Mal na Copa América e ameçada de não avançar para as quartas de final, a Argentina mudou de tática. Em Porto Alegre, onde amanhã enfrentam o Catar, às 16h, na Arena Grêmio, pela rodada final do Grupo B, os hermanos decidiram se aproximar dos fãs, talvez em busca de carinho e apoio.
Depois de dias de reclusão e distanciamento, pela primeira vez os jogadores foram até os torcedores que estavam na porta do hotel em que estão hospedados, na capital gaúcha, para tirar fotos e dar autógrafos. Depois, no Beira-Rio, parte do treino foi aberto para que dezenas de pessoas pudessem acompanhar. Lionel Messi, que teve o nome gritado com mais entusiasmo, acenou para o público.
Lanterna da chave, a seleção albiceleste precisa vencer. A mesma seriedade é vista no lado catariano. Embora o confronto com Messi e companhia seja o ápice para muitos jogadores do atual campeão asiático, o técnico Félix Sánchez avisa que o duelo nada tem de festivo e que não há espaço para tietagem. “Sabemos que somos um time que, talvez, na América poucos conheçam. Mas o futebol do Catar e esses jogadores são muitos profissionais. Mostram isso onde competem, nos clubes e na seleção. Estamos aqui jogando contra jogadores do primeiro nível, mas viemos competir, não para tirar fotos. Mesmo que admiremos muito os jogadores, vamos enfrentá-los”, avisa.
Félix foi treinador das categorias de base do Barcelona, mas evitou detalhar a relação com Messi e deixar o foco apenas na competição: “Estamos participando de uma Copa América e preparando um jogo muito importante. O Messi é o melhor do mundo, mas aqui não é o melhor lugar para falar dele. Desde que entrei no Barcelona, nunca o treinei. Desde que ele chegou lá, mostrou que é e segue sendo o melhor do mundo”.
INVICTOS Na mesma hora, Colômbia e Paraguai fazem duelo de invictos na Fonte Nova. O interesse na partida é todo da seleção guarani, pois os colombianos já asseguraram não só a passagem às quartas de final como a liderança do grupo.
Os paraguaios precisam vencer, depois de empatar os dois jogos anteriores, contra Catar (2 a 2) e Argentina (1 a 1). Mas, para isso, terá de lidar com a dificuldade de manter a vantagem no placar – nas duas partidas, largou na frente e cedeu a igualdade.
A novidade na esquipe deverá o ser retorno do veterano atacante Óscar Cardozo, de 36 anos, poupado contra a Argentina por causa de desgaste muscular.
Já o treinador português Carlos Queiroz deve dar descanso a alguns jogadores da Colômbia, incluindo o que estão pendurados: Cuadrado, Falcão García, Lerma, Zapata e Mateus Uribe. Uma ausência certa é o goleiro Ospina, liberado na sexta-feira por causa de problemas de saúde envolvendo o pai. Alvaro Montero, do Tolima, e Camilo Vargas (favorito), do Atlético Nacional, disputam a vaga.