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Estado de Minas Cruzeiro

'Mobilização especial' em meio a grave crise

Desesperado e sob protestos, Cruzeiro encara o Oeste amanhã, em SP Antes de embarcar para Atibaia, clube viu a casa do ex-presidente ser pichada


10/10/2020 04:00



Depois da derrota para o Sampaio Corrêa por 2 a 1, na quinta-feira, no Mineirão, o Cruzeiro se prepara para enfrentar o Oeste-SP, lanterna da Série B. A delegação celeste embarcou para Atibaia-SP, onde ficará até o dia 15. O Oeste tem a pior campanha da Série B, com 6 pontos em 14 jogos (14,3% de aproveitamento). A partida será amanhã, às 16h, na Arena Barueri. A Raposa está na 18ª posição, com 11 pontos. Em meio a protestos de torcedores, que picharam a residência do ex-presidente do clube Gilvan Tavares e sem poder registrar contratações por causa de punição da Fifa, o Cruzeiro investirá esforços no extracampo para tentar mudar os resultados na Série B.

O técnico Ney Franco revelou ‘mobilização especial’ para os próximos dois jogos. “A gente necessita, urgentemente, de uma sequência de jogos somando pontos. Não foi desta vez. Saímos frustrados. Já conversamos com a diretoria e teremos mobilização especial para os dois jogos – contra Oeste e depois com Juventude, em casa, para, finalmente, acertar a equipe e ter uma sequência”, projetou Ney Franco.
 
 
O presidente do Cruzeiro, Sérgio Rodrigues, o técnico Ney Franco e o diretor de Futebol durante treino na Toca da Raposa II(foto: GUSTAVO ALEIXO/CRUZEIRO)
O presidente do Cruzeiro, Sérgio Rodrigues, o técnico Ney Franco e o diretor de Futebol durante treino na Toca da Raposa II (foto: GUSTAVO ALEIXO/CRUZEIRO)
 
 
“Depois do jogo do Oeste, temos a possibilidade de ficar fechado com o grupo em Belo Horizonte para fazer um trabalho diferenciado. Não só no aspecto técnico e tático, mas também um trabalho… Chegou uma psicóloga agora para trabalhar conosco, que é a Michelle. Vamos usar essa semana para mudar alguns conceitos de postura no dia a dia para conseguir a tão sonhada arrancada”, complementou.

Em Belo Horizonte, o Cruzeiro tem enfrentado protestos frequentes de seu torcedor. Nesta semana, um grupo com integrantes de organizadas chegou a invadir a Toca da Raposa II na tentativa de cobrar os jogadores. Na quarta-feira, durante a eleição que deu mais três anos de mandato a Sérgio, foram registradas novas manifestações.

PICHAÇÃO 
E BOMBA

E na madrugada de ontem, a residência de Gilvan de Pinho Tavares, ex-presidente do Cruzeiro, foi atacada com bomba e pichada. O ex-dirigente disse que vai encaminhar as imagens do sistema de segurança para a Polícia Militar. "Todo mundo ficou apavorado. Jogaram bomba, quebrou telha. Agora, a vizinhança deve contratar uma vigilância para fazer a segurança. Foi tudo gravado pelas câmeras de segurança. Nós comunicamos à Polícia Militar, as imagens são muito nítidas. Isso não pode ficar impune. Estão colocando a vida de pessoas em risco", disse o ex-presidente do Cruzeiro ao Superesportes.

Gilvan acredita que essa ação foi motivada pela crise do clube e pelas críticas do presidente Sérgio Santos Rodrigues às gestões anteriores, em live na quinta-feira. "Provavelmente, foi a fala do Sérgio que motivou essa reação da torcida. Estão tentando encontrar um culpado para tudo de ruim que está acontecendo com o Cruzeiro, mas essa culpa não é minha. Decepção total com a torcida e com o que os dirigentes estão falando de mim."

Gilvan administrou o Cruzeiro de 2012 a 2017. Apesar do bicampeonato brasileiro (2013-2014) e dos títulos da Copa do Brasil de 2017 e do Campeonato Mineiro de 2014, ele deixou o clube com crescente endividamento. Somente na Fifa, o clube enfrenta várias ações, com cobranças que, somadas, atingiam R$ 50 milhões. 

O ex-presidente disse que os débitos na Fifa seriam resolvidos com a venda de Arrascaeta ao Flamengo, em 2019. A Raposa recebeu pelo negócio cerca de 13 milhões de euros (R$ 55,2 milhões). Apesar disso, Wagner Pires de Sá não quitou os débitos.

"Eu também recebi o Cruzeiro com dívidas. Quase caímos para a Segunda Divisão em 2011. Eu peguei o clube porque o presidente (Zezé Perrella) estava deslumbrado em Brasília com o cargo de senador, que herdou com a morte de Itamar Franco. Salvamos o Cruzeiro na última rodada com a goleada por 6 a 1 sobre nosso rival. Depois, conseguimos títulos importantes, como o bicampeonato brasileiro (2013 e 2014) e a Copa do Brasil (2017). A Copa do Brasil vencida pelo Wagner (2018) foi com o nosso elenco. Contrataram muitos jogadores, endividaram ainda mais o clube, mas a base campeã foi a que deixamos", disse Gilvan.
 

 

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