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Estado de Minas NOVELAS

Alexandre Borges aposta em sociedade menos racista e homofóbica

Confiante nas novas gerações, ator torce por menos assédio e preconceito: ''Ainda existe racismo, homofobia, mas isso está sendo limpo''


13/12/2020 04:00

Em Haja coração, Alexandre Borges foi Aparício e contracenou com Grace Gianoukas (Teodora), a quem agradece a parceria(foto: Globo/Artur Meninea )
Em Haja coração, Alexandre Borges foi Aparício e contracenou com Grace Gianoukas (Teodora), a quem agradece a parceria (foto: Globo/Artur Meninea )

Longe das tramas inéditas desde o fim de Verão 90 (Globo, 2019), Alexandre Borges revisita antigos trabalhos neste ano. No ar em Laços de família (Globo, 2000/2001), no Vale a pena ver de novo, e Haja coração (Globo, 2016), reprise das 19h, o ator tem revivido momentos especiais de sua carreira televisiva. Para ele, o Danilo do folhetim de Manoel Carlos foi importante por ter recebido o convite diretamente do autor. Já na trama de Daniel Ortiz, fez uma releitura de Aparício Varela, papel marcado pela interpretação de Paulo Autran (1922-2007) em Sassaricando (Globo, 1987/1988), de Silvio de Abreu.

"Muitas pessoas ainda estão em casa. Então, as novelas proporcionam entretenimento para quem não pode sair. Acho que, nessa pandemia, a gente pode rever várias coisas. Passei a quarentena ao lado da minha mãe, que tem 80 anos. Fiquei cuidando dela", conta

Em Laços de família, Danilo é casado com Alma (Marieta Severo), mas continua um mulherengo incorrigível e se envolve com a empregada Ritinha (Juliana Paes), que engravida do patrão. Embora tenha dado o que falar durante a primeira exibição, desta vez o personagem tem recebido críticas mais duras do público, por conta do assédio.

"Em 20 anos, muita coisa mudou. O Maneco (Manoel Carlos) lida com essa visão interior do ser humano, suas paixões, a sexualidade, o excesso de amor e a possessividade, que estraga a relação. O mundo de hoje está tão tecnológico, mas não altera esses sentimentos. A história não envelheceu. É um clássico", comenta.

De acordo com Alexandre, em 2000, todos tinham esperança no futuro. Vinte anos depois, mesmo com a situação difícil que a sociedade enfrenta atualmente, o ator continua pensando de forma positiva. Para ele, as próximas gerações tomarão decisões diferentes. Essa mudança de pensamento por parte do público pode ser vista, inclusive, na problematização de temas como o próprio assédio.

"Acreditávamos que as coisas iam melhorar com a globalização da informação. Tenho uma sensação de esperança com essa nova geração, que em alguma hora vai ditar como o futuro será. Ainda existe racismo, homofobia, mas isso está sendo limpo da sociedade. Espero que seja a minoria", torce.

INSPIRAÇÃO
Alexandre conta que acompanhou a primeira exibição de Sassaricando e se divertiu muito com Aparício. Segundo ele, Paulo Autran sempre será uma inspiração. O intérprete do papel em Haja coração ressalta que ficou feliz por fazer par romântico com Malu Mader, que deu vida a Rebeca, por admirar seu trabalho. Ainda agradece a parceria em cena com Grace Gianoukas. Segundo o ator, as sequências de briga entre seu personagem e Teodora eram ainda mais engraçadas quando a atriz quebrava objetos cênicos.

"Foi uma honra ter sido convidado para fazer o Aparício. Vou ser sempre grato ao Silvio de Abreu e ao Daniel Ortiz. Aparício é um personagem emblemático, que, nos anos 1980, foi marcado pela interpretação maravilhosa de Paulo Autran, de quem eu era fã incondicional", conclui. (Estadão Conteúdo)


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