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Estado de Minas OPINIÃO

Quando a política irresponsável destrói um clube

"A queda - inquestionável do ponto de vista técnico - se confirmou só ontem, mas o rebaixamento moral vem de muitos meses. Que 2020 marque o início de uma reestruturação profunda de processos"


postado em 09/12/2019 04:00 / atualizado em 08/12/2019 22:45



Os grandes responsáveis pelo ano mais vexatório da história do Cruzeiro – não só pelo rebaixamento, evidentemente – são o presidente, Wagner Pires de Sá, o ex-vice de futebol, Itair Machado, e o ex-diretor-geral, Sérgio Nonato. A estrutura de poder que construíram ao longo de 2018 e no primeiro semestre de 2019, normalizando absurdos e excluindo profissionais com senso crítico, destruiu o clube.

Vale lembrar, também, de quem colocou Wagner no cargo. Ainda que tenha sido traído 24 horas depois da eleição, o ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares carregará para sempre o peso desse apoio nefasto. Além da gestão temerária entre 2012 e 2017, ele foi incapaz de formar uma liderança decente e de viabilizar, mesmo em cenário político favorável e com tempo para articular, a modernização do estatuto do clube. Faltou coragem.
A queda – inquestionável do ponto de vista técnico – se confirmou só ontem, mas o rebaixamento moral vem de muitos meses. Que 2020 marque o início de uma reestruturação profunda de processos, a começar por nova eleição urgente. Não é razoável que Wagner, presidente mais covarde dos 98 anos de Cruzeiro, siga no cargo – ainda que como ‘rainha da Inglaterra’, terceirizando responsabilidades a quem não foi eleito pelo voto do conselheiro.
Ao torcedor, principal vítima das estratégias perversas da cartolagem, que essa temporada, emblemática na história do clube, sirva de lição para o fim definitivo da romantização do dirigente que age com irresponsabilidade. Os heróis não existem. Os verdadeiros profissionais “raiz” conquistam respeito sem frases de efeito, sem populismo, sem necessidade de “mitar” diariamente.

* Jornalista do portal Superesportes

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