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Vale a vida para o Galo

Ainda sem pontuar na Libertadores, Atlético encara o jogo de hoje contra o Zamora como verdadeiro mata-mata. Vitória é essencial para manter vivo o sonho de classificação


postado em 03/04/2019 05:09

"Não podemos falhar mesmo. Fazer um grande jogo, mas vencer acima de tudo. É o principal objetivo, pois não podemos deixar escapar nem um ponto mais" Ricardo Oliveira, centroavante atleticano (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 12/2/19)


Vencer é obrigação. Nenhuma vez em 2019 essa frase, tão repetida entre torcedores, fez tanto sentido para o Atlético. Se quiser alimentar o sonho de avançar às oitavas de final da Copa Libertadores, o time alvinegro precisa derrotar o Zamora-VEN hoje. A partida, pela terceira rodada do Grupo E, será às 19h15, no Mineirão.

Nos primeiros compromissos da chave, o Atlético perdeu para Cerro Porteño-PAR (1 a 0, em casa) e Nacional-URU (1 a 0, no Uruguai). A campanha do adversário também é de derrotas para paraguaios e uruguaios. Portanto, o jogo no Mineirão tem caráter decisivo para ambos, que ainda não pontuaram, sendo que o alvinegro é lanterna. Ontem à noite, o Cerro se isolou na liderança do grupo ao bater o Nacional, em Assunção, por 1 a 0, gol de Caceres.

“Não podemos falhar mesmo. Precisamos do apoio do torcedor, de fazer um grande jogo, e vencer acima de tudo. É o principal objetivo, pois não podemos deixar escapar nem um ponto mais”, diz o centroavante Ricardo Oliveira.

O atacante de 38 anos é o vice-artilheiro da competição, com quatro gols – todos marcados nas partidas anteriores à fase de grupos. Entretanto, a queda de desempenho de Ricardo Oliveira e do sistema ofensivo é a grande preocupação da equipe alvinegra, que não marcou nos últimos três jogos da competição, contra Defensor, Cerro e Nacional. Sobre a manifestação do Santos, que insiste em sua contratação, ele agradece, mas afirma descartar. “Me sinto muito honrado. Só que agora tenho contrato com o Atlético”. Seu vínculo é até o fim de 2020.

A escalação atleticana é mantida sob sigilo pelo técnico Levir Culpi, que fechou o treino de ontem. A expectativa, porém, é a manutenção da base que empatou sem gols com o Boa, pela semifinal do Mineiro. A principal dúvida é sobre a dupla de volantes. Zé Welison, Adilson (recuperado de dor no joelho direito e ausente dos três últimos jogos), Jair e Elias disputam as vagas. Indefinição também no ataque. Embora a tendência seja a manutenção de Maicon Bolt aberto na esquerda, Chará (de volta após servir à Seleção Colombiana) e David Terans são opções.

O ADVERSÁRIO A tendência é que o Zamora mantenha a base da equipe que perdeu para Nacional e Cerro Porteño. Ao Superesportes, o analista de desempenho do Atlético, Lucas Gonçalves, avaliou o time venezuelano, que ocupa a vice-liderança do campeonato local.

“Os três jogadores de frente (Gallardo, Romero e Guillermo Paiva) são jovens, com bastante velocidade. O ponta-direita Gallardo é, talvez, o mais agudo do time. O Rojas, número 10, é um meia de origem, mas também tem jogado como volante. É uma das referências técnicas, gosta de ter a bola o tempo inteiro para municiar os jogadores de frente”, detalhou.

O Atlético disputou quatro partidas contra venezuelanos na história, e o retrospecto é positivo: quatro vitórias, com 12 gols marcados e nenhum sofrido. Os confrontos começaram com goleadas sobre o Mineros, pela Copa Conmebol de 1995: 6 a 0 no Mineirão e 4 a 0 no Estádio Poliesportivo Cachamay, em Guayana. O outro time venezuelano enfrentado foi justamente o Zamora. No Grupo A da Libertadores de 2014, o Galo venceu os dois jogos por 1 a 0, gols do centroavante Jô em Barinas e em BH.


FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO X ZAMORA

Atlético: Victor; Guga, Réver, Igor Rabello e Fábio Santos; Zé Welison e Adílson (Jair ou Elias); Luan, Cazares e Maicon Bolt (Chará ou Terans); Ricardo Oliveira
Técnico: Levir Culpi
Zamora: Graterol; Castro, Maldonado, De La Hoz e González; Hernández, Rojas e Ramírez (Soto); Gallardo, Romero e Guillermo Paiva
Técnico: José Ali Cañas
Terceira rodada do Grupo E da Copa Libertadores
Estádio: Mineirão
Horário: 19h15
Árbitro: Gery Vargas (BOL)
Assistentes: José Antelo (BOL) e Edwar Saavedra (BOL)
Tv: Fox Sports


Venezuelanos tentam superar dramas locais


Os clubes venezuelanos que se dividem entre a Libertadores e o Nacional, como o Zamora, vivem um drama. A situação se complica cada vez mais no país e a competição local pode ser paralisada a qualquer momento. A ordem da Liga e da Federação Venezuelana (FVF) é jogar, mas os atletas já pediram publicamente para que o campeonato fosse interrompido devido à falta de condições diante dos recorrentes apagões de luz na Venezuela. A situação parece se encaminhar para uma ruptura.

A Associação de Jogadores Profissionais da Venezuela solicitou a suspensão dos jogos do fim de semana passado, pelo Torneio Apertura, onde não houvesse “condições pelos problemas do sistema elétrico, água e/ou outros serviços”. Mas, eles foram mantidos, incluindo em cidades como Maracaibo, onde a crise é mais rigorosa.

O adversário do Atlético sentiu os efeitos. Na sexta-feira, Zamora x Lala FC começou às 18h e, aos 39min do primeiro tempo, quando começava a escurecer, um súbito apagão levou à paralisação do jogo, remarcado para o dia seguinte. No sábado, a partida foi reiniciada do primeiro minuto. Um jogador do Lala, o armador Yorvin González, sofreu lesão de ligamento no joelho direito. Iniciou-se, então, a busca por um centro de saúde que tivesse gerador de energia próprio. “Foram momentos de angústia”, relatou Del Valle Rojas, técnico do Lala. “Não tem luz, não tem água, o jogador não descansa bem (...). É difícil trabalhar nesta situação”, completou. González, de 24 anos, conseguiu ser atendido e, com a perna engessada, viajou 14 horas pela estrada entre Barinas e Puerto Ordaz, na volta para casa.

BOICOTE Em  10 de março, jogadores do Zulia e do Caracas boicotaram uma partida, se recusando a atuar. Ao som do apito inicial no estádio Romero de Maracaibo, com os vestiários sem luz e água, os atletas ficaram parados em campo durante um minuto. Depois, se limitaram a tocar a bola de lado, sem atacar. Foi assim nos 90 minutos de jogo, que, claro, terminou 0 a 0.

Na semana passada, a FVF anulou o jogo e chamou para depor os técnicos, Francesco Stifano e Noel Sanvicente, e os capitães, Leo Morales e Rubert Quijada. A decisão sobre o caso não foi emitida, mas as equipes temem punições econômicas e esportivas. A partida deve ser disputada de novo.

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