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Estado de Minas ESPORTE PARALÍMPICO

Brasil tenta manter a hegemonia no Parapan

Maior potência do esporte paralímpico continental, o Brasil inicia hoje em Lima mais uma campanha, desta vez com 377 atletas, um recorde para o país. Três mineiros são favoritos ao ouro


postado em 23/08/2019 04:00 / atualizado em 22/08/2019 20:39

Izabela Silva é favorita ao ouro no arremesso de peso, mas lutará pelo pódio também nos arremessos de dardo e disco(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press - 6/7/17)
Izabela Silva é favorita ao ouro no arremesso de peso, mas lutará pelo pódio também nos arremessos de dardo e disco (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press - 6/7/17)


Começam hoje, no Peru, os Jogos Parapan-Americanos Lima’2019. Para o Brasil, um grande desafio: manter-se como maior potência na competição. No total, o Brasil soma 1.026 medalhas, sendo 445 de ouro, 311 de prata e 270 de bronze, bem à frente do segundo colocado, o México, que tem 922. Os EUA aparecem em terceiro, com apenas 478 medalhas, vindo a Argentina em quarto, 490.
 
“Temos uma grande responsabilidade, que é manter a hegemonia pan-americana, por isso viemos com nosso melhor time para Lima. Trata-se da primeira edição de Parapan em que pudemos oferecer a estrutura do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, aos atletas brasileiros. A preparação dos nossos atletas e a qualidade dos profissionais envolvidos nesta missão nos dão a certeza de que fizemos tudo certo. Estamos prontos para encher o Brasil de orgulho neste Parapan”, diz Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que é bicampeão paralímpico de futebol de cinco (para cegos) – Atenas’2004 e Pequim’2008.
 
O Brasil vai com sua maior delegação para um Parapan – 512 integrantes, sendo 377 atletas. São 234 homens e 143 mulheres. O restante é formado por treinadores, auxiliares técnicos, médicos, administradores e pessoal de suporte. Minas Gerais tem o quarto maior número de atletas, 25. Em primeiro lugar está São Paulo (101), vindo a seguir o Rio de Janeiro (35) e Paraná (28). O número da delegação representa um aumento de 24% em relação a Toronto’2015.
 
Nas três últimas edições do evento – Rio’2007, Guadalajara’2011 e Toronto’2015 –, o Brasil terminou em primeiro lugar no quadro de medalhas. Nas duas primeiras edições, na Cidade do México’99 e Mar del Plata’2003, os atletas brasileiros levaram o país ao segundo lugar geral, atrás do México.
 
No total, 1.890 atletas competirão nas 17 modalidades que estarão em disputa: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, natação, rúgbi em cadeira de rodas, parabadminton, parataekwondo, tênis em cadeira de rodas, tênis de mesa, tiro esportivo e voleibol sentado. Três estão estreando: parabadminton, parataekwondo e tiro esportivo.

O evento no Peru classificará quatro modalidades para os Jogos Paralímpicos de Tóquio’2020: basquete em cadeira de rodas (os três primeiros colocados no masculino e campeão e vice no feminino), rúgbi em cadeira de rodas (campeão), tênis em cadeira de rodas (os campeões no feminino e masculino) e vôlei sentado (os quatro primeiros do feminino e do masculino).
 
 
Daniel Rodrigues, de Santa Luzia, tem grandes chances de vencer no tênis e garantir vaga para a paralimpíada de Tóquio'2020(foto: Cleber Mendes/MPIX/CPB - 9/9/16)
Daniel Rodrigues, de Santa Luzia, tem grandes chances de vencer no tênis e garantir vaga para a paralimpíada de Tóquio'2020 (foto: Cleber Mendes/MPIX/CPB - 9/9/16)

MINEIROS EM ALTA

Dos 377 atletas brasileiros, três mineiros são apontados como favoritos ao ouro. No atletismo, mais precisamente nos arremessos de peso, disco e dardo, Izabela Silva Campos, de 38 anos, aparece como favorita ao pódio, em todas as provas.
 
Segundo seu treinador, Ivan Bertelli, ex-recordista sul-americano de arremesso do martelo, Izabela é favorita ao ouro no arremesso de peso, pois a disputa será somente na sua categoria, a T11. “No disco e dardo, a competição será em três categorias (T11, T12 e T13), o que tira um puco do seu favoritismo, mas, com certeza, ela briga por um lugar no pódio”, diz ele.
 
Izabela foi destaque nos últimos mundiais e na Paralimpíada Rio’2016. Esta será sua segunda participação em Parapans. Em Toronto’2015, foi ouro no arremesso de disco e prata no arremesso de peso. Na Paralimpíada carioca, foi bronze no dardo. Em Mundiais, ela tem uma prata no arremesso de dardo, dois bronzes no disco e um bronze no peso.
 
No tênis, talvez o maior favoritismo do Brasil. Dos cinco integrantes da equipe, três são mineiros: Daniel Alves Rodrigues, de 32, de Santa Luzia; Meirycoll Duval, de 23, de Belo Horizonte; e Gustavo Carneiro Silva, de 44, de Uberlândia. Todos estão ranqueados entre os melhores do mundo pela Federação Internacional de Tênis (ITF).
 
Daniel se tornou, recentemente, o 12º do mundo, ao vencer o Aberto da Suíça. É o primeiro brasileiro a conquistar um título na Europa. Além disso, é o primeiro colocado no ranking brasileiro e o segundo das Américas. “Em Toronto’2015, eu conquistei uma medalha de prata em duplas e uma de bronze    individual. Quero muito o ouro. É a medalha que falta. Nunca estive no lugar mais alto do pódio. E se esse ouro vier, será completar um ciclo, pois terei as três medalhas, um sonho realizado.”
 
A belo-horizontina Meirycoll Duval, de 23 anos, vai brigar pelo ouro no tênis(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 17/7/18)
A belo-horizontina Meirycoll Duval, de 23 anos, vai brigar pelo ouro no tênis (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 17/7/18)
Meirycoll, que há três semanas venceu o Torneio Internacional de Belo Horizonte, é a número 28 do mundo. Nas Américas, ocupa o terceiro posto do ranking, e no Brasil é a número 1. “Vou com tudo para tentar conquistar os dois títulos, individual e duplas. É meu primeiro Parapan e quero muito estar no alto do pódio.” Gustavo, é o número 3 do Brasil, 4º das Américas e número 49 do ranking da ITF.
 

Primeiro dia 

A solenidade de abertura dos Jogos Parapan-Americanos Lima’2019, a sexta edição do evento, será às 21h (Sportv2), no Estádio Nacional, em Lima, Peru. Hoje serão disputadas três modalidades: rúgbi em cadeira de rodas, com o Brasil enfrentando a Colômbia, às 10h (Sportv2); tênis de mesa, com os mineiros Alexandre Macieira Ank e Marliane Amaral Santos estreando; e vôlei assentado, o Brasil enfrentará o Peru, às 10h. 
 

 
Os mineiros no Parapan


Atletismo
  • Claudinei Batista dos Santos: Bocaiuva
  • Izabela Silva Campos: Belo Horizonte
  • Mauro Evaristo de Souza: Patos de Minas
  • Poliana Fátima Sousa de Jesus: Uberaba
 
Badminton
  • Rômulo Junio Soares: Belo Horizonte
 
Basquete
  • Marcos Cândido Sánchez da Silva: Belo Horizonte
 
Bocha
  • Mateus Rodrigues Carvalho: Uberlândia
 
Ciclismo
  • Eduardo Ramos Pimente: Uberlândia
 
Halterofilismo
  • Ângela Faria Teixeira: Ituiutaba
  • Elizate Ernestina de Araújo: Uberlândia
  • Lara Aparecida F. Sullivan de Lima: Uberlândia
  • Mateus de Assis Silva: Uberlândia
  • Rodrigo Rosa de Carvalho Marques: Uberlândia
 
Judô
Harlley Damião Pereira Arruda: Belo Horizonte
 
Natação
  • Ana Karolina Soares de Oliveira: Jesuânia
  • Gabriel Geraldo dos Santos Araújo: Santa Luzia
  • Laila Suzingan Garcia: Uberlândia
  • Patrícia Pereira dos Santos: Coronel Fabriciano
 
Rúgbi
  • Davi Rodrigues Coimbra de Abreu: Januária
 
Tênis em cadeira de rodas
  • Daniel Alves Rodrigues: Santa Luzia
  • Gustavo Carneiro Silva: Uberlândia
  • Meirycoll Júlia Duval da Silva: Belo Horizonte
 
Tênis de Mesa
  • Alexandre Macieira Ank Sr Mampituba: Bicas
  • Marliane Amaral Santos: Medina
 
Vôlei em cadeira de rodas
  • Samuel Henrique Arantes: Formiga


ENQUANTO ISSO...
...Pararremador morre afogado
A Federação Internacional de Remo confirmou a morte do pararremador Dzmitry Ryshkevich, da Bielo-Rússia. Ele faleceu afogado, após o seu barco virar durante um treinamento para o Mundial, que vai ser realizado na Áustria, em Linz. O dispositivo de flutuação do barco do atleta, de 33 anos, da Bielo-Rússia, havia quebrado e, sem mobilidade nas pernas, o atleta afundou nas águas do Rio Danúbio.

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