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Estado de Minas CAMPEONATO BRASILEIRO

Mudou, melhorou, mas perdeu de novo

Rogério Ceni conseguiu dar mais consistência defensiva ao time e ficou otimista com a atuação do Cruzeiro. Erros individuais na defesa e no ataque decretaram mais uma derrota


postado em 15/09/2019 04:00 / atualizado em 14/09/2019 22:51

O técnico Rogério Ceni elogiou a postura do time do Cruzeiro contra o Palmeiras(foto: Eduardo Carmim/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)
O técnico Rogério Ceni elogiou a postura do time do Cruzeiro contra o Palmeiras (foto: Eduardo Carmim/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)

O técnico Rogério Ceni fez várias mudanças na equipe, principalmente no setor defensivo, viu o time com mais pegada na marcação, mas erros individuais foram determinantes para mais uma derrota do Cruzeiro, a terceira seguida, sendo as duas últimas pelo Brasileiro. A queda diante do Palmeiras por 1 a 0 mantém o time com apenas 18 pontos, ainda na 16ª posição, mas correndo o risco de cair para a zona de rebaixamento hoje. De qualquer forma, é a pior campanha do time celeste, ao final do 1º turno, na era dos pontos corridos. Já o Palmeiras, com os três pontos e beneficiado pela derrota do Santos para o Flamengo, também por 1 a 0, ontem, no Maracanã, ultrapassou o rival e assumiu a vice-liderança.


Com o resultado, o Cruzeiro segue sem vencer fora de casa nesse Brasileiro. Em 10 jogos, empatou quatro e perdeu seis.


Em campo, um Cruzeiro bastante mudado. A volta do lateral-direito Orejuela era natural, uma vez que o outro jogador da posição, Edílson, não vem mostrando futebol para ocupar a posição e nem viajou com o time. Na zaga, Cacá substituiu Dedé, contundido no tornozelo direito. Na lateral-esquerda, uma surpresa, o jovem Rafael Santos, em vez de Dodô ou Egídio. No meio-campo, Éderson assumiu a posição de Robinho.


Apesar das mudanças, antigos problemas continuaram a ser vistos. O Cruzeiro se recente de um jogador para sair com a bola e armar as jogadas. O que se vê em campo é que após uma reposição a bola fica girando de pé em pé, de lateral a lateral, passando pelos zagueiros, que quando acossados pelos adversários, recuam a bola para o goleiro Fábio, que é obrigado a fazer a saída de bola, em boa partes das vezes comum chutão e devolvendo a bola ao adversário. Em dois desses recuos, por pouco não entregou a bola nos pés dos atacantes palmeirenses.


A falta desse armador pode explicar também o fato de o time não conseguir atacar. A bola não chega ao ataque e muito menos ao centroavante. Em muitas oportunidades, Fred foi obrigado a sair da área adversária para tentar uma triangulação quase no meio de campo.


Dentro desse quadro, o time mineiro até que conseguiu fazer um início de jogo equilibrado e chegou a perder um gol feito, aos 6min, com David, que pegou um rebote de Weverton e, sozinho, à frente do gol, chutou em cima do goleiro. Essa foi a chance mais clara criada pelo time mineiro em toda a partida. E uma das únicas, o que é muito pouco para um time com o elenco do Cruzeiro.


O gol sofrido, já na prorrogação do primeiro tempo, ocorreu numa trapalhada da defesa. Cacá teve a chance de aliviar a bola, errou e, na sobra, ainda trombou com Éderson. Os dois foram ao chão e Bruno Henrique ficou livre para marcar.


O volante e capitão Henrique explicou bem o que se passou ontem em São Paulo. “Faltou criatividade. Estivemos bem no primeiro tempo e criamos uma chance, aliás, só uma chance. Não fizemos o gol e acabamos sofrendo. Depois desse gol, o time sentiu e isso não pode acontecer. Temos de ter força para reagir. Não podemos ficar apáticos dessa maneira. Mas fomos melhores que no jogo contra o Grêmio.”


Éderson, recém-promovido ao time profissional, herdou a posição de Robinho, saiu decepcionado com a derrota, mas aposta numa melhora. “Estou feliz por um lado, pelo fato do nosso treinador ter me escalado, por sentir que estou comprometido com a equipe. Espero jogar novamente e acho que a tendência, se isso acontecer, é o meu crescimento e também da equipe.”

 

"A postura foi outra. Foi muito melhor que no último jogo. Jogamos de igual para igual (...) O mais importante é que o Cruzeiro competiu e mostrou que tem condições de sair dessa situação"

Rogério Ceni, treinador celeste, otimista com a sequência do Brasileiro

 

 

O técnico Rogério Ceni, apesar da derrota, elogiou o time celeste. “Hoje (ontem), a postura foi outra. Foi muito melhor que no último jogo. Jogamos de igual para igual. O Palmeiras, no primeiro tempo, só teve uma chance de gol e, por azar nosso, marcaram. Mas o mais importante é que o Cruzeiro, hoje, competiu e mostrou que tem condições de sair dessa situação. A atuação de hoje é um indício de que poderemos ir bem no próximo jogo, contra o Flamengo.”

Salários

 

Ontem, antes da partida, o diretor de futebol Marcelo Djian confirmou que a segunda parcela dos salários do mês de julho foi paga pelo clube. Com isso, o atraso agora é referente ao mês de agosto, que teria de ter sido pago, integralmente, no último dia 6.

 

Ficha técnica

 

Palmeiras
Weverton; Marcos Rocha, Victor Hugo, Gustavo Gómez e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Bruno Henrique e Gustavo Scarpa (Lucas Lima, 38 do 2º); Dudu, Luiz Adriano (Borja, 27 do 2º) e William (Zé Rafael, 32 do 2º)

Técnico: Mano Menezes

 

Cruzeiro
Fábio; Orejuela, Cacá, Léo e Rafael Santos (Egídio, 27 do 2º); Henrique, Éderson e Pedro Rocha; Marquinhos Gabriel, Fred (Sassá, 25 do 2º) e David (Thiago Neves,
19 do 2º)


Técnico: Rogério Ceni

 

19ª rodada do Brasileiro’2019

 

Estádio: Allianz Parque
Gol: Bruno Henrique (46 do 1º)
Árbitro: Roberto Toski Marques (PR)
Assistentes: Bruno Boschillia e Vitor Hugo Imazu dos Santos (PR)
VAR: Hélcio Araújo
Cartão amarelo:  Rafael Santos, Marquinho Gabriel, Felipe Melo e Dudu
Pagantes: 35.578
Renda: R$ 2.267.761,00
Próximos jogos: Flamengo (c), Ceará (f) e Goiás (f)

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