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Estado de Minas LIBERTADORES

Cuca pede que Atlético mostre raça na estreia na Libertadores

Treinador atleticano diz que o time tem de encarnar espírito guerreiro diante do venezuelano Deportivo La Guaira, nesta quarta


20/04/2021 20:21 - atualizado 20/04/2021 20:21

Já com a bola da competição, jogadores alvinegros fizeram treino na Cidade do Galo antes do embarque para a Venezuela(foto: PEDRO SOUZA/ATLÉTICO)
Já com a bola da competição, jogadores alvinegros fizeram treino na Cidade do Galo antes do embarque para a Venezuela (foto: PEDRO SOUZA/ATLÉTICO)
O Atlético estreia na edição 2021 da Copa Libertadores, contra o Deportivo La Guaira-VEN, nesta quarta-feira (21/4), em Caracas, pela primeira rodada do Grupo H. Será a 11ª participação do Galo na competição continental e pela segunda vez vai começar em território venezuelano – onde venceu o Zamora por a 1 a 0, em 2014, quando era o campeão sul-americano.

Iniciar com o pé direito é sempre bom e é o que todos na delegação alvinegra desejam. Foi assim em 2013, ano do título, quando bateu o São Paulo por 2 a 1, no Independência.

Especialmente porque a intenção é que o time conquiste o primeiro lugar geral, tendo vantagens nos mata-matas.

“Temos agora seis semanas seguidas de Libertadores, intercaladas com semifinais de Mineiro e, se Deus quiser, final. Então, estamos concentrados, queremos o primeiro lugar. Nossa chave é complicada, mas temos confiança em nosso grupo e que vamos conquistar este primeiro lugar”, afirmou o técnico Cuca.

“Libertadores é muito mais rápida que o Brasileiro, por exemplo. São seis jogos (na fase de grupos) e depois três mata-matas para estar na decisão. No Santos pegamos Boca e Palmeiras nos mata-matas e passamos. E na final só não fomos campeões por uma bola no minuto 53 do segundo tempo”, completou.

Ele teve dificuldades para conseguir informações sobre o primeiro adversário, que fez uma única partida neste ano, em 11 de abril, quando ficou no 0 a 0 com o Aragua, pelo Campeonato Venezuelano.

Mas acredita que será possível preparar os comandados para a estreia: "É uma pena que a pandemia parou tudo também lá (na Venezuela). Mas faz parte do contexto. Deve faltar para eles ritmo de jogo, mas com certeza vai ter uma gana enorme por estar representando o país num momento tão difícil como esse que eles vivem lá também, a exemplo da gente aqui”.

O treinador tem buscado dicas com o venezuelano do Galo, o atacante Savarino.

Estreias alvinegras


Edição Placar/Adversário
1972 2 x 2 São Paulo (C)
1978 1 x 1 São Paulo (C)
1981 2 x 2 Flamengo (C)
2000 1 x 0 Bolívar-BOL (C)
2013 2 x 1 São Paulo (C)
2014 1 x 0 Zamora-VEM (F)
2015 0 x 2 Colo-Colo-CHI (F)
2016 2 x 1 Melgar-PER (F)
2017 1 x 1 Godoy Cruz-ARG (F)
2019 2 x 2 Danúbio-URU (F) (*)


Em resumo

vitórias

empates

derrota

(*) Fase preliminar

Os 50 inscritos


Goleiros
l Everson
l Rafael
l Matheus Mendes
l Gabriel Delfim Jean

Laterais
l Guga
l Mariano
l Talison
l Guilherme Arana
l Dodô
l Carlos Daniel
l Kevin

Zagueiros
l Alonso
l Réver
l Igor Rabello
l Gabriel
l Bueno
l Leonardo Simoni
l Micael
l Rômulo

Meio-campistas
l Allan
l Tchê Tchê
l Jair
l Zaracho
l Nacho Fernández
l Nathan
l Dylan Borrero
l Hyoran
l Franco
l Calebe
l Alexandre
l Caio Ribas
l Daniel Borges
l Gabriel Souza
l Júlio César
l Neto
l Rubens

Atacantes
l Hulk
l Diego Tardelli
l Vargas
l Keno
l Savarino
l Sasha
l Marrony
l Sávio
l Felipe Felício
l Giovani
l Luiz Felipe
l Thiago
l Echaporã


No Bairro Califórnia, estruturas vão dando forma à Arena MRV, cuja previsão de inauguração é outubro de 2022(foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS)
No Bairro Califórnia, estruturas vão dando forma à Arena MRV, cuja previsão de inauguração é outubro de 2022 (foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS)


Em um ano, estádio conclui 20% das obras



João Vítor Marques

O sol de segunda-feira havia acabado de raiar quando os primeiros trabalhadores chegaram ao imenso terreno no Bairro Califórnia, Região Noroeste de Belo Horizonte. Ainda eram poucos, mas sabiam que em breve fariam parte da história do Clube Atlético Mineiro. Por volta das 10h daquele 20 de abril de 2020, a passagem de um trator simbolizou o início da construção da Arena MRV. Quase 20% da obra foram concluídos, mas a concretização do sonho alvinegro ainda depende de etapas importantes. 

Algumas etapas significativas estão prontas: limpeza e substituição do material do talvegue (leito do vale); canalização entre a Reserva Particular Ecológica (RPE) e a Via Expressa; supressão vegetal; e construção das principais contenções. Cerca de 50% dos blocos e 70% das fundações profundas estão finalizados – apesar das dificuldades impostas pelas chuvas –, o processo de terraplanagem se aproxima do fim e quase 30% das estruturas metálicas foram montadas.

“Neste próximo ano, a gente vai evoluir bastante. Até o fim de 2021 ou o início do ano que vem, espero que a gente esteja com a estrutura completamente pronta para que, em 2022, a gente possa entrar na fase final da obra, com instalações e acabamentos”, projeta o CEO da Arena MRV, Bruno Muzzi.
O cronograma original está em dia, e a expectativa é que a construção seja finalizada em outubro de 2022. Há, porém, perspectivas mais otimistas. “Se tudo correr muito bem, pode até antecipar em um, dois meses”, projetou o empresário, dirigente e atleticano Rubens Menin, da MRV Engenharia – empresa que assegurou os naming rights do estádio.

Ter a arena pronta, porém, não é garantia de poder utilizá-la. Será preciso, antes, a Licença de Operação. Nesse processo, o clube deve cumprir 89 condicionantes estabelecidas pela Prefeitura de BH. São contrapartidas viárias, ambientais e sociais na região. Assim, a inauguração efetiva do estádio poderia, eventualmente, ser adiada por alguns meses.  

VALOR SUBIU As condicionantes são um dos motivos que aumentaram o valor da obra, estimado inicialmente em R$ 410 milhões. Porém, outros fatores pressionaram, como o aumento no preço de produtos de construção. “Se atualizar somente pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), chega a R$ 531 milhões. O (preço do) concreto mais que dobrou, aço dobrou, alumínio, cobre... A gente conseguiu mitigar muita coisa com compras antecipadas de aço. Isso evitou que o preço subisse ainda mais”, afirmou Muzzi.

Para a inauguração, estão prevista uma série de eventos que culminará num jogo diante de um grande time do futebol mundial a ser definido. A princípio, a ideia é que a administração fique com o Atlético, o que seria importante na geração de receitas e redução de sua dívida bilionária. A projeção é gerar R$ 100 milhões brutos por ano. “A arena não é a salvação, é um passo importante. É aquele fator que vai colocar o Atlético num patamar mais elevado ainda, porque ela vai ser uma fonte de arrecadação adicional a tudo o que o Atlético tem”, disse Rubens Menin.

Ele destaca a importância de o time incorporar o espírito guerreiro exigido por uma competição como a que começa amanhã para o Galo. Além do time venezuelano, o alvinegro terá como adversários iniciais o América de Cali-COL e o Cerro Porteño-PAR, equipes acostumadas ao torneio.
“Nossa chave é forte, o Cerro Porteño joga quase todo ano. O América-COL é como os colombianos, que são irreverentes e jogam dentro e fora de casa do mesmo jeito, podem te surpreender. Então, temos de ter cuidado.”

RELAÇÃO Ontem, o clube divulgou os 50 atletas inscritos para a Libertadores – o número é bem superior aos 30 usuais, em função da pandemia de COVID-19. Para a viagem, foram relacionados 25 atletas. O volante Jair e o atacante Diego Tardelli, tratando de contusões, ainda são desfalques. Já por opção da comissão técnica, os meio-campistas Alan Franco e Calebe também ficaram em Belo Horizonte.

A obra em números*

28.570 m² 
de concreto utilizado

5.565 
toneladas de aço

380.638 m³ 
em cortes de terra


492 
blocos construídos

351 
estruturas metálicas instaladas

893 
funcionários no 1º ano de obra 
(415 ativos)
*Até 10/4/2021

Estrutura da arena

Capacidade: 
46 mil torcedores

Terreno: 
128 mil m²

Estacionamento: 
2.333 vagas

Bares: 
40

Camarotes: 
80

Cadeiras cativas:
4.462




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