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Ameaça de morte no Cruzeiro


postado em 23/06/2019 04:06



A crise institucional pela qual passa o Cruzeiro ganha a cada dia novos capítulos. Ontem, a sede administrativa do clube, no Bairro Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, amanheceu pichada com séria ameaça ao presidente celeste, Wagner Pires de Sá, e ao vice-presidente de futebol Itair Machado. “Sai ou morre” dizia a mensagem, logo abaixo do nome dos dirigentes, pichada na fachada do prédio. Ainda pela manhã, funcionários do clube cobriram os dizeres com tinta azul.

A diretoria cruzeirense é investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais por suspeitas de crimes de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e falsidade ideológica, além de possíveis quebras de regra da Fifa, da CBF e do Governo Federal. Os escândalos vieram à tona após matéria exibida no programa Fantástico, da TV Globo, em 26 de maio. Foram divulgadas irregularidades em transações e valores superfaturados pagos a empresas prestadoras de serviço. A PCMG já havia ouvido 15 pessoas que mantinham relação com o clube, entre funcionários, ex-empregados, dirigentes e agentes esportivos.

A denúncia mais grave foi a relativa a empréstimo de R$ 2 milhões contraído pelo Cruzeiro com o empresário Cristiano Richard dos Santos Machado, sócio de firmas que atuam na locação de veículos e de equipamentos de proteção. Como forma de quitação do débito, o clube incluiu parte dos direitos de jogadores do profissional – como David (20%), Raniel (5%), Murilo (7%) e Cacá (20%) – e de outros que passaram pela base e foram negociados, casos de Gabriel Brazão (20%) e Vitinho (20%). Ainda inseriu participação em uma possível venda do promissor Estevão William, de apenas 12 anos, que, pelas leis trabalhistas, só poderá assinar vínculo laboral a partir dos 16.

Outras operações apuradas pela Polícia Civil são os aumentos substanciais nos salários de dirigentes, a contratação de conselheiros para prestação de serviços e o pagamento a torcidas organizadas. A dívida do clube saltou de R$ 384 milhões para R$ 520 milhões de 2017 para 2018 e o último balanço financeiro ainda não foi aprovado pelo Conselho Fiscal. Em 1º de julho, haverá eleição para novos integrantes do órgão, já que os membros anteriores renunciaram em função da restrição de acesso às informações das finanças do clube.

ESCLARECIMENTOS Wagner Pires de Sá prometeu prestar esclarecimentos aos conselheiros do clube em reunião extraordinária em 8 de julho, às 18h30, no Salão Nobre do parque esportivo do Barro Preto. Ele ignorou a negativa de Zezé Perrella, que desejava manter o encontro para 5 de agosto, marcado para discutir um possível afastamento da atual administração.


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