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Estado de Minas SÉRIE A

Nem Sampaoli conseguiu explicar

Galo domina o primeiro tempo, abre o placar, mas não aproveita chances para ampliar e, na etapa final, leva a virada do Bahia. Está em terceiro, com um jogo a menos que Inter e Fla


20/10/2020 04:00 - atualizado 20/10/2020 10:27

Atlético foi castigado por não traduzir em gols as muitas oportunidades criadas para marcar no Pituaçu(foto: TIAGO CALDAS/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO)
Atlético foi castigado por não traduzir em gols as muitas oportunidades criadas para marcar no Pituaçu (foto: TIAGO CALDAS/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO)


Em um jogo em que dominou praticamente todas as ações, principalmente no primeiro tempo, o Atlético acabou derrotado pelo Bahia por 3 a 1, de virada, na noite de ontem, no Pituaçu, em Salvador, desperdiçando a chance de recuperar a liderança do Campeonato Brasileiro. Agora, o Galo segue com 31 pontos, três a menos que Internacional e Flamengo, mas com 16 partidas – uma a menos que os concorrentes ao título.
 
Nos últimos cinco jogos, o time de Jorge Sampaoli somou sete pontos, enquanto os adversários diretos fizeram 13. Agora, vai receber o Sport, sábado, às 21h, no Mineirão, e espera-se que não desperdice tantas chances no ataque nem dê espaço ao oponente, como ocorreu na etapa final do duelo de ontem. “Não conseguimos matar o jogo, tivemos chances. Infelizmente, o futebol é assim, acabamos punidos. Agora é erguer a cabeça e continuar trabalhando para nos mantermos o mais alto na tabela”, disse o armador Nathan.
 
As escalações, divulgadas uma hora antes do jogo, já mostravam a postura que os times iriam apresentar: enquanto o Atlético foi colocado no ataque por Sampaoli (inclusive com a volta de atletas que estavam em seleções, como Savarino), Mano Menezes escalou três zagueiros, um deles como lateral, e povoou o meio-campo do Bahia para segurar o ímpeto alvinegro.
 
Mas não demorou para os visitantes começarem a dominar a partida. Com 13 minutos, o Galo já havia criado três boas chances, todas mal finalizadas. Aos 15, Keno carregou da esquerda para o meio e bateu bem, com a bola saindo rente à trave. A pressão deu resultado aos 20min, depois de escanteio da direita. Réver escorou e Savarino executou Douglas de dentro da área. Com a vantagem, o jogo ficou ainda mais à feição do Galo, que se deu ao luxo até de diminuir um pouco o ritmo.
 
Se o Bahia tentou sair mais depois do intervalo, com as entradas de Marco Antônio e Gilberto, o Atlético continuou melhor. E aos 14, Keno poderia ter ampliado, mas mandou para fora de dentro da pequena área. Três minutos depois, Savarino recebeu livre na área, também bateu para fora.

FALTA

Como quem não faz acaba castigado, o Bahia empatou aos 23min, com Daniel. Depois de falta frontal cobrada por Gilberto, Everson não segurou e Gregore tocou para o camisa 8 só tirar do goleiro atleticano. A virada só não foi definida já aos 27, em saída de bola errada de Arana, porque Everson conseguiu interceptar finalização de Marco Antônio na pequena área.
 
O jogo ficou aberto, e o Bahia conseguiu passar à frente em falha de Guga, que ao tentar recuar para Everson colocou nos pés de Gilberto, que avançou, passou pelo goleiro, driblou Igor Rabello e tocou para o gol vazio aos 34min.
 
Aos 40, Junior Alonso teve a chance de deixar tudo igual novamente, porém, concluiu fraco, para defesa de Douglas com o joelho. Quem não perdoou foi Gilberto, três minutos mais tarde, que, depois de receber lançamento perfeito de Daniel, invadiu a área e tocou rasteiro, sem chances para Everson. “É um jogo difícil de explicar. Não conseguimos manter a aproximação e a contundência. Foi muito ataque e pouca contundência”, afirmou Sampaoli, que considerou o resultado “estranho”. “Na verdade, demos o resultado ao adversário. A partida estava controlada, com superioridade, mas sem efetividade de nossa parte.”
 
FICHA TÉCNICA 
Bahia 3 x 1 Atlético
Bahia: Douglas; Ernando (Nino Paraíba 33 do 2º), Lucas Fonseca, Juninho e Juninho Capixaba; Gregore, Elias, Edson (Marco Antõnio, intervalo) e Ramon (Daniel 12 do 2º); Clayson (Gilberto, intervalo) e Fessin (Alesson 31 do 2º)
Técnico: James Freitas (interino)
Atlético: Everson; Guga, Réver (Igor Rabello, intervalo), Junior Alonso e Guilherme Arana; Jair, Alan Franco, Nathan (Sávio 37 do 2º), Savarino e Keno; Eduardo Sasha (Marrony 33 do 2º)
Técnico: Jorge Sampaoli
17ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Pituaçu
Gols: Savarino 20 do 1º; Daniel 23 e Gilberto 34 e 43 do 2º
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves e Michael Stanislau (RS)
VAR: Daniel Nobre Bins (RS)
Cartão amarelo: Édson, Gilberto, Júnior Alonso, Elias e Alesson
Próximos jogos: Sport (c), Palmeiras (f) e Flamengo (c)


ENQUANTO ISSO...

...São Paulo tenta anula triunfo do Galo

O São Paulo acionou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para anular o jogo contra o Atlético, disputado em 3 de setembro, no Mineirão, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. A partida foi vencida pela equipe alvinegra por 3 a 0. A diretoria tricolor entende que houve “má aplicação da regra” pela arbitragem de vídeo ao invalidar, por impedimento, o gol de Luciano, que abriria o placar aos 29min do primeiro tempo. Mais de um mês depois da partida, o presidente da comissão de arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, admitiu que houve “erro humano” do árbitro de vídeo no momento de traçar as linhas para avaliar se havia ou não o impedimento. Em um intervalo de dois dias, é a segunda partida alvo de pedido de anulação. Domingo, o Grêmio informou que tentaria cancelar o empate por 0 a 0 com o mesmo São Paulo por supostos erros de arbitragem e a troca na escala do VAR, feita a pedido do clube paulista.
 
 

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