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O jogo da afirmação

Depois do fiasco na Rússia, Tite precisa conquistar o título hoje sobre o Peru para ter tranquilidade no comando da Seleção Brasileira rumo à Copa do Catar, em 2022


postado em 07/07/2019 04:06

O treinador assumiu em 2016 e sofreu apenas duas derrotas em 41 partidas: agora, chega à decisão embalado após vitória sobre a Argentina(foto: Nelson Almeida/AFP)
O treinador assumiu em 2016 e sofreu apenas duas derrotas em 41 partidas: agora, chega à decisão embalado após vitória sobre a Argentina (foto: Nelson Almeida/AFP)

A Seleção Brasileira entra em campo para enfrentar o Peru hoje, às 17h, no Maracanã, em partida que vale, além do título da Copa América, a validação do trabalho do técnico Tite à frente do time canarinho. Embora os números sejam incontestáveis – são 32 vitórias, sete empates e apenas duas derrotas em três anos –, a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo e a queda na qualidade do futebol nos amistosos pós-Rússia botaram em xeque a filosofia do treinador, quase uma unanimidade antes do Mundial.

Questionado ontem sobre seu futuro, ele afirmou que seguirá pelo menos até o próximo Mundial. “2022 é o contrato, após a Copa do Mundo. É o contrato que o Tite manteve com a CBF”, comentou. Ele afirmou não ter se incomodado com críticas a seu trabalho. “A única coisa que questiono é informação errada”.

Depois da vitória sobre a Argentina por 2 a 0 no Mineirão, pela semifinal, o permanência do treinador na Seleção foi posta em dúvida, após o jornalista Juca Kfouri noticiar sobre a possível insatisfação dele com as saídas de Sylvinho e Edu Gaspar – que deixa a coordenação depois da Copa América. A CBF, em nota, negou.

Curiosamente, o adversário de hoje é o mesmo que definiu a queda de seu antecessor. A derrota para o Peru por 1 a 0, em Foxborough-EUA, em 12/6/2016, decretou a vexatória eliminação na primeira fase da Copa América Centenário e o fim da segunda passagem de Dunga, depois de 26 jogos (18 vitórias, 5 empates e 3 derrotas). Tite foi anunciado na semana seguinte, assumindo a Seleção apenas na sexta colocação das Eliminatórias.

Campeão mundial no Corinthians, Tite mudaria tática e emocionalmente a equipe brasileira. Promoveu o retorno de jogadores como Marcelo, Paulinho, Renato Augusto e trocou atacantes experientes, como Jonas e Ricardo Oliveira, pelo jovem Gabriel Jesus, à época no Palmeiras. Jesus, hoje no Manchester City, é o artilheiro da Era Tite, com 17 gols, e foi fundamental para a classificação à final, com um gol e uma assistência na vitória sobre a Argentina por 2 a 0, terça-feira, no Mineirão.

Tite levou o Brasil a uma campanha brilhante nas Eliminatórias, terminando em primeiro, com grandes vitórias sobre Argentina e Uruguai – com direito a goleada por 4 a 1, em pleno Centenário, em Montevidéu. Nos amistosos, destaque para o triunfo sobre a Alemanha por 1 a 0, no reencontro dos dois times depois do fatídico 7 a 1 no Mineirão, na Copa’2014.

Ao contrário das expectativas, o Brasil não jogou bem no Mundial, à exceção de lampejos contra Sérvia e México. Estreou com empate com a Suíça e, com a suspensão de Casemiro, foi presa fácil para a Bélgica, caindo nas quartas de final pela terceira vez em quatro Mundiais. Desde então, o Brasil não foi o mesmo. Apesar da sequência de seis vitórias sem sofrer gols pós-Mundial, o time de Tite parou de encantar. Chegou à Copa América ofuscado pelas polêmicas envolvendo Neymar, que se lesionou no penúltimo amistoso antes da competição. No torneio continental, empatou sem gols com Venezuela e Paraguai, mas chega à decisão animado com a vitória sobre a Argentina.

ESCRITA No Maracanã, o Brasil também tenta manter a escrita de ter vencido todas as edições de Copa América que sediou (foram quatro troféus até agora). Também tenta diminuir a diferença de títulos (oito) para Uruguai (15) e Argentina (14).

Sem Willian, machucado, a única dúvida de Tite é na lateral esquerda, entre a permanência de Alex Sandro e o retorno de Filipe Luís, que se recupera de dor muscular na coxa direita e treinou ontem. O Peru, goleado pelo Brasil por 5 a 0 na primeira fase, eliminou favoritos como Uruguai (pênaltis)  e Chile (3 a 0) e vai em busca do terceiro título, após triunfar em 1939 e 1975. Os destaques do time do argentino Ricardo Gareca são Edison Flores e Paolo Guerrero, com dois gols cada.


Gareca diz que atacará

A goleada do Brasil por 5 a 0 sobre o Peru na primeira fase foi emblemática nesta Copa América, mas, para o técnico Ricardo Gareca, isso não significa que a final de hoje será jogada da mesma forma. Para ele, o jogo será difícil “para todos”. O treinador foi além e disse que sua seleção irá enfrentar o Brasil “no momento ideal”.

Na avaliação dele, o crescimento de sua equipe vai incendiar a final. “Vamos jogar com o Brasil num momento ideal porque viemos de jogos diante de duas seleções fortes, Uruguai e Chile. Se eu tivesse que escolher um momento para enfrentar o Brasil, seria agora”, comentou.

Ele não quis revelar o time que irá a campo, mas garantiu que não jogará só para se defender. “A posse de bola é importante, ainda por cima com a outra seleção sendo o Brasil. Nós vamos tentar fazer nosso jogo, o que mais nos convém. É importante atacar”, declarou Gareca, já projetando: “Uma final é difícil para todos. Não vai ser fácil para nenhuma das duas seleções.”
Autor do primeiro gol na semifinal diante do Chile, o meia Edison Flores deixou a Arena Grêmio com dor no tornozelo direito, mas garantiu ontem que está pronto para encarar o Brasil.


FICHA TÉCNICA
BRASIL X PERU
Brasil: Alisson, Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro (Filipe Luís); Casemiro, Arthur e Philippe Coutinho; Éverton Cebolinha, Gabriel Jesus e Firmino
Técnico:  Tite
peru: Gallese; Advíncula, Zambrano, Abraham e Trauco; Tapia,Carrillo, Ballón, Yotún e Flores; Guerrero
Técnico: Ricardo Gareca
Final da Copa América
Estádio: Maracanã
Horário: 17h
Árbitro: Roberto Tobar (CHI)
Assistentes:Christian Schiemann e Claudio Rios (CHI)
VAR: Julio Bascuña (CHI)
TV: Globo e SporTV

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