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Que Cruzeiro é esse?

Em mais uma noite de muitos erros, Raposa perde para a Chapecoense, sai de campo vaiada e fica perto do Z-4. Para piorar, diretores foram acusados de fraudes por emissora de TV


postado em 27/05/2019 04:08

O retorno do Cruzeiro ao Independência depois de quase um ano ocorreu da pior forma possível e do jeito que o torcedor não esperava. Por causa de falhas do setor defensivo, inclusive do goleiro Fábio, a equipe decepcionou a torcida ao perder para a Chapecoense por 2 a 1, ontem à noite, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado deixa o time de Mano Menezes em situação perigosa na competição: além de ter a pior defesa, com 13 gols sofridos em seis partidas, os mineiros caíram para 16ª colocação, a primeira fora da zona de rebaixamento.

Ao longo da semana, o discurso dos jogadores celestes e da diretoria era de que a equipe reagiria na Série A e mostraria bom futebol. Por causa da queda de desempenho nos últimos jogos, a cúpula se reuniu com o grupo e cobrou melhor postura no Brasileiro. Ainda que tenha evoluído em relação às rodadas anteriores, o rendimento defensivo celeste ontem ficou aquém e foi determinante para o revés em casa. Na frente, o time conseguiu criar algumas boas jogadas no segundo tempo, mas não traduziu em gols.

A equipe deixou o campo depois do jogo contra a Chapecoense desolada: “Hoje vocês viram que não faltou dedicação ou força. Tentamos melhorar o que tínhamos que melhorar. Infelizmente saímos chateados por não ter conquistado ponto em casa. Agora não temos muito o que falar. Vamos ver os lances, ver o que está ocorrendo e seguir trabalhando”, lamentou o argentino Lucas Romero, improvisado na lateral direita no lugar de Edílson, que sentiu uma contusão pouco antes do jogo.

Por outro lado, o armador Thiago Neves, que marcou belo gol no Horto, vê com exagero as críticas: “Vocês (jornalistas) querem colocar pressão onde não existe. Está tudo tranquilo. Criamos muito. É paciência. Não é porque o Cruzeiro tem grandes jogadores que é para colocar pressão. Temos que acertar algumas coisas na defesa. Vamos melhorar durante a semana. É preciso melhorar.”

Os cruzeirenses até fizeram sua parte ao comparecer em bom número e transformar o estádio num legítimo caldeirão. O time de Mano Menezes não se mostrou tímido por estar desacostumado a jogar no Horto. Pelo contrário, o combustível das arquibancadas ajudou a equipe a acelerar nas triangulações ofensivas em alguns momentos. Mesmo dominando a posse de bola durante os 90 minutos, a equipe se atrapalhou em várias oportunidades e permitiu que a Chape – que atuou muito recuada – deixasse Belo Horizonte com um três pontos importantes.

Muito criticado pela postura nos últimos jogos, o Cruzeiro entrou em campo disposto a mostrar futebol ofensivo desde o início. Mano Menezes, pela primeira vez na temporada, armou a equipe com apenas um volante (Henrique) para sufocar a Chapecoense em seu campo defensivo. Apesar de estar frequentemente no último terço do ataque, a Raposa teve instantes de sustos ao sofrer contra-golpes do time visitante. Tanto é que a Chape é que teve a melhor chance da etapa inicial, quando Everaldo acertou a trave direita do goleiro Fábio.

IRRITAÇÃO
A todo instante, Mano se mostrou irritado com a marcação – chamou a atenção dos zagueiros e de Henrique, tentando corrigir o posicionamento na cobertura. Depois que os celestes levaram o primeiro gol, marcado por Rildo (em falha de Fábio, que rebateu mal o chute de Elicarlos e não teve a cobertura dos zagueiros mais uma vez), o treinador imediatamente trocou Marquinhos Gabriel pelo volante Lucas Silva, quando os erros deram uma trégua.

O belo gol de Thiago Neves, em chute no ângulo de Tiepo, dava sinais de que a noite poderia ser promissora. Mas o Cruzeiro, como no primeiro tempo, continuou errando muito no último passe e nas finalizações. O castigo viria na parte final da partida em falha de posicionamento dos zagueiros. Em cruzamento de Everaldo, Aylon tenta dar chapéu em Dedé e a bola sobra para o argentino Diego Torres marcar de cabeça. A torcida, que começou a tarde em êxtase, deixou o Horto frustrada e vaiou muito o time.

O técnico Mano Menezes disse que a equipe não conseguiu repetir  o que treinou durante a semana. “As pessoas acham que conversa resolve. Se conversa resolvesse, era fácil. O Cruzeiro está tendo problema técnico e tático. Isso que temos que resolver. As soluções têm de ser encontradas dentro do campo. Estamos passando por momento difícil, em que temos de mudar nossa postura. A responsabilidade é minha.”

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