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Ultimato à cúpula celeste

Presidente do Conselho pede a saída do presidente Wagner Pires de Sá, do vice Itair Machado e demais envolvidos nas denúncias até que tudo seja esclarecido


postado em 16/06/2019 04:07

"Requeiro ao Presidente do Cruzeiro Esporte Clube que ele e todos seus diretores envolvidos nos fatos acima citados se afastem imediatamente de seus cargos pelo menos até o fim da Sindicância, de forma a minorar os já incontáveis prejuízos que o Clube vem sofrendo%u201D, diz trecho da nota oficial divulgada ontem e assinada por Zezé Perrella, presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro (foto: Jair Amaral/Em/D.A Press - 29/9/17)

 

Depois de cair para a zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, não conseguir pagar os salários em dia e ter derrota na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) no caso Fred, ontem o presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, Zezé Perrella, pediu o afastamento do presidente do clube, Wagner Pires de Sá, e de outros diretores envolvidos nas denúncias de irregularidades feitas pela Rede Globo. Perrella convocou para amanhã uma reunião extraordinária para tratar do caso.


Em nota oficial divulgada ontem, Zezé solicita que os membros da diretoria celeste se afastem, pelo menos, até o fim dos trabalhos da comissão de sindicância, que averiguará as denúncias dentro do Cruzeiro. Além de Wagner Pires de Sá, compõem a cúpula Itair Machado (vice-presidente de futebol), Marcejo Djian (diretor de futebol), Sérgio Nonato (diretor-geral), Fabiano de Oliveira Costa (diretor jurídico) e Flávio Pena (diretor financeiro).


Perrella listou todas as possíveis irregularidades no documento. O presidente do Conselho destacou, também, a novidade no caso envolvendo o atacante Fred na CNRD, em ação na qual o Atlético, ex-clube do jogador, pede R$ 10 milhões pelo fato de o atleta ter se transferido para o rival. O órgão negou na sexta-feira os embargos declaratórios de Fred que questionavam a condenação do atacante a pagar a multa de R$ 10 milhões ao Atlético por sua transferência ao Cruzeiro em dezembro de 2017. Uma cláusula do distrato com o Galo impunha ao jogador o pagamento desse valor caso ele acertasse com o rival. O valor total será reajustado com juros e correção.


“É indubitável que passamos pela mais grave crise institucional da nossa história e não me sinto confortável em ficar alheio a isso. O Cruzeiro saiu das páginas de esporte para estar nas páginas policiais, sendo inclusive alvo de investigação em curso na Polícia Civil mineira”, escreveu Zezé, sobre os últimos fatos envolvendo o Cruzeiro.
Na nota, o presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro afirma que o clube é vítima e não autor de todos esses fatos, e por isso “requeiro ao Presidente do Cruzeiro Esporte Clube que ele e todos seus diretores envolvidos nos fatos acima citados se afastem imediatamente de seus cargos pelo menos até o fim da Sindicância, de forma a minorar os já incontáveis prejuízos que o Clube vem sofrendo. Esta seria uma medida de grandeza da parte dos mesmos para de reconhecer que, agora, o melhor para o Cruzeiro é isso e, sem dúvidas, o que todos querem é o melhor para o Clube”.

 

‘irresponsável’

 

No início da noite, a diretoria do Cruzeiro publicou nota no site do clube repudiando o comunicado de Zezé Perrella e acusando a iniciativa do presidente do Conselho como ato político.


“A atual direção recebe com muita estranheza o conteúdo da nota do Presidente do Conselho Deliberativo, sobretudo em razão de que a Diretoria do Clube tem tomado todas as providências necessárias para apurar eventuais equívocos no decorrer da administração, inclusive fornecendo toda a documentação solicitada pela sindicância interna. Portanto, o irresponsável pedido de afastamento, sem sequer haver a conclusão dos trabalhos, além de desmerecer a própria sindicância instaurada pelo Conselho, é medida apelativa, desarrazoada e movida por interesses políticos”, diz trecho da nota.


Ao final, a diretoria afirma que vai aguardar “com serenidade” o encerramento dos trabalhos da sindicância.
A reunião convocada para amanhã vai apreciar o pedido de afastamento com base na Seção VI, art. 30, IV, d do estatuto, que trata sobre gestão temerária e suas consequências (veja quadro acima).

 

 

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