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Estado de Minas Série A

Atlético: muita marcação, pouca criação

Apontados como candidatos ao título brasileiro, Atlético e Palmeiras fazem jogo de raras chances de gol no Allianz Parque e ficam no 0 a 0


06/06/2022 04:00 - atualizado 06/06/2022 10:36

Hulk não conseguiu achar brecha na defesa palmeirense e, como os demais homens de frente dos dois times, passou em branco na capital paulista
Hulk não conseguiu achar brecha na defesa palmeirense e, como os demais homens de frente dos dois times, passou em branco na capital paulista (foto: FOTOS: Pedro Souza/Atlético)

Em um jogo morno no Allianz Parque, o Atlético empatou com o Palmeiras por 0 a 0, pela nona rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. O resultado fez com que o Galo caísse para a terceira posição na classificação da principal competição nacional, com 16 pontos – empatado com os palmeirenses e a dois do Corinthians, que assumiu a ponta de forma isolada.

O duelo teve grande aplicação tática por parte de ambas as equipes. Para o torcedor, no entanto, a partida ficou aquém das expectativas por causa das poucas chances de gol e da escassez de lances de efeito, esperados por parte dos grandes jogadores de Verdão e Galo.

O time de Turco Mohamed, apesar disso, demonstrou evolução em aspectos defensivos. Tanto quanto marcou em bloco alto e incomodou a saída de bola palmeirense como quando abaixou suas linhas e se defendeu mais próximo à área, a equipe mineira teve sucesso em suas propostas e ofereceu poucas brechas ao adversário.

Para o atacante Hulk – que teve atuação apagada –, o ponto conquistado na capital paulista precisa ser valorizado. “Acho que a entrega de todos os jogadores foi muito importante. Viemos pela vitória, mas o mais importante é não perder, até porque é confronto direto também”, disse o camisa 7 alvinegro, após o empate.

Ele entende que enfrentar o Palmeiras terá sempre caráter decisivo, afinal, é o duelo do atual campeão brasileiro e da Copa do Brasil com o bicampeão da Copa Libertadores. E isso, naturalmente, segundo ele, torna o confronto mais “pegado”, como ficou demonstrado em algumas jogadas mais ríspidas, inclusive envolvendo Hulk e defensores paulistas.

O craque reclamou de um “chute por trás” do zagueiro Murilo, ex-Cruzeiro e, após o fim do jogo, relembrou seu julgamento no STJD por um episódio parecido no empate com o Coritiba. “Até comentei um pouco ali com o nosso assessor: ‘Engraçado que eu fui parar no STJD num lance em que eu tentei jogar contra o Coritiba. E teve um lance em que o Murilo me chuta ali, sem bola. Eu cabeceei a bola para o Ademir e tomei um chute por trás’. E, simplesmente, o VAR não interferiu em nada. Mas, enfim, tem que levantar a cabeça, ter muita paciência e jogar futebol”, disse Hulk.

“É um adversário que sempre que jogar contra vai ser uma final, até porque são dois dos melhores times não só do Brasil, mas da América também. É sempre um jogo gostoso de jogar, bastante disputado, pegado. O importante é deixar tudo lá dentro, lutar pelo nosso pão. Acabou aqui, existe o máximo respeito de ambas as partes, e o futebol é isso. Acho que essa disputa leal é muito importante”, complementou.

Para o ídolo atleticano, dois fatores pesaram para a falta de gols: a forte imposição defensiva das equipes e o gramado artificial do Allianz Parque. “As duas equipes defenderam muito bem. Não costumo ver muitos jogos do Palmeiras, mas sempre que jogam contra a gente, colocam três zagueiros. Não sei se é a estratégia deles para poder fechar mais”, ressaltou, emendando com a questão do campo: “Um gramado em que a gente não está habituado, né? Gramado sintético. A equipe do Palmeiras joga aqui uma ou duas vezes por semana, então já está acostumada, já sabe o tempo da bola. Até no último lance ali, que tentei dar para o Savinho, a bola corre muito mais”.

SORTE O Palmeiras teve sua capacidade criativa prejudicada por um lance, em especial. O time de Abel Ferreira, que já havia entrado em campo muito desfalcado, com jogadores servindo suas seleções, sofreu uma baixa importante logo aos 14 minutos de jogo. Com dores musculares, seu principal nome, Raphael Veiga, deixou o campo para a entrada do atacante Rafael Navarro.

Além de ter produzido pouco, o ex-jogador do Botafogo perdeu a melhor chance da partida, frente a frente com Everson, aos 46min do primeiro tempo. Numa saída errada de bola de Júnior Alonso, o time paulista roubou a bola e o atacante foi lançado, entrou na área, mas finalizou para fora, para sorte do Galo.

O Atlético volta a campo na quarta-feira, para enfrentar o Fluminense, no Maracanã, às 21h30.


PALMEIRAS 0 x 0 ATLÉTICO

Palmeiras
Marcelo Lomba; Marcos Rocha, Luan, Murilo e Piquerez; Zé Rafael (Pedro Bicalho 41 do 2º), Gabriel Menino (Fabinho 33 do 2º) e Raphael Veiga (Rafael Navarro 14 do 1º); Gustavo Scarpa, Dudu (Breno Lopes 41 do 2º) e Rony (Gabriel Veron 33 do 2º)
Técnico: Abel Ferreira

Atlético
Everson; Mariano, Nathan Silva, Júnior Alonso e Rubens; Allan, Jair (Sávio 38 do 2º) e Nacho Fernández; Ademir, Eduardo Sasha (Otávio 23 do 2º) e Hulk
Técnico: Turco Mohamed

9ª rodada da Série A do Brasileiro
Estádio: Allianz Parque
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Assistentes: Bruno Raphael Pires (GO) e Bruno Boschilia (PR)
VAR: Pablo Ramon Goncalves Pinheiro (RN)
Cartão amarelo: Mariano, Gabriel Menino, Nacho Fernández, Otávio e Abel Ferreira
Público: 40.235
Próximos jogos: Fluminense (f), Santos (c) e Ceará (f)

Rubens atuou mais uma vez improvisado na lateral esquerda e deu conta do recado, anulando um dos principais jogadores do Palmeiras
Rubens atuou mais uma vez improvisado na lateral esquerda e deu conta do recado, anulando um dos principais jogadores do Palmeiras


Rubens para Dudu e é elogiado pelo Turco


O meio-campista Rubens, que vem atuando improvisado como lateral-esquerdo, voltou a receber elogios do técnico Turco Mohamed no Atlético. Na avaliação do comandante argentino, o jovem jogador está em “grande forma”. O prata da casa, de 20 anos, tinha um desafio muito importante ontem, no Allianz Parque, e cumpriu bem seu papel: ele marcou, com sucesso, as investidas do ponta-direito Dudu, um dos principais nomes do futebol nacional.

Diante do desempenho positivo, o treinador atleticano reconheceu o bom momento de Rubens. Ainda assim, Turco voltou a pedir “humildade” ao jovem jogador, para que siga trabalhando firme. 

“Rubens tinha uma missão difícil e o fez de grande maneira. Grande forma. Jogou como os grandes. Tem que ter humildade, seguir trabalhando”, analisou o comandante alvinegro.

Acionado em diversas funções, Rubens já tem 16 jogos nesta temporada, com a camisa preta e branca. O polivalente jogador ainda contribuiu com uma assistência em 2022. Em vista do bom momento, deve voltar a receber chance diante do Fluminense, no Maracanã, já que Arana está com a Seleção Brasileira e Dodô ainda está em tratamento.

Rubens mereceu elogios de Turco Mohamed, mas o treinador também destacou outros aspectos de sua equipe no que chamou de duelo “tático” em São Paulo: “Eram dois times que se conhecem muito, partida bem fechada, por detalhes que poderiam fazer a diferença. Acho que fizemos uma boa partida, tivemos um bom momento, mas sabemos que Palmeiras é um adversário difícil, nos respeitou. Sabíamos que iam jogar na transição, creio que foi um jogo muito tático. Foi uma partida muito fechada”.

ARBITRAGEM Após o empate, o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, revelou que se sente perseguido pelos árbitros brasileiros, especialmente por Wilton Pereira Sampaio, responsável pelo apito ontem. “Fico danado porque tomei amarelo quando só falei que era falta, e ele veio com aquela arrogância toda. Não falei nada. Tenho o máximo respeito ao Hulk, e ele xingou de cima abaixo o fiscal de linha e ele (Wilton) não teve coragem de dar o amarelo. Vai dar página, eu sei, mas me sinto perseguido pelos árbitros brasileiros. Especificamente por esse senhor, que faz o melhor que sabe e pode”, disse.

Questionado se entendia que a arbitragem merecia críticas, Mohamed evitou entrar em polêmicas: “Sobre o árbitro não falo, fez um bom trabalho, nada mais. Há cinco árbitros para o jogo, não houve nenhuma jogada polêmica, falar de árbitro não soma nada. Somente vou falar o que sei dentro de campo com o jogador, nada mais”.


Flamengo “desastroso”

O Flamengo voltou a decepcionar – e irritar – seu torcedor ao perder para o Fortaleza por 2 a 1, em um Maracanã com mais de 63 mil pessoas. Foi a primeira vitória do time cearense nesta edição da Série A, que chegou a cinco pontos, mas segue na lanterna da competição. Os gols foram de Robson, no primeiro tempo, e Hércules, já nos acréscimos do segundo; Everton Ribeiro descontou para o rubro-negro. Pedro acertou a trave em cobrança de pênalti quando o placar ainda estava 1 a 1. O técnico Paulo Sousa e a diretoria foram os maiores alvos da ira da torcida flamenguista. “O que aconteceu em termos técnicos, individualmente, foi algo sem precedente e que não vai acontecer. Um primeiro tempo desastroso”, disse o treinador português. Em Caxias do Sul, com o campo do Estádio Alfredo Jaconi impraticável por causa das chuvas, o Juventude venceu o Fluminense por 1 a 0 , gols de Luccas Claro, contra, ao tentar evitar finalização de Pitta. O volante Felipe Melo discutiu com torcedores gaúchos, durante o jogo,  foi chamado de “bandido” e respondeu fazendo gesto de arma.

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