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Estado de Minas CAMPEONATO BRASILEIRO

Hora de a Raposa ser cruel com a concorrência

Diante do CSA, também ameaçado de rebaixamento, Cruzeiro tentará vencer a primeira como visitante e melhorar aproveitamento contra adversários diretos na luta para ficar na elite


postado em 23/08/2019 04:00 / atualizado em 22/08/2019 21:06

Lateral Dodô diz que apesar da situação dos alagoanos na classificação, jogo exigirá a mesma seriedade daquele contra times que estão na parte de cima da tabela(foto: Alexandre Guzanhe/EM/D.A Press)
Lateral Dodô diz que apesar da situação dos alagoanos na classificação, jogo exigirá a mesma seriedade daquele contra times que estão na parte de cima da tabela (foto: Alexandre Guzanhe/EM/D.A Press)


Vários fatores explicam o porquê de o Cruzeiro estar na parte de baixo da classificação do Campeonato Brasileiro. Não bastassem a sequência de 11 jogos sem vencer, os erros defensivos e a queda acentuada de produção do ataque, o time celeste tem sido “bonzinho” diante de concorrentes diretos, que também lutam contra o rebaixamento. E é com o objetivo de tirar pontos de equipes igualmente ameaçadas pela queda que os comandados de Rogério Ceni vão encarar o CSA no domingo, às 19h, em Maceió, pela 16ª rodada. No Nordeste, a Raposa ainda buscará seus primeiros três pontos como visitante na competição.

Se a vitória sobre o líder Santos serviu de motivação extra depois da chegada do técnico Rogério Ceni, cabe agora à Raposa se reabilitar contra aqueles que estão em outra faixa da disputa. Neste Brasileiro, o time celeste foi goleado pelo Fluminense por 4 a 1, no Rio; perdeu para a Chapecoense por 2 a 1, no Independência; e ficou no empate com o lanterna Avaí por 2 a 2, na Ressacada – as três equipes aparecem na zona da degola. Outro resultado negativo ocorreu diante do Fortaleza (ex-clube de Rogério), por 2 a 1, no Castelão, antes da Copa América.

Após o CSA, o Cruzeiro terá jogos em casa contra Vasco e Grêmio (ambos estão na segunda metade da tabela) e fechará o turno diante do Palmeiras, fora. O lateral-esquerdo Dodô faz projeção positiva para sua equipe: “O CSA vem de uma vitória fora de casa, tem tudo para ser um bom jogo. Nosso momento no Brasileiro é delicado. São dois jogos importantes, já que o Vasco também é um concorrente nosso. Seis pontos nas próximas partidas seriam um sonho para respirarmos na tabela”.

Apesar da campanha irregular, a Raposa já obteve nesta edição duas vitórias consecutivas – sobre Ceará (1 a 0) e Goiás (2 a 1), na segunda e terceira rodadas. Para Dodô, o CSA exigirá a mesma concentração de um rival da parte de cima. “As dificuldades são as mesmas de enfrentar qualquer time no Brasileiro. Quando um time está na zona de rebaixamento, há grande mobilização entre os jogadores. Esperamos um adversário bem concentrado, sabendo o que quer. Temos de nos preparar da mesma forma, tentar ser melhores que eles. Agora, estamos quase numa virada de turno, sabemos que o segundo será mais difícil, porque as equipes estarão mais fortes e entrosadas”.

Com poucos dias da troca do comando, Dodô se tornou xodó de Rogério Ceni. Ele foi improvado como volante diante do Santos, mas voltou à lateral quando o treinador optou por tirar Egídio do time e entrar com o atacante Fred. A presença de Dodô entre os titulares do meio-campo teve como objetivo conferir maior qualidade na distribuição de bolas vindas do setor defensivo.

O lateral-esquerdo aprovou a estreia com Rogério Ceni, mas avisa que não foi sua melhor atuação: “Acredito que já fiz melhores jogos. Mas o resultado tem um peso muito grande, inclusive na avaliação externa. É preciso trabalhar para melhorar ainda mais, como todo o time, já que tivemos apenas uma semana de treinos”.

ZAGUEIROS DE VOLTA

Os zagueiros Dedé e Leo foram a campo ontem, mas a presença da dupla ainda é incerta para o jogo em Maceió. Eles treinaram separadamente, orientados pelo fisioterapeuta Charles Costa. O primeiro se queixou de cãibras na coxa direita e foi substituído por Cacá no segundo tempo contra o Santos. O segundo não encarou o Peixe em virtude de incômodo na coxa direita e dificilmente vai se recuperar a tempo de enfrentar o CSA. Outra opção para o setor é Fabrício Bruno, titular na última partida.


ESTRELADAS...

Sem empréstimo

O diretor financeiro do Cruzeiro, Flávio Pena, admitiu que os escândalos envolvendo dirigentes do clube inviabilizaram o empréstimo de R$300 milhões com um fundo misto, de capital inglês e americano. As políticas anticorrupção dos Estados Unidos, de acordo com o dirigente, teriam “esvaziado” a operação. O empréstimo foi avalizado pelo Conselho Deliberativo para pagar parte das dúvidas que hoje passam dos R$ 520 milhões. O clube segue negociando com novo fundo para levantar o valor.
 
Mano Menezes deixou o Cruzeiro após derrota para o Internacional, na Copa do Brasil (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press - 17/7/19)
Mano Menezes deixou o Cruzeiro após derrota para o Internacional, na Copa do Brasil (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press - 17/7/19)
 

Indenização de Mano

O Cruzeiro promete quitar ainda neste mês (no dia 30, provavelmente) a primeira de duas parcelas da rescisão contratual de Mano Menezes, que deixou o clube no início do mês. O valor a ser pago pela Raposa prevê quantias convencionais, como salário, 13º, férias proporcionais e premiações. A segunda parcela deve ser quitada no fim de setembro. Os recursos serão provenientes do que o Cruzeiro tem a receber da parte dos direitos de transmissão do Brasileiro.
 

Reforço na mira

O Cruzeiro ofereceu R$ 200 mil ao Grêmio pelo atacante Guilherme, de 24 anos, que está cedido ao Sport desde janeiro. A oferta celeste é para empréstimo do jogador até o fim do ano. O tricolor gaúcho quer, além da quantia em dinheiro, pelo menos um jovem atleta celeste também emprestado até dezembro, com os direitos fixados. O Vasco está na briga por Guilherme e tentará a compra definitiva com ajuda de investidores – os gremistas pedem R$ 5 milhões por 70% dos direitos econômicos do atacante.
 
 

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