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Estado de Minas LIBERTADORES

Everson, salvador e herói

Com duas defesas de pênaltis e convertendo última cobrança, goleiro garante Atlético nas quartas de fina


21/07/2021 04:00 - atualizado 21/07/2021 00:57

O arqueiro atleticano voa para uma de suas intervenções decisivas nas penalidades: ''A gente espera repetir 2013, conquistando o título''(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
O arqueiro atleticano voa para uma de suas intervenções decisivas nas penalidades: ''A gente espera repetir 2013, conquistando o título'' (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

A partida em que o Atlético garantiu vaga nas quartas de final da Copa Libertadores, ontem à noite, no Mineirão, nunca sairá da memória do goleiro Everson. Se falhou com a bola rolando, soltando bola em lance que o Boca Juniors conseguiria abrir o placar se não tivesse sido marcado impedimento pelo VAR, ele brilhou na disputa de pênaltis, pegando duas cobranças e convertendo a quinta e última, selando a classificação alvinegra com a vitória por 3 a 1, depois de empate sem gols no tempo regulamentar. O rival na próxima fase sai do duelo de hoje entre River Plate e Argentinos Juniors.

“Só tenho a agradecer a Deus e a Nossa Senhora Aparecida. Depois de passar por todas as divisões do Campeonato Brasileiro e estar aqui hoje defendendo uma grande equipe, me dá um sentimento de gratidão. E no lance do gol, o adversário, que estava impedido, atrapalhou minha ação. Então, o sentimento é só de gratidão de poder dar minha contribuição para esta grande instituição”, disse o camisa 22. "É um roteiro que não poderia imaginar. Poderia ter saído como vilão, mas saí como herói, por ter ajudado nossa equipe diante de um adversário tão tradicional.”

Para os atleticanos, o roteiro de ontem é bom sinal, pois se assemelha muito ao de 2013. Diante do Tijuana-MEX, o então goleiro Victor pegou cobrança de Riascos no último minuto e garantiu a classificação, entrando definitivamente para a história do clube.

Ontem, a imagem do ex-arqueiro fez parte de um enorme mosaico montado no Mineirão e inspirou Everson. “A história do Victor todo mundo conhece. Aprendi muito com ele e ainda está entre nós. E hoje, ao ver o mosaico, veio aquela lembrança, passou aquele filme na cabeça”, declarou ele. “A gente espera repetir 2013, conquistando o título. De preferência, com um pouco menos de sofrimento.”

Realmente, sofrimento não faltou no jogo de ontem, assim como muita disputa. Isso, porém, poderia ter sido evitado se Zaracho tivesse aproveitado chance logo aos 3 minutos, quando recebeu de Tchê Tchê, ganhou na corrida do marcador, mas chutou em cima do goleiro Rossi.

Os argentinos chegaram aos 17min, com Pavón, que pegou de fora da área e mandou por cima, em lance acompanhado por Everson com atenção. Já aos 26min, Izquierdoz conseguiu cabecear depois de escanteio da direita, mas para fora.

A partir dos 30min, o Galo retomou o controle das ações, ainda que com dificuldades para criar chances claras de gol. Mas, aos 41 minutos, Villa obrigou Everson a se esticar todo para desviar chute da entrada da área.

VAR EM AÇÃO

O jogo continuou nervoso no segundo tempo, com jogadas ríspidas de ambos os lados. Aos 17min, em falha de Everson, que não segurou cobrança de falta de Villa, Weidgandt pegou o rebote e mandou para a rede. O árbitro uruguaio Esteban Ostojch resolveu checar o lance no vídeo depois de três minutos conversando com o VAR, o que gerou confusão entre membros da comissão técnica dos dois times. Após oito minutos, foi marcado impedimento de González, que disputou a bola com o goleiro atleticano.

Aos 27min, Eduardo Sasha que havia acabado de entrar, fez passe na medida para Savarino, que invadiu a área e bateu cruzado, mandando rente à trave. Três minutos à frente, foi Pavón quem bateu com perigo para o Boca.

Com o passar do tempo, a tensão foi crescendo. Fisicamente, os dois times já não conseguiam imprimir o ritmo que desejavam, passando a errar muitos passes e a cometer faltas para parar os lances. Aos 45min, Dylan Borrero bateu sem ângulo e Rossi teve de se virar para impedir que ela entrasse no canto.

Antes da disputa de pênaltis, o DJ atleticano colocou para tocar o “Eu acredito!”, que ficou tão famoso na conquista da América de 2013. Hulk acertou a trave na primeira cobrança, Rojo e Nacho converteram, e Villa parou em Everson no meio da meta, deixando tudo igual. Alonso marcou, e Everson colocou o Galo em vantagem ao pegar cobrança de Rolón, se esticando no canto direito. Mas Hyoran escorregou na hora de bater na bola e mandou por cima. Para sorte dele, Izquierdoz também bateu por sobre o travessão. Coube ao goleiro Everson fechar a série, selar a classificação alvinegra e ser carregado como herói.

No fim, houve confusão nos corredores de acesso aos vestiários. A PM teve de ser chamada para conter os argentinos, que arremessaram grades, bebedouro e outros objetos nos seguranças.

Atlético
Everson; Mariano, Nathan Silva, Junior Alonso e Dodô (Calebe 51 do 2º); Allan (Hyoran 51 do 2º), Tchê Tchê (Eduardo Sasha 25 do 2º), Zaracho (Alan Franco 34 do 2º) e Nacho Fernández; Savarino (Dylan Borrero 34 do 2º) e Hulk
Técnico: Cuca

Boca Juniors
Rossi; Weigandt, Izquierdoz, Rojo e Sández; Rolón, Medina (Molinas 46 do 2º) e González (Campuzano 46 do 2º); Villa, Briasco (Orsini 35 do 2º) e Pavón
Técnico: Miguel Ángel Russo

Jogo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores

Estádio: Mineirão
Árbitro: Esteban Ostojch (URU)
Assistentes: Carlos Barreiro e Martin Soppi (URU)
VAR: Julio Bascuñan (CHI)
Cartão amarelo: Nacho Fernández, Weigandt, Nathan Silva, Sández, Rojo, Hulk
Próximos jogos do Atlético: River Plate ou Argentinos Juniors

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