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Ainda questionado, VAR atuará nos 380 jogos


postado em 26/04/2019 05:07

O árbitro Wagner Magalhães consulta o VAR durante o primeiro jogo da final do Mineiro, entre Cruzeiro e Atlético, no Mineirão(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
O árbitro Wagner Magalhães consulta o VAR durante o primeiro jogo da final do Mineiro, entre Cruzeiro e Atlético, no Mineirão (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)


Implantado no Brasil desde a última temporada em jogos da fase final da Copa do Brasil e da Copa Libertadores, o uso do árbitro de vídeo (VAR) chega como principal novidade nas 380 partidas do Campeonato Brasileiro de 2019. Se o objetivo desde o início foi auxiliar os juízes de campo a minimizar os erros mais comuns, a tecnologia tem como desafio se afirmar diante de vários questionamentos de atletas, comissão técnica e dirigentes na reta decisiva dos estaduais.

A principal crítica se deve à demora dos árbitros na consulta das imagens de TV, perdendo tempo de bola rolando. Em vários lances, a comunicação com aqueles que estão à frente dos equipamentos extrapolam de cinco a oito minutos. Outra reclamação é o uso em excesso do recurso para tomadas de decisões simples. Nesse caso, o protocolo define que a tecnologia só pode interferir em quatro situações claras num jogo: verificação de irregularidades em lances de gol, identidade errada de jogador punido, erro claro na expulsão ou não expulsão direta de um atleta ou erro claro na marcação ou não de um pênalti.

Em Minas, o Atlético criticou a ferramenta nas duas partidas da final contra o Cruzeiro – o time de Mano Menezes foi campeão graças a um pênalti assinalado pelo VAR no segundo tempo –, alegando que não houve o mesmo peso nas decisões a favor do clube alvinegro. Por causa da confusão nas finais em Minas, o presidente da comissão de arbitragem da Federação Mineira (FMF), Giuliano Bozzano, foi demitido no começo da semana – agora ele vai trabalhar na comissão de arbitragem da CBF. Houve também confusão na decisão do Campeonato Carioca entre Flamengo e Vasco, depois que Bruno Henrique teve um gol anulado de forma polêmica (foi marcado impedimento do atacante depois de toque do zagueiro Werley, o que não caracteriza infração).

“O grande desafio é dominar a tecnologia de forma 100% precisa. É um processo novo e a arbitragem também está se adaptando. Existe a questão de você não ter habilidade ainda. É tudo muito novo e com o tempo tudo vai evoluir. É preciso saber pegar as imagens corretas para demorar o menos possível e dar a decisão do lance de forma mais precisa”, afirma o árbitro mineiro Igor Júnio Benevenuto, que será assistente de Ricardo Marques Ribeiro no VAR no jogo entre Chapecoense e Internacional, amanhã, em Chapecó.

Para o árbitro Emerson de Almeida Ferreira, que será assistente de VAR no duelo de amanhã entre São Paulo e Botafogo, no Morumbi, o uso da tecnologia poderá ajudar a melhorar o nível dos jogos. “O VAR pode ajudar a educar os atletas para que o jogo seja mais limpo, algo que a Fifa deseja. Ela quer que os atletas se respeitem mais e todos também respeitem as decisões da arbitragem. Mas o primeiro pontapé tem de partir dos atletas. Quando eles se comportam de forma transparente, limpa e cordial, todos saem do campo maravilhados. Mas, quando eles dificultam as coisas, o jogo fica mais truncado. Vai ser um trabalho em conjunto de árbitros e equipes.”

CUSTOS Depois de ser vetado pelos clubes em 2018, a tecnologia de câmeras será toda custeada pela CBF nesta temporada – os clubes pagarão os custos com a equipe que vai operar o sistema nos jogos. Um total de 96 árbitros e árbitros assistentes se prepararam em curso específico na entidade no mês passado, em Águas de Lindóia (SP), para tirar as dúvidas a respeito dos equipamentos. Nesta semana, os juízes passaram por um novo curso em Teresópolis para revisão das regras e manuseio dos equipamentos.

A CBF contratou a mesma empresa responsável pela utilização do VAR na Copa do Mundo da Rússia para cuidar de toda a parte técnica. No Brasileiro, serão posicionadas oito câmeras no entorno do campo e uma sala de operações com três estações de monitores.

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