Minas e Praia estão nas semifinais da Superliga Feminina de Vôlei. Os dois times mineiros, os melhores na fase de classificação, confirmaram o favoritismo de líder e vice-líder para passar à próxima fase. Respectivamente, venceram Curitiba (3 a 1, com parciais de 25/14, 25/20, 10/25 e 25/11, na Arena Minas, em BH), e Fluminense (3 a 0, parciais de 25/15, 25/15 e 25/21, no Ginásio do Tijuca, no Rio), fechando suas séries melhor de três em 2 a 0.
Na etapa seguinte o Minas enfrentará o vencedor do duelo entre Barueri-SP e Osasco-SP, que farão o segundo jogo hoje, no Ginásio José Liberatti, no interior paulista, às 19h. O Barueri leva vantagem em 1 a 0. O Praia pegará o ganhador de Sesc-RJ e Sesi-SP, que também jogarão nesta noite, às 21h30, no Ginásio do Tijuca, no Rio, com as paulistas à frente por 1 a 0.
A atual fase do Minas, que foi o primeiro geral da Superliga e vem de conquista do bicampeonato sul-americano no mês passado, levou grande número de torcedores à Arena Minas, todos na esperança do título nacional, o que não ocorre há 17 anos. O MTC foi campeão pela primeira vez em 1993 e chegou ao bi em 2002.
A campanha na Superliga é espetacular e muito disso, como diz a capitã, a meio de rede Carol Gattaz, se deve “à união do time, pois somos todas amigas”. E ontem, mais uma demonstração dessa afinidade pôde ser notada no banco de reservas. O tempo todo, quando a torcida canta, seja num saque, numa boa jogada, numa defesa ou na comemoração do ponto, as jogadoras estão lá, juntas, no ritmo da arquibancada: dançando, batendo palmas, cantando ou festejando uma pontuação.
“A gente tem de participar. Podemos estar de fora, mas estamos jogando junto com as meninas dentro de quadra. É uma forma de participarmos e de mostrar a nossa união”, diz a oposta reserva Malu, que ontem entrou em três sets, marcando dois pontos.
Mais que isso. Tão logo a partida termina, as jogadoras se abraçam em quadra, acompanham a premiação da melhor atleta do duelo, que mais uma vez foi Natália, a maior pontuadora, com 21 pontos, a exemplo do que havia ocorrido no primeiro confronto, em Curitiba. Mas logo em seguida, “as meninas do Minas”, como são chamadas por todos no clube e na torcida, se espalham junto à grade de proteção da quadra, para um encontro com os fãs.
“Essa é uma maneira de mostrar a nossa gratidão pelo apoio que têm nos dado.A torcida faz parte da nossa equipe, pois joga junto com a gente. Por isso fazemos questão de sempre, depois dos jogos, vir encontrar com os torcedores e torcedoras”, conta Natália, que deu quase uma volta completa, tirando fotos, distribuindo autógrafos e parando para uma conversa rápida. É nessa união, que o grupo espera chegar ao tão sonhado título da Superliga.
SEM PREFERÊNCIA O Praia, atual campeão do torneio, chega à semifinal pela quarta temporada consecutiva. O desempenho e a facilidade como passou pelo Fluminense, com duas vitórias por 3 a 0, não significa, segundo a meio de rede Fabiana, que o time esteja pronto para chegar ao seu principal objetivo na temporada, a final. “Ainda temos muito a melhorar. O fato de nos classificarmos com apenas dois jogos nos dá mais tempo para nos prepararmos para a próxima fase.”
Fabiana diz não escolher rival. “Será Sesi ou Sesc. Não tenho preferência por um adversário específico. Eles se enfrentarão hoje e o que torço é que disputem três jogos. Assim, terão um tempo menor de preparação em relação ao nosso time.”