressão cultural para o formato on-line, imposto pelo isolamento social.

"Toda forma de arte deveria ter importância muito grande para a cultura do país. É a arte que te faz refletir sobre a vida. A gente faz arte não só para as pessoas passarem algumas horas rindo e se divertindo, mas para fazer pensar. Neste momento, a gente precisa tanto de distrações e entretenimento quanto de reflexão”,  finaliza Dalton.

* Estagiário sob supervisão da subeditora Tetê Monteiro


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