(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

Desbravadora mineira


postado em 27/05/2019 04:08

Nascida em Abaeté, Léa Campos enfrentou a ditadura militar no Brasil para ser árbitra. Nos anos 1970, entrou até no quadro da Fifa(foto: Arquivo Em/D. A Press)
Nascida em Abaeté, Léa Campos enfrentou a ditadura militar no Brasil para ser árbitra. Nos anos 1970, entrou até no quadro da Fifa (foto: Arquivo Em/D. A Press)
Foi uma mineira de Abaeté, Léa Campos, quem abriu o caminho da arbitragem para as mulheres no Brasil e, por que não dizer, no mundo. Ela enfrentou a Ditadura Militar nos anos 1960 e a legislação machista da época, que proibia mulheres em práticas esportivas “incompatíveis com as condições de sua natureza”, para realizar o sonho de ser árbitra. Em 1971, foi convidada pela Fifa para apitar no Mundial de Futebol Feminino do México. Integrou os quadros da entidade que comanda o futebol mundial até 1974.

Ainda hoje o preconceito assola as mulheres que decidem enveredar pela arbitragem, até mesmo em países mais desenvolvidos em termos de futebol feminino – a Alemanha é um deles. Somente a partir de 2017 a principal competição local, a Bundesliga, escalou mulher para mediar jogo da principal divisão.

Filha de um árbitro, a policial Bibiana Steinhaus trabalhou no empate entre Hertha Berlin e Werder Bremen (1 a 1), pela terceira rodada do Campeonato Alemão, em 10 de setembro de 2017, quando se tornou a primeira mulher a apitar um jogo de elite na Europa. Mas, até se estabelecer de vez, ela precisou encarar dissabores. Em fevereiro de 2015, ouviu do volante Kerem Demirbay, do Fortuna Düsseldorf, que “mulheres não deveriam ter espaço em jogo de homens” ao expulsar o jogador pelo segundo cartão amarelo. O caso ganhou grande repercussão, e Demirbay, hoje no Bayer, acabou punido. Ele até ligou para a árbitra para pedir desculpas, mas acabou suspenso por três jogos e teve de apitar uma partida de meninas em um campeonato de juniores.

O machismo também encontra amparo em alguns países. Em fevereiro deste ano, o canal público de televisão iraniano IRIB decidiu, de última hora, não exibir Bayern de Munique x Augsburg, justamente porque Bibiana Steinhaus seria a árbitra. Segundo jornais alemães, a decisão foi motivada pelas estritas leis islâmicas do Irã, que não permitem a exibição de imagens de mulheres usando roupas que mostrem muitas partes do corpo, como short e camisa, o que seria o caso de Steinhaus.

NA FRANÇA
Somente neste ano uma mulher foi escalada para apitar na Ligue 1, a Primeira Divisão da França. Em 28 de abril, Stéphanie Frappart, de 35 anos – que desde 2014 faz parte do quadro de árbitros da Federação Francesa de Futebol –, foi a árbitra central do confronto entre Amiens e Strasbourg. A indicação fez parte de uma ação da federação para preparar a profissional para a Copa do Mundo em gramados franceses. (KC)

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)