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Estado de Minas PAN-AMERICANO DE LIMA

Brasil, Canadá e México brigam pelo segundo lugar no Pan

Com os Estados Unidos garantidos no primeiro lugar, disputa para ver quem ficará em segundo está acirrada


postado em 08/08/2019 04:00

Medalha de ouro na Olimpíada do Rio%u20192016, Thiago Braz é esperança de pódio no salto com vara(foto: FRANCK FIFE /AFP - 15/8/16)
Medalha de ouro na Olimpíada do Rio%u20192016, Thiago Braz é esperança de pódio no salto com vara (foto: FRANCK FIFE /AFP - 15/8/16)


No início dos Jogos Pan-Americanos de Lima’2019, o Comitê Olímpico Brasileiro anunciava que o Brasil tinha dois objetivos. O primeiro, carimbar vagas diretas colocadas em jogo para os Jogos Olímpicos de Tóquio. O segundo, que causou estranheza, o de ser o segundo no quadro geral de medalhas. Mas como isso seria possível se o vôlei, por exemplo, anunciou que jogaria, tanto no masculino como no feminino, com suas equipes B? E o futebol feminino, o masculino e o basquete masculino não conseguiram se classificar para o evento?

O duelo pelo segundo lugar seria contra Canadá, México e Colômbia, mas, a apenas quatro dias do final dos Jogos, a disputa se fechou entre brasileiros canadenses e mexicanos. O primeiro lugar, mesmo sem seus principais atletas na maioria dos esportes está, como em edições anteriores, consolidado pelos EUA.

Restam ainda 535 medalhas de um total de 3.028 disputadas, sendo 965 de ouro, 965 de prata e 1.068 de bronze, o que se explica pelo fato de que em alguns esportes, como no tênis de mesa, não existe a disputa pelo bronze, ou seja, os derrotados nas semifinais já estão com a medalha garantida, dividindo o terceiro posto do pódio.

As chances

 
Onde estariam, então, as chances do Brasil para conseguir terminar à frente do Canadá e do México. Existem ainda 24 modalidades em disputa, mas o Brasil não tem chances em todas.

Nos esportes coletivos, o Brasil pode subir ao pódio no basquete e vôlei femininos. Nos esportes individuais, no entanto, as apostas são grandes, em especial no atletismo, judô e natação. Pela tradição, duas modalidades aparecem como possibilidades reais: equitação (saltos) e iatismo.

As boas apostas no atletismo se devem ao fato de alguns atletas brasileiros estarem bem colocados no ranking mundial de cada modalidade: Paulo André Oliveira (provas rápidas), Gabriel Constantino e Almir dos Santos (corridas com barreiras), o campeão olímpico do salto com vara Thiago Braz e outro atleta dessa modalidade, Augusto Dutra – os dois estão entre os 10 melhores do mundo –, Paulo Sérgio Oliveira, Alessandro Melo, Almir Santos (salto em distância) e Alan Wolski (arremesso de martelo).

No caso dos homens, não existem quase canadenses, e mexicanos são poucos entre os 50 melhores em cada modalidade. Mas se existe esse otimismo no masculino, no feminino é o contrário. As chances do Brasil são poucas, ao contrário do Canadá, que tem pelo menos oito atletas consideradas de ponta. O Brasil tem como destaque Alessandra Morais (dardo), Marciana Marcelino (martelo), Laila Ferrer (dardo) e a mineira Núbia Soares (salto triplo), que começou a carreira no CT da UFMG.

No judô, o Brasil tem duas atletas na liderança de rankings mundiais – Maria Portela, no peso médio, e Mayra Aguiar, no meio-pesado. Além disso, os atletas brasileiros estão entre os melhores do mundo nos 14 rankings. Nesse esporte, o Canadá, faz frente ao Brasil, pois tem 10 judocas bem ranqueados, sendo os dois países bem nivelados.

A natação é outra força do Brasil. Nesse esporte, uma vantagem: o fato de quase não haver nadadores canadenses ranqueados nas diversas provas e distâncias. Os atletas brasileiros estão presentes, entre os 20 melhores em praticamente todos os rankings.

Já os mexicanos, a julgar pelos rankings mundiais de todas as modalidades, têm poucas chances. Possibilidade de ouro existe, no entanto, bem remota – atletismo, pelota basca, polo aquático, hipismo e esgrima. O Brasil tem chances de medalha ainda no karatê, patins, polo-aquático, remo, tênis de mesa e tiro com arco.


Histórico 
Caso termine como Top 2 no quadro de medalhas em Lima, o Brasil repetirá o feito pela terceira vez. A primeira foi em São Paulo’63 e a segunda, em Winnipeg’67. Em quatro oportunidades, o time brasileiro ficou em terceiro: Chicago’59, Rio’2007, Guadalajara’2011 e Toronto’2015.

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